ColunistasSimone Zamprogno Scalzer

Territorialidades italianas no Núcleo Timbuy/Santa Teresa – Parte II


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A construção da igreja foi muito importante para aqueles imigrantes. Em geral, construíam uma igreja provisória e depois outra maior e mais forte, muitas vezes feita de pedras.

Assim como observamos no caso da sede do Núcleo, na Igreja de Santa Teresa, na comunidade de Nova Valsugana, esta história também se repetiu. De início os imigrantes construíram uma igreja de estuque, depois ao redor desta foram construindo outra maior, de pedras. Aos domingos as famílias vinham para os cultos e carregavam as pedras para a construção da nova igreja.
Nas linhas tênues do cotidiano, nos sabores, nas danças, brincadeiras, na rezas e na lavoura o território era apropriado e nele, projetadas as relações sociais e culturais da comunidade, constituindo inúmeras territorialidades que dinamizavam a ocupação do Núcleo Timbuy (HAESBAERT, 2004, p.339). Logo a reprodução das territorialidades contribuiu para a reterritorialização do imigrantes italiano, para a construção do novo território e se tornou no decorrer dos tempos uma marca identitária da região.
No que se refere ao dialeto ou língua italiana, esta manteve-se presente por muitos anos, sendo falada por alguns descendentes até os nossos dias. Contudo, ao contrário do que é observado na localidade vizinha de Santa Maria de Jetibá, colonizada por pomeramos onde o pomerano é a língua principal em muitas famílias até hoje, o italiano, pouco tempo depois da chegada dos imigrantes deixou, de ser a língua oficial do Núcleo Timbuy.
Ao indagar Alcebiades Feller (2014, informação verbal) como seus pais aprenderam a língua, o entrevistado respondeu que “aprenderam ouvindo os que já moravam aqui”. A princesa Teresa da Baviera observou, em 1888, a facilidade com que italianos aprenderam o português, devido em parte pela proximidade dos idiomas, que possuem o latim como origem.
Ao contrário do que ocorreu com os vizinhos pomeramos, os italianos que estabeleceram-se no Núcleo Timbuy/Santa Teresa, tiveram a língua como uma aliada na reterritorialização.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408