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Norte e noroeste semi-árido?

“Estado pode se tornar um semiárido nordestino a partir de 2050”, alerta Carlos Afonso Nobre, que em 2007, junto à sua equipe, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Ele foi um dos principais autores do Quarto Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. No dia 14 de agosto, Nobre esteve em reunião no Instituto Nacional da Mata Atlântica, em Santa Teresa, para tratar de assuntos relacionados ao Centro Climático.

Nos últimos anos o Espírito Santo enfrentou uma das maiores crises hídricas de sua história e o cientista Carlos Afonso Nobre, referência internacional em climatologia, alerta que metade do Estado (regiões Norte e Noroeste) pode ganhar características do semiárido nordestino até a segunda metade do século XXI, com pouco volume de chuvas e baixa umidade do ar.
“Nos cenários mais drásticos da emissão dos gases, que é o que não desejamos, metade do ES vira semiárido”, disse o pesquisador da Ufes.
Por isso, uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), a Vale e a Ufes, está implantando um Centro de Estudos Climáticos Avançados que vai investigar as causas das mudanças climáticas no Estado, como tempestades, excesso de calor e secas.
O pesquisador, que é PhD em meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), vai coordenar o Centro, que tem previsão de iniciar as atividades ainda este ano. O espaço vai realizar pesquisas que unem o clima às diversas áreas de estudos como agricultura, logística e saúde.

Parceria com o INMA

No dia 14 de agosto, Carlos Nobre esteve em reunião no Instituto Nacional da Mata Atlântica, em Santa Teresa, para tratar de assuntos relacionados ao Centro Climático.
No evento estiveram presentes o presidente da Fapes, José Antônio Bof Buffon, e o diretor do INMA, Sérgio Lucena, que se propôs a colaborar com pesquisas sobre clima na mata atlântica.
“O Centro ainda está em formatação mas desde já nos propusemos a colaborar na área de estudo dos impactos climáticos na mata atlântica”, disse o diretor.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408