O Justo Protesto
Ainda que não propaladas pelos meios de comunicação, duas comemorações foram celebradas em 7 de maio, dia do silêncio e do oftalmologista. Uma com o objetivo de conscientizar as pessoas dos males que a poluição sonora provoca e, a outra, alertar para a necessidade de visitarmos periodicamente um especialista ocular para garantir a qualidade da visão.
Coincidência ou não, neste dia, os estudantes do IFES de Santa Teresa e tantos outros Brasil afora fizeram um justo protesto contra a decisão do Ministério da Educação (MEC) de bloquear 30% da verba prevista no orçamento anual.
A justificativa do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, para a anunciada redução de verbas era, a princípio, adequações para atender à Lei de Responsabilidade Fiscal, mas, adiante, quando anunciou o desbloqueio parcial, deixou transparecer que a medida visava também pressionar a aprovação da reforma previdenciária.
Se a outra justificativa do Ministro era a de que “tem gente que quer produzir, quer trabalhar e não consegue”, se existem “idiotas úteis” ou “balbúrdia” nas Instituições de Ensino Federal, basta que reconheça as já existentes leis para solucionar tais situações, e as faça valer. A prudência ensina que o ponto de partida deve ser o conhecido, mas pouco valorizado, procedimento administrativo, assegurando o contraditório e a ampla defesa.
Por sua vez, para os estudantes do IFES de Santa Teresa um dos motivos do protesto é a impossibilidade manter a qualidade do ensino na Instituição que vem sofrendo, ao longo dos anos, drástica redução no repasse de recursos. Estes estudantes estavam e continuam de olhos bem abertos, com uma visão perfeita, dos fatos.
Nesse passo, um dos diretores asseverou que atualmente o IFES teresense possui um orçamento aproximado de 5 milhões, o que representa metade do valor de 5 anos passados.
Acrescenta o servidor público que 30% desta verba atende ao custeio da alimentação e da hospedagem dos estudantes internos, os quais não possuem as mínimas condições de arcar com estas despesas básicas.
Sem qualquer trave na visão os manifestantes fizeram o dever de casa. Após uma acalorada disputa eleitoral, romperam o silêncio das ruas e, assentados em argumentos sólidos da qualidade do ensino e da pesquisa realizados nestas Instituições, fizeram-se ouvir, evitando que os rompantes pudessem causar um mal maior.
Afinal, os dizeres estampados em um dos cartazes dos manifestantes do IFES de Santa Teresa são acachapantes: “educação não é despesa, mas investimento”. Essa máxima espanca de vez o idealizado pelo governo federal. Era preciso deixar o juiz (árbitro) apitar o final do jogo! O MEC ignorou a estratégia da torcida e do time da casa e cantou vitória antes da hora.
Fizeram o dever de casa. Após uma acalorada disputa eleitoral, romperam o silêncio das ruas e, assentados em argumentos sólidos da qualidade do ensino e da pesquisa realizados nestas Instituições, fizeram-se ouvir, evitando que os rompantes pudessem causar um mal maior.
Afinal, os dizeres estampados em um dos cartazes dos manifestantes do IFES de Santa Teresa são acachapantes: “educação não é despesa, mas investimento”. Essa máxima espanca de vez o idealizado pelo governo federal. Era preciso deixar o juiz (árbitro) apitar o final do jogo! O MEC ignorou a estratégia da torcida e do time da casa e cantou vitória antes da hora.