Angelo Antonio ZurloColunistas

Preservar o nosso ambiente municipal para um futuro de feliz convivência

No dia 03 de julho, às 19 horas, houve uma Reunião Pública na Câmara Municipal, a convite do Vereador Dr. Gregório Venturim, sobre “O Tombamento do Sítio Histórico de Santa Teresa”. Parabéns ao ilustre vereador, dado o valor da matéria ali discutida, sua importância e significado, em benefício da nossa comunidade! Obrigado, senhor Vereador!

3 Preservar o nosso ambiente municipal para um futuro de feliz convivência

De ressaltar que encontros dessa natureza repercutem para o além, motivando-nos a ampliar nosso sentimento, de forma a generalizar a idéia da preservação, de forma a meditar sobre aquilo que a natureza nos oferece, utilizando-a com respeito, em busca do bem estar. Lembremo-nos que os membros da Comissão nomeada para administrar Santa Teresa na época da fundação, composta por cinco imigrantes, imbuídos da cultura trazida lá de suas origens, imaginaram formar e instituir um município onde prevalecesse convivência respeitosa ao meio ambiente, visando a tranqüilidade e bem-estar de todos, não esquecendo das ruas e do Rio Timbuy. O instrumento foi o então Decreto Nº 1, de 21 de dezembro de 1892, estabelecendo o Código de Posturas do jovem Município. Que isto nos leve a meditar a respeito, em comparação com o momento atual, cuja situação é resultado da inobservância e porque não dizer desrespeito à Lei, sob a complacência de nossas autoridades. Hoje pensamos apenas no progresso (seco e dinâmico) e não no desenvolvimento que é a forma completa a orientar a verdadeira evolução humana. Se meditássemos a respeito de nossa Cidade, situada entre montanhas e espaço reduzido, concluiríamos que antes de mais nada é necessário viabilizar um desvio para o trânsito de veículos. Mas, ao contrário, o que tem acontecido é a construção de prédios, inclusive em substituição a boas residências no centro da cidade e periferia, sem preocupação, até mesmo, para local onde estacionar veículos. E nossas ruas estreitas, no centro da cidade, já ficam inteiramente ocupadas.

Calçadas estreitas e mal conservadas. (Lei nós temos o que falta é o cumprimento). Mas, pensamos apenas no c r e s c i m e n t o e não nos importamos com as conseqüências da desordem que dali podem resultar. Uns exemplos, entre tantos outros? Construções muito próximas às margens do rio e inclusive, algumas sobre o próprio rio, o que já aconteceu. O fracionamento de áreas rurais para ocupação, com inobservância da legislação específica! A construção de edifícios enormes, seja no centro e nas periferias, a reforma e ampliação de residências, sem prever, inclusive, espaço adequado para garagens, o que resultará em veículos estacionados na rua! Ocupação de áreas íngremes, de até 70 % ou mais de declividade, sem nenhuma orientação do Poder Competente, com casas agrupadas e sem qualquer estrutura! E se por acaso houvesse uma chuva forte e prolongada? Desmoronamentos, e?… Lembrar que há cerca de 20 anos, para construir casas nesta cidade era necessária autorização da Prefeitura, mediante apresentação do projeto. Obra concluída, uma vistoria. E, a seguir, pedido de autorização para ocupar o imóvel! E agora? Será que necessitamos de uma Lei que determine o cumprimento das leis?

Os responsáveis por tudo isso que vem ocorrendo, conforme acima relatado? O Poder Executivo municipal, secundado pelo Legislativo e nós, todos, cidadãos teresenses, que além de não nos manifestarmos a respeito de tal situação, somos às vezes os autores de tais fatos: Ações e omissões!

NOTA: Que tudo isto seja interpretado não apenas como uma crítica, mas como saudosa rememoração de nosso passado, face ao momento presente. Sem esquecer de um saudoso Ex-Prefeito, Senhor Eugênio Biasutti, que sempre era visto caminhando por nossas ruas!