Comunidade do Caravággio Realiza abraço no Estacionamento.
O Ato foi após a missa do último domingo (22) na igreja de Nossa senhora do Caravaggio, A comunidade diz ter entrado com uma ação requerendo os bens de volta, o advogado George Neves diz que o Mizinho têm escritura pública e não existe nenhuma doação, portanto vai valer a vontade do proprietário.
Moradores do Alto Caravaggio realizaram um abraço simbólico na área de estacionamento e no galpão anexo à igreja neste domingo (22). De acordo com os fiéis, o ato foi um pedido de socorro da comunidade contra os atos do atual proprietário da área em torno da igreja de Nossa Senhora do Caravaggio, paróquia de Santa Teresa.
Uma área de estacionamento usada há mais de 100 anos pela comunidade católica e posteriormente reformada e melhorada há 17 pelo antigo proprietário João Fernandes e doada para a comunidade Nossa senhora do Caravaggio. Luís Carlos Celestrino, conhecido como Mizinho cercou a referida área, destruiu a praça, o chafariz, a piscina da fonte e o busto do pioneiro fundador do projeto cênico Geane.
O octagenário Geraldo Mattiello, inconformado, diz que nunca imaginou presenciar tal desrespeito “Precisamos da ajuda de Deus, Deus é que vai nos guiar, Nós estamos perdendo a memória, o passado é nossa história e legado para as futuras gerações. Estão fazendo isso porque o Sr João Fernandes morreu. Vivo ele jamais permitiria um ultraje deste, pois foi ele que reformou e melhorou isso que em parte já foi destruído”. Afirmou.
Lauriani Marcia Mattiello diz que estão destruindo a memória da comunidade. “Tinha um padre que vinha celebrar missa aqui em cima, Frei Estevão Corteletti, que dizia: “Nesse Vale do Caravaggio, os imigrantes encontraram lugar para viver, plantar e colher e sustentar suas famílias”. A minha Família foi uma das que ajudaram a construir essa igreja e ter trazido essa imagem para cá, desde sempre, existiu esses lugares, o estacionamento, onde todos amarravam os cavalos, o galpão ao lado da igrejinha, claro que era tudo muito simples, mas isso pertence à memória do povo de Santa Teresa, estão destruindo nossa memória, nossa história”. Disse.
Alda Tallfiner diz que “Eu subi aqui no colo de minha mãe e de meu nono Mateo, hoje tenho 71 anos, eu amo esse pedaço de Céu, venho aqui desde criança, Isso aqui foi doado pelo meu avô Mischiatti e posteriormente pelo seu Fernandes, isso têm que ser respeitado, Isso é sagrado e não pode alguém ir tomando conta assim não. Aqui tem amor, tem tradição, trabalho e dedicação da Família Dossi e da Família Mischiatti e da dedicação de pessoas boas que temem e servem a Deus”. Conta.
Cleusa Fardin presente no abraço, disse que retirar esses bens eternos da comunidade é um “Desrespeito com a paróquia de Santa Teresa”. Desabafou.
Marcela Migliorelli esposa do proprietário, diz que não abrirá mão do estacionamento, mas informa que o galpão está sendo doado para a Associação dos Moradores e produtores do
Circuito Caravaggio (Ampruc), para o usufruto de todos, “Ía ser doado à Igreja, mas o Frei Iduíno disse não permitiria forró no galpão, então resolvemos doar para a Associação.
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O advogado George Neves disse que não chegou ao conhecimento do Sr. Luis Carlos nenhuma notificação sobre uma possível ação. “E nem sabemos quem está movendo.
Eles têm escritura pública e não existe nenhuma doação, portanto vai valer a vontade do proprietário”. Explica.
Estiveram presentes no ato, os vereadores Gregório Venturim, Brás Braun e o prefeitável Claumir Zamprogno.