Mônica Seidel lança “Lavoro Sacro”
O esperado lançamento da obra de psicóloga Mônica Ferrari Seidel, o livro intitulado “Lavoro Sacro” aconteceu no dia 28 no auditório do Museu de Biologia Mello Leitão, atual Inma.
A solenidade foi marcada pela presença dos artesãos protagonistas do livro e da comunidade teresense. Ao final, depois dos autógrafos, foi servido um coquetel aos presentes.
Mônica abriu a tarde falando da origem da obra. “Dedico esse trabalho à minha mãe, teresense de corpo e alma, com ela aprendi a amar e observar as montanhas e as flores dessa terra. Esse trabalho nasceu de uma parceria com meu tio, o professor J.A. Ferrari, também nascido aqui, que é uma referência intelectual paterna na minha vida. Foi com ele que enveredei pelo mundo das palavras. Desde muito pequena eu frequentava a biblioteca que ele tinha na casa da minha avó, enquanto ele trabalhava eu ficava lendo os clássicos da literatura e foi assim que comecei. Esse livro, Lavoro Sacro, que têm as fotos do meu tio, foi um trabalho de ouvir com a sensibilidade de entrar na realidade do artesão, espero que a obra tenha ficado com a cara de cada um, pois foi esse o intento”. Salientou.
Roberto Geraldo Bugensky, filho de Antônio Bugensky Filho, um dos artesãos homenageados no livro dia que esse trabalho é de suma importância. “Ela está fazendo um trabalho com as pessoas vivas. Às vezes a gente espera que o artista morra, para homenageá-lo. Isso vai servir de exemplo para jovens que não têm perspectiva. Nosso trabalho é de muitos anos, ajudamos a construir Santa Teresa e é um orgulho para nós”. Conta.
Robson Rezende diz que no futuro quando o Brasil tiver uma cultura de primeiro mundo, Mônica vai ser lembrada por toda a população. “Só temos que agradecer por esse evento maravilhoso. É um começo, além da contribuição para a divulgar os artistas de Santa Teresa também têm um valor histórico”. Lembra.
Para a psicóloga Helenice de Fátima Paulino Ferreira, o livro é de suma importância nesse contexto de pouca valorização da cultura. “Resgatar esses valores, falar dos valores locais, falar das raízes, valorizando o saber de cada um, contar a história da pessoa, têm um sentido sagrado. Não é um simples tecer, mas um tecer que fala de existência, do sentido de produzir que encanta, que fala da história de cada um”. Explica.
Para o ativista cultural Rogério Dalmonech, o livro traz visibilidade aos artistas. “Melhor impossível, de extrema importância. Em primeiro lugar porque o Lavoro Sacro está chegando em um novo momento da diversidade cultural do município. Muitas coisas, projetos estão brotando, catalisando um novo momento cultural da cidade.
O projeto da Mônica promove o artesão e sua arte para que nós o conheçamos e a obra dele, seu trabalho, onde mora, o que ele faz, isso precisa ser valorizado e pode ser uma alavanca importante no auxílio à indústria do turismo, como economia criativa, como fonte de renda, principalmente para o artista. O artista não vive de luz”. Argumenta.
