A Dona da Lua
Por Aparecida Rampinelli
Anoiteceu…
E, meu amor de mim distante,
Escreveu-me, como em um romance:
– “Olhe para o céu, minha rainha!
Receba aí, o que estou enviando para você, daqui”.
Olhei pela verde vidraça, fascinada!
A bela lua cheia que chegava!
Grande e bem iluminada.
E, com galanteio, retrucou:
– “Embora estando ausente,
Dou-lhe a encantadora lua de setembro
como presente.”
Sorri, sentindo-me uma mulher feliz
Pois, nunca havia recebido
Algo tão pueril, assim.
E, mais uma vez, disse-me:
– “Gostou do presente que lhe enviei?
Ela é toda sua.
E, a partir de agora, é você a dona da lua.”
– “Todas as luas cheias de setembro a setembro,
Sempre serão suas,
Estando perto ou longe,
Andarei pelas iluminadas ruas
Pensando em você: dona da lua.”
E, eu, sempre lembrarei,
Do meu amor,
E da lua que me eternizou,
Pra sempre… por onde eu for…
*Poesia apresentada no Sarau de Música e Poesia de Santa Teresa/2019