ColunistasFrei José Corteletti

Natal

Por Frei José

É para nós a maior data a ser comemorada no final do ano, que nos dá a dimensão exata do nascimento de Cristo, o qual não poderia ressurgir se não tivesse nascido homem. Tempo de paz, reflexão ,nos regalamos em união aos familiares, amigos, em humildade numa pausa de permissão e reverencia a exemplo da Sagrada família Jesus, Maria e José. E, aí , embaladas vem as recordações infindas, surgindo na memória, O NATAL NA CASA DA VOVÓ SELMINA em ST. -Ah… quando eu era pequena, percebia como era grande aquela mesa 12 cadeiras que já não davam para todos … Fazendo-se notar o perfume da sopa de agnoline aromatizando o largo ambiente, cujo caldo feito de galinha do quintal a mais gorda que teria a melhor oveira, onde daria a sopa saborosa, e a consequente retirada da mesma da grande panela, deixando o caldinho para o “cappelletti,” e assim transforma-lo num delicioso risoto regado a queijo parmesã e manteiga. A massa (pasta) caseira feita a mão com a canarola”lenho roliço + ou- 20 cm de diâmetro, comprimento 1 m+ ou-”,que a esticava, esticava, sem parti-la e somente a tornava mais fininha, era um espetáculo de habilidade e prazer; depois seria colocada para secar sobre um largo e límpido pano branco, e finalmente ser talhada com faca afiada em fatias regulares polvilhadas com ligeiro fubá fino da roça. –Degustava-se num simples prato fundo que se tornava fumegante, com fatias de (delicia) de pão caseiro. Após o salvo conduto do paladar, a singeleza da árvore natalina, despontava com ornamentos de bombons que fortuitamente arrancávamos, fazendo-a balançar de cá para lá, por ser pequena no tamanho, porém com significado emocional acentuado, alegria pura de crianças no seio caseiro era contagiante …e nos portávamos felizes com imensa gratidão num amor pujante rico de fé, esperança, caridade, por mais um aniversário do nosso menino rei Jesus.