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Patrimonialismo na política brasileira

Por Gregório Venturim

Problema sério para população brasileira, originalmente, esse sistema se assemelhava a um sistema feudal, onde o detentor de um patrimônio (poder econômico) fazia as vezes dos poderes do estado (segurança pública, judiciário, moradia, entre outros), ou seja, um patrimônio particular era usado para estabelecer as funções do estado, lógico que influenciado pelo interesse particular.

O atual patrimonialismo, ao contrário um particular eleito, utiliza de forma viciada o patrimônio público para atender os seus interesses, esse procedimento, onde o poder da caneta dos agentes públicos faz interferência nas decisões da Administração Pública protegendo amigos e parentes, empregando pessoas em cargos em comissão, apenas por serem amigos, ou cabos eleitorais, ou ainda, utilizando bens públicos (carros, aviões, entre outros) sem que haja interesse público justificável, gastam com alimentação e bebidas sofisticadas, direcionam as licitações de produtos e serviços do poder público para empresas de parentes e amigos, resultando em prejuízos graves para sociedade.

O cidadão comum precisa entender que ele é a principal vítima, pois o mau uso do dinheiro público causa desperdício e deixa sem serviços públicos ou os entrega em péssima qualidade, pois valores que ao invés de ser aplicado na saúde, educação, segurança pública e outros serviços essenciais, são alocados para atender os interesses pessoais, mais grave ainda para manutenção do poder (Mensalão, Petrolão, entre outros). Situação essa que prejudica o principal gerador de riqueza do país, o empreendedor que além de expropriado pela alta carga tributária, vê os seus impostos sendo utilizado para bancar privilégios que nem ele mesmo nem sua família conseguem usufruir.

A população pode e deve acabar com isso, ao invés de negarmos a política, precisamos imediatamente aumentar a participação nela, cidadãos comuns precisam interagir mais com o meio político, uma vez que as pessoas que se mantem a muito tempo no poder, prostituíram a política, mas ao contrário ela é a melhor forma de mudarmos a vida da sociedade e a falta de pessoas comuns nos cargos políticos, servem apenas para deixar a vontade os políticos profissionais que lá estão e manter esses desmandos com dinheiro público.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408