Bancada lança bombardeio em cima de Alexandre Quintino
Fonte: www.seculodiario.com.br
Não deu pra ver a expressão do deputado estadual Alexandre Quintino, presidente estadual do PSL no Estado, porque o coronel estava com a câmara desligada durante a sessão virtual desta segunda-feira (25) da Assembleia Legislativa. Mas ele novamente foi alvo de bombardeio, desta vez em bloco, puxado pelo deputado estadual e delegado Danilo Bahiense, que comunicou ao presidente Erick Musso (Republicanos) sua renúncia da liderança do partido na Ales. Bahiense fez, em plenário, uma cronologia dos fatos envolvendo o PSL capixaba entre o período de Amarildo Lovato, que já tinha definido pré-candidaturas para a disputa deste ano, até a entrada de Quintino, em março passado, após interlocução com a Nacional. Preterido da disputa à prefeitura de Vila Velha, o deputado foi seguido pela bancada nas críticas à manobra que efetivou a mudança no comando da executiva estadual.
Garfada
Repetido em plenário por Torino Marques (PSL) e Capitão Assumção, expulso da legenda e hoje filiado ao Patri. Citando datas de ofícios sobre a candidatura e pedidos de liberação por justa causa, Bahiense reforçou que, passados mais de dois meses da troca, só soube de decisões do PSL pela imprensa. Não houve comunicação, ligação telefônica ou conversa, e sequer foi recebido por Quintino, “apesar de colegas de bancada”, como destacou, emendando: “não represento o PSL. E o PSL não me representa”. Torino fez coro à frase, pontuando que permanece no partido apenas porque a legislação eleitoral impede sua saída, reiterando “falta de respeito”. Já Quintino, mudo esse tempo todo, mudo continuou.
‘Garfados’ II
Bahiense diz que sua candidatura foi colocada em 2019 no município, onde tem reduto, com “boa aceitação no eleitorado”. Depois oficiou o PSL para saber se teria, mesmo, legenda para disputar. Sem resposta. No final de março, reiterou o ofício e foi à sede do partido entregá-lo. Não foi recebido por Quintino, que delegou a missão a um colaborador.
‘Garfados’ III
Bahiense recebeu uma resposta com data pretérita, assinada por Lovato e não Quintino, o que até “caracteriza falsidade ideológica”. O documento, porém, garantia que seriam respeitadas a autonomia e soberania da executiva e convenções em relação às eleições. Mas Bahiense soube pela imprensa não só que estava desligado da presidência do diretório de Vila Velha, como o candidato seria Amarildo Lovato.
O deputado solicitou, por fim, o desligamento por justa causa, alegando discriminação e que seria persona non grata no PSL, mas nada também. A alegação de Quintino, segundo Bahiense, foi de que o presidente nacional, Luciano Bivar, alegou que não poderia responder em virtude da pandemia. “Ficou claro que a intenção era, naquela ocasião, que eu perdesse o prazo e não pudesse me filiar a outro partido para me candidatar”, apontou.
No embalo II
Assumção, que há pouco tempo tocou nesse vespeiro do PSL também em plenário, não perdeu a nova oportunidade. A máscara precisa cair, afirmou, acrescentando que também foi “garfado” da candidatura a prefeito em Vitória, citando ainda o governo do Estado e “um deputado federal” – Da Vitória (Cidadania) – na manobra. Como no caso dele o pronunciamento raramente sai sem um xingamento, acusou a “turma do PSL de só pensar na grana do fundão e de vagabundos”.
Ah, claro!
Manobras, garfadas, divergências, agora a bancada diz que o PSL no Espírito Santo virou de esquerda. Tem tempo que a bancada do partido destaca isso, hoje, obviamente, fizeram de novo, “Totalmente de esquerda”, jurou Torino Marques.
