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SETEMBRO AMARELO – PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

Jonas Mendes – Pastor, Bacharel em Teologia, Terapeuta Familiar, Psicologia Pastoral, Psicanalista em Formação e Empresário.

A vida é dom de Deus concedido ao homem. Toda concessão continua sendo de domínio do seu proprietário. Assim, não é da competência deste homem decidir o momento em que sua vida deva ser extinta. O suicídio é um ato de extrema covardia. O ser humano sentindo-se incapaz de lidar com suas próprias limitações busca refúgio na morte. Não seria mais fácil permanecer vivo e admitir que fracassou? Qualquer forma de morte induzida é a legitimação de desistência da vida e, por extensão, da fé e da crença nos valores eternos.

O término da vida provocado pelo homem não deve basear-se em raciocínio, filosofias e justificativas puramente humanas, mas nas Escrituras respeitante ao vasto assunto da vida. Na bíblia encontramos alguns casos de suicídio. Em todos eles, vemos que seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor, e desobedeceram à sua Palavra:

a) O exemplo de Saul – Foi um rei fracassado, que deixou o Senhor, e foi em busca de uma médium espírita (1 Sm 28.1-19).

b) O exemplo de Aitofel – Foi um conselheiro de Absalão, orgulhoso, que se matou por ver que sua palavra fora suplantada por outro (2 Sm 17.23).

c) O exemplo de Zinri – Um rei sem qualquer temor de Deus, que usurpou o trono por traição e matança, e que por fim se matou, quando se viu derrotado pelo exército inimigo (1 Rs 16.18,19).

d) O exemplo de Judas Iscariotes – Após trair Jesus, foi dominado por um profundo remorso, e ao invés de pedir perdão ao Senhor, foi-se suicidar.

Sansão foi outro protagonista que caiu nos braços de uma prostituta chamada Dalila. Traído por ela, foi levado ao cárcere. Numa festa ao deus Dagon, foi apresentado como troféu, e fez o templo desmoronar sobre ele e seus inimigos.

A mulher de Jó, uma esposa sem fé, sugeriu diante de seu sofrimento, que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (se suicidasse). Ele, porém, não aceitou tal idéia, e de modo resignado, confiou integralmente no Senhor.

A vida é sagrada e somente Deus pode dar e tirar a vida. Moisés pediu a Deus que tirasse a sua vida (Nm 11.15). O profeta Elias também fez o mesmo pedido (1 Rs 19.4) e da mesma forma o profeta Jonas (Jn 4.3). Deus não atendeu a nenhum desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a Deus e não a nós mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar, e Ele é o soberano de toda a existência.

As Sagradas Escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:

a) É assassinato de um ser feito à imagem de Deus (Gn 1.17);

b) Devemos amar a nós mesmos (Mt 22.39);

c) É falta de confiança no Deus, visto que Ele pode nos ajudar (Rm 8.38,39);

d) Devemos lançar as nossas ansiedades sobre o Senhor, e não na morte (1 Jo 1.7).

O ser humano deve respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não compete ao homem tira a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para protegê-la.

Espero que esses subsídios contribuam para uma reflexão mais aprofundada, na busca de respostas mais consistentes em relação aos problemas éticos que são verdadeiros desafios a serem superados e vencidos. Que Deus te abençoe!

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408