Perseguições infundadas, final dos tempos?
Papo Reto / coluna de:
Evandro Seixas Thomé
Sempre fui fascinado por escatologia, e com as acusações do Frei Reinaldo ao Pe. Tiago Sancio, pude meditar e pesquisar, para ajudar o leitor a entender os fatos ocorridos, dentro do contexto global macro político atual.
Que a Fraternidade não ensina heresias é evidente, mas se acompanharmos a história da desta Congregação, vê-se claramente uma sequência de injustiças operadas pelo abuso da autoridade de bispos modernistas, uma confusão gerada por mentiras e perseguições canonicamente ilícitas na tentativa de sufocar esta Congregação que é legítima e canonicamente erigida em 1970.
Com a anulação oficial do decreto da excomunhão dos bispos sagrados por S.E.R. Dom Marcel Lefebvre em 1988 e o esclarecimento por parte do Papa de que a Missa Tridentina nunca fora revogada, portanto os motivos que deram causa à perseguição da FSSPX desapareceram. Portanto, logicamente, a mesma perseguição, por parte das autoridades hierárquicas da Igreja pós-moderna, deve desaparecer, pois não pode existir condenação sem fato provado, é um princípio básico do Direito. Ora, nunca houve um legítimo julgamento, no entanto, os padres que aderem a esta Ordem são sempre perseguidos e injustamente condenados. Ora num passado recente, Roma se viu obrigada a reconhecer publicamente a legitimidade da Fraternidade Sacerdotal São Pio X e reconhecer também que alguns bispos sempre perseguiram a Ordem que têm como missão (“conservar integralmente a Tradição dos Apóstolos” – Pontifical Romano).
O que está por trás de tudo isso?
Para quem é estudioso do assunto, sabe que esta perseguição está no cerne da crise atual da igreja católica, sobre a qual vários monges, papas e outros profetas católicos escreveram sobre esta época. Sabendo o mínimo sobre a história da igreja de Cristo, vê se a precisão do monge da Baviera que viveu no Século XV e suas precisas profecias ao período de apostasia: “Dois sentarão à cadeira de Pedro, um justo e um bisão. E o bisão triunfará”.
O que diz o padre Tiago Roney Sancio?
Conversando com o Pe. Sancio sobre as afirmações do Frei Reinaldo, feita nos avisos no final de uma Missa, me disse que elas contém muitas mentiras e calúnias. “A Fraternidade Sacerdotal São Pio X não é excomungada e os padres e fiéis da FSSPX nunca foram excomungados e eu também nunca recebi nenhuma excomunhão.
Por a FSSPX defender a Missa Tridentina e a Tradição, ela sofre perseguições injustas.
Meu Bispo não é Dom Wladimir, pois sou incardinado na Arquidiocese de Vitória e não de Colatina. O que houve foi um aviso por parte deles, já que moro em Santa Teresa.
Este aviso comunica que o Dom Dario Campos me suspendeu de ordens, porque eu escrevi a ele que seguiria com a FSSPX e me dedicaria à Missa Tridentina e sacramentos todos tradicionais. Essa suspensão não é válida e nem justa, pois a Santa Igreja declara, através de São Pio V na Bula Quo Primum Tempore, que nenhum Padre pode sofrer nenhum tipo de pena canônica por causa da Missa Tridentina. Assim, com o apoio da FSSPX eu continuo normalmente a celebrar, continuando a ser Padre Católico Apostólico Romano, mas agora seguindo a Tradição da Igreja, antes da revolução que foi o Concílio Vaticano II. A FSSPX aceita o Papa, reconhece as autoridades, mas guarda a Tradição sem as alterações da Igreja Católica. Acreditamos que virá um Papa fiel à Tradição bimilenar da Igreja e que corrigirá os erros modernos. Enquanto isso, somente continuamos católicos.
Finalizando estou a disposição de todos para conversar e graças a Deus e Nossa Senhora e São José estou em paz e muito feliz com o apoio e orientação da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Uma obra maravilhosa da nossa Santa e única Igreja”.
Deixo para o leitor a resposta oficial da própria fraternidade registrada no endereço https://www.fsspx.com.br/ sobre a pergunta:
A FSSPX não está em plena comunhão com a Igreja e o Papa?
Resposta – Essa expressão não passa de um golpe midiático para difamar a Fraternidade. Doutrinariamente talvez estejamos mais unidos à Igreja e ao Papa do que qualquer outro. O Magistério do Papa e dos bispos é nada mais do que o órgão da Tradição. A Tradição, bem como a Escritura Santa, está acima da pessoa do Papa. Este não pode portanto contradizer a doutrina de todos os Papas anteriores. A partir do momento que a pessoa do Papa se afasta da Tradição, impondo ensinamentos novos contrários ao Magistério Perene da Igreja, somos obrigados a resistir, pela Fé.