Novo mapa de risco: Vitória e mais 4 cidades no moderado
O Governo do Estado anunciou, nesta sexta-feira (20), o 32º Mapa de Risco Covid-19, que começa a valer a partir da próxima segunda-feira (23). Do total de municípios capixabas, 73 estão classificados em Risco Baixo. Cinco em Risco Moderado (Barra de São Francisco, Cariacica, Ecoporanga, Viana e Vitória). Nenhum em Risco Alto.
Fiscalização de aglomerações vai aumentar no ES
“Nós vamos começar de novo um trabalho mais forte de fiscalização em torno das aglomerações, mas o Estado sozinho não consegue fazer essa fiscalização. Os municípios têm um papel grande na fiscalização e no isolamento de casos ativos, para que a gente possa barrar o contágio”, disse Casagrande.
Mudanças nas medidas de restrição podem ser semanais
“A partir dessa segunda fase, nós vamos fazer mudanças das medidas qualificadas, praticamente toda semana, se for preciso. As medidas são em relação à restrições sociais e econômicas. Elas são diferentes de acordo com o risco. Toda semana teremos novo mapa de risco e poderemos ter mudanças nessas medidas”, adiantou Casagrande.
Risco moderado: escolas só com atividades remotas
“As escolas já têm uma regra: neste ano, nos municípios com risco moderado, elas têm atividades remotas. Só tem atividades presenciais em municípios classificados em risco baixo. Isso pode mudar para o ano que vem, mas neste ano será assim”, esclareceu Casagrande.
Novas regras para comércio, bares e restaurantes
“A partir de agora, nós temos para o risco moderado diversas atividades permitidas. O comércio, por exemplo, que tem um ambiente mais controlado. Nesta fase, nós não alteramos as atividades do comércio para quem for classificado para risco moderado. Será permitido o funcionamento normal, seguindo os protocolos já adotados. Em bares e restaurantes, haverão mudanças: eles podem funcionar de segunda a sábado até às 22h. De domingo, até às 16h. Fizemos essas alterações no sentido de estabelecer uma limitação que permite o funcionamento neste momento, nesta semana da segunda fase”, esclareceu o governador.
Porque limitação à bares e restaurantes?
“Estamos estabelecendo limitações para bares e restaurantes porque não são ambientes que se mantiveram controladas. As pessoas, logicamente, precisam tirar as máscaras, confraternizam muito mais, se aproximam muito mais e falta esse cuidado para evitar esse contágio. É um sinal de que nós precisamos tomar mais cuidados, especialmente nos locais em que temos que tirar as máscaras, e restaurantes e bares são dessa forma”. explicou Casagrande.
Taxa de ocupação está próxima do nível de alerta
No novo mapa, a taxa de ocupação dos leitos de UTI potenciais aparece em 49,2%. “Essa ocupação, na hora que chegar a 50%, mais municípios, por esse motivo, serão enquadrados e classificados como risco moderado. Alguns até em risco alto, se a gente continuar com essa alta”, adiantou Casagrande.
Covid-19 no ES: 1.000 novos casos por dia
“A primeira fase desta onda, foi em maio, junho e julho. A partir de agosto tivemos uma desaceleração. E em outubro e novembro, começamos a crescer novamente, mas não é na mesma intensidade da primeira fase. É menor. Mas, mesmo assim, os dados que a gente analisa semanalmente apontam que temos mais casos ativos nos últimos 28 dias. Há um mês e meio, estava em torno de 4 mil casos, e agora está em torno de 5 mil casos. Contagiados por dia, chegamos a 500 ou 600 e hoje, estamos identificando 1.000 por dia. A média móvel de óbitos de 14 dias: já chegamos a nove, e agora estamos entre 12 e 13. A ocupação dos leitos de UTI, chegamos a 45% e agora estamos perto de 50%”, detalhou Casagrande.
Governador: “pressão sob sistema de saúde é muito forte”
Tivemos um auge, assistimos o mapa ficar verde, nos cansamos de tantos protocolos e acabamos nos acomodando. Essa acomodação levou à interação, aglomeração e ao contágio. Agora estamos correndo o risco de ter uma maior pressão no sistema de saúde. E isso é um problema para nós, porque no auge da pandemia suspendemos cirurgias eletivas, o trânsito era reduzido, então tínhamos poucos acidentes, e as crianças não iam para as escolas. Agora não, nós temos a Covid-19 e todas as outras enfermidades e problemas de acidente ou violência. A pressão sob o sistema de saúde é muito forte nesse momento”, alerta Casagrande.
Eventos corporativos: máximo de até 300 pessoas
“No risco moderado, nós não tínhamos uma limitação para eventos corporativos, mas agora há o limite de 300 pessoas, sempre respeitando o espaçamento mínimo, já estabelecido para os eventos sociais”, disse Casagrande.
“Verão precisa ser mais contido”, pede Casagrande
não teremos vacina neste ano, então esse verão precisará ser mais contido. Quando houver disponibilidade da vacina, ela não conseguirá atingir todas as pessoas ao mesmo tempo. Temos ainda uma polêmica em torno dessas vacinas, um assunto que está politizado. Nós ainda não sabemos como que Governo Federal vai coordenar um plano nacional de imunização. Nós, governadores, estamos articulando para que seja assumido esse papel, mas estamos cientes de que teremos que conviver com pandemia nesse verão”, comentou Casagrande.
Mais de 60% dos positivados de outubro tinham idade média de 29.5
dar um dado aproximado do mês de outubro: mais de 60% das pessoas contagiadas, detectadas pelo nosso Laboratório Central (Lacen), tinham idade média de 29,5 anos. Mais de 60% das pessoas internadas em UTI tinham mais de 45 anos de idade. Então, os jovens são mais resistentes, às vezes por isso saem mais e interagem mais. Mas, muitas vezes, os jovens acabam levando a doença para dentro de casa ou contagiando alguém de mais idade. importante a gente ter empatia e contribuir. Essa doença exige essa corresponsabilidade”, afirmou Casagrande.
A Matriz de Risco de Convivência considera no eixo de ameaça: o coeficiente de casos ativos por município dos últimos 28 dias, além da quantidade de testes realizados por grupo de mil habitantes e a média móvel de óbitos dos últimos 14 dias. Já o eixo de vulnerabilidade considera a taxa de ocupação de leitos potenciais de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19, isto é, a disponibilidade máxima de leitos para tratamento da doença. A estratégia de mapeamento de risco teve início no dia 20 de abril.
O Mapa de Risco segue as orientações dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde e recomendações da equipe de especialistas do Centro de Comando e Controle (CCC) Covid-19 no Espírito Santo, que é composto pelo Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria da Saúde (Sesa), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). As decisões adotadas pelo Governo do Estado seguem parâmetros técnicos.