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O Altruísmo de Augusto Ruschi

Uma herança dos imigrantes que combateria o Coronavírus

Novamente, neste inverno de 2021, o dano socioeconômico dos efeitos da pandemia de covid-19 traz uma frieza desconfortável à alma festiva do teresense que tanto ama celebrar sua cultura italiana. 

Essa estação marca também a colonização do município, que por sua vez remete à bravura, à união e à abnegação daqueles imigrantes confiantes que neste pedaço de terra brasileira firmaram suas raízes. Esse legado cultural faz do teresense um povo extremamente rico e consagrado e agora, menos caloroso, devido ao cancelamento do festival de inverno nas ruas pelo segundo ano consecutivo, devido às atuais circunstâncias. Mas a comemoração acontecerá de forma online, com várias lives exaltando a cultura italiana, incluindo música, dança, ecoturismo, gastronomia etc.

b2ap3_amp_221115_AugustoRuschi_RogerioMedeiros_01-300x147 O Altruísmo de Augusto Ruschi

Por essa razão, seguimos trabalhando aqui no Memorial Augusto Ruschi, celebrando também seu primeiro ano de existência no dia 03 de junho – o dia de falecimento do Patrono. Faço questão de usar esta oportunidade para parabenizar todas as pessoas físicas e jurídicas que empenham os ensinamentos altruístas dos nobres imigrantes para somar ao espírito de nossa comunidade. Muitas pessoas vêm se empenhando para que o município sofra o mínimo possível com os efeitos da pandemia, tanto criando oportunidades como também mantendo a normalidade de suas atividades nesses tempos difíceis, reduzindo o peso do impacto que a pandemia causa na vida de todos teresenses desde fevereiro de 2020.

Os trabalhos biográficos do Memorial Augusto Ruschi revelam que o altruísmo, essa bela herança de valores, esteve presente ao longo de toda a vida de A. Ruschi, ganhando grande expressividade em suas ações como cientista. Como criança, teve o exemplo de seus pais, que participavam ativamente dos esforços comunitários para aprimorar a infraestrutura do município. Como adulto atuante, a variedade de setores sociais com os quais contribuiu foi ainda mais diversificada do que os assuntos que pesquisou. Buscou soluções para pragas em lavouras, mapeou áreas e recursos naturais, estudou a transmissão de raiva por morcegos, impediu a destruição de recursos não renováveis fundamentais à qualidade de vida de milhões de pessoas e destinou à utilidade pública o Museu Mello Leitão, uma ferramenta que o próprio cientista construiu para ajudar a sociedade.

Aprendi com meu pai que não devemos ficar imaginando a vida a partir de uma condicionante que jamais terá chances de acontecer. Além de não levar a lugar nenhum, pensar assim pode nos prender a conformismos que nos impedem de agir para criar cenários melhores. Como ele costumava dizer: “Se a minha avó não tivesse morrido, ela ainda estaria viva”. 

Então, para buscar a melhor decisão ao invés de lamentar, sempre me pergunto: O que meu pai faria nessa situação? O que Augusto Ruschi, munido de seu Museu, sua maior ferramenta, faria para ajudar sua cidade, seu estado e seu país a superarem essa grande mazela chamada covid-19, que traz tanto mal para a sociedade?

Eu tenho a resposta; e ele faria muito, muito mesmo! Esse instrumento forjado pelas mãos do Patrono da Ecologia do Brasil tem grande potencial para um dia somar significativamente ao desenvolvimento de todo o país, não apenas no território da Mata Atlântica.

Pena que de nada adianta eu revelar a resposta agora, pois como diria Carlos Drummond de Andrade, no caminho dessas soluções tem uma pedra; tem uma pedra no meio do caminho.

L’altruismo di Augusto Ruschi

 

Un’eredità degli immigranti che combatterebbe il Coronavirus

 

Ancora una volta, in questo inverno 2021, il danno socio-economico degli effetti della pandemia del covid-19 cala un gelo sconfortante all’anima festaiola del teresense, al quale tanto piace celebrare la sua cultura italiana.

Questa stagione simboleggia anche la colonizzazione del comune che, a sua volta, ci riporta al coraggio, unione, abnegazione di quegli immigranti fiduciosi che in questo pezzo di terra brasiliana posero le loro radici. Questo lascito culturale fa del teresense un popolo estremamente ricco e consacrato e, ora, meno caloroso a causa del cancellamento del festival di inverno nelle strade per il secondo anno consecutivo, a causa delle attuali circostanze. Ma i festeggiamenti si terranno in forma online, con molte dirette esaltando la cultura italiana, includendo musica, danza, ecoturismo, gastronomia, ecc.

Per questa ragione abbiamo continuato a lavorare qui, nel Memorial Augusto Ruschi, celebrando il suo primo anno di esistenza, il 3 giugno scorso – giorno della morte del Patrono. Approfitto di questa occasione per fare i complimenti a tutti coloro (che siano persone fisiche o giuridiche) che seguono gli insegnamenti altruistici dei nobili immigranti insieme allo spirito della nostra comunità. In molti si impegnano affinché il comune soffra il meno possibile con gli effetti della pandemia, creando opportunità o mantenendo la normalità delle sue attività in questi tempi così difficili, riducendo il peso dell’impatto che la pandemia causa nella vita di tutti i teresensi fin dal febbraio 2020.

I lavori biografici del Memorial Augusto Ruschi rivelano che l’altruismo, questa bella eredità di valori, è stato presente nel corso di tutta la vita di A. Ruschi, rivelandosi nella sua attività di scienziato. Da ragazzo, ebbe l’esempio dei suoi genitori che partecipavano attivamente agli sforzi della comunità per migliorare l’infrastruttura del comune. Da adulto, la varietà dei settori sociali ai quali diede il suo contributo fu ancor più ampia degli argomenti a cui dedicò il suo lavoro di ricerca. Cercò soluzioni per le piaghe del mondo agricolo, si dedicò alla mappatura del territorio, studiò la trasmissione della rabbia da parte dei pipistrelli, impedì la distruzione di risorse non rinnovabili fondamentali alla qualità della vita di milioni di persone e destinò a pubblica utilità il Museo Mello Leitão, uno strumento che lo scienziato stesso costruì per essere dato alla società.

Con mio padre ho imparato che non dobbiamo immaginare la vita partendo da una condizione che mai si avvererà. Oltre a non portarci da nessuna parte, pensare in questo modo ci può legare a conformismi che ci impediscono di agire per creare scenari migliori. Come lui era abituato a dire: “Se mia nonna non fosse morta, ora sarebbe viva”.

Quindi, per cercare la miglior decisione al posto di lamentarmi, sempre mi domando: Cosa farebbe mio padre in questa situazione? Cosa, Augusto Ruschi, con il suo Museo, il suo strumento migliore, farebbe per aiutare la sua città, il suo stato, il suo paese per superare questa grande piaga che è il covid-19, che tanto dolore porta alla società?

Io ho la risposta; e lui farebbe molto, certamente! Questo strumento forgiato dalle mani del Patrono dell’Ecologia Brasiliana ha un grande potenziale per contribuire significativamente allo sviluppo di tutto il paese, non solo al territorio della Foresta Atlantica. Peccato non poter rivelare la risposta ora, visto che come direbbe Carlos Drummond de Andrade, sul cammino di queste soluzioni vi è una pietra, una pietra nel bel mezzo di tale cammino. 

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408