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A imigração italiana e a projeção da terra prometida em Santa Teresa ES

Por Simone Zamprogno Scalzer

No fim do século XIX e início do século XX, a Itália enfrentava um período de guerras, esgotamento das terras agrícolas, dentre outras problemáticas. Neste contexto, muitos grupos de imigrantes italianos, influenciados por um discurso que prometia terras férteis e natureza exuberante, partem para a América do Sul, especialmente para o Brasil, em busca de paz e da terra prometida. O discurso da existência de um território, com terras férteis e muitos recursos naturais, que se assemelhava ao paraíso, criou no imaginário dos imigrantes italianos a projeção da Canaã- a Terra Prometida. No entanto, os primeiros tempos no novo território, não representavam propriamente a vida em um paraíso. Se por um lado, a mata fornecia a madeira das construções e a carne de caça, a derrubada da mesma e o contato com os insetos e os predadores da floresta tropical, foram muito mais difíceis. O clima muito diferente da região de origem e o ataque dos mosquitos causavam doenças que amedrontavam os imigrantes nessa “terra prometida”.

As terras férteis foram encontradas, mas estavam debaixo de uma densa e úmida floresta tropical, se apresentando, inicialmente, como um obstáculo à ocupação, tornando o processo de adaptação ao novo território ainda mais traumático. Contudo, alguns depoimentos dos imigrantes ou seus descendentes, relatam a preferência pelo novo território, onde pelo menos estavam a salvo das ameaças dos conflitos das guerras no continente europeu.

“Nós pedíamos a ela: Mamãe é melhor aqui ou na Itália? E ela respondia: Mil vezes aqui! Mil vezes”. (Alcebiades Feller, 2014).

 

L’immigrazione italiana e la proiezione della terra promessa a Santa Teresa-ES

Verso la fine del XIX secolo e l’inizio del XX, l’Italia affrontava un periodo di guerre e di esaurimento delle terre agricole, tra gli altri problemi. In questo contesto, molti gruppi di immigranti italiani, influenzati dal discorso di fertili terre promesse ed una natura esuberante partirono per l’America del Sud, in particolare per il Brasile, alla ricerca della pace e delle terre promesse. Il discorso dell’esistenza di un territorio con terre fertili e ricche risorse naturali, che faceva sembrare la cosa come se fosse il paradiso, creò nell’immaginario degli immigranti la proiezione di Canaan – la Terra Promessa.

Purtroppo, i primi tempi nel nuovo territorio non rappresentarono esattamente una vita paradisiaca. Se da un lato la foresta forniva loro legna per le costruzioni e cacciagione, l’abbattimento della stessa ed il contatto con insetti e predatori della foresta tropicale non furono così facili da superare. Il clima della regione, così diverso da quello delle loro zone di origine e l’attacco degli insetti, causavano malattie che spaventavano gli immigranti in questa “terra promessa”.

Le terre fertili c’erano, ma si trovavano sotto un denso ed umido strato di foresta tropicale che rappresentava, inizialmente, un ostacolo all’occupazione, facendo divenire ancor più traumatico il processo di adattamento al nuovo territorio. Ma seppur in presenza di tutto ciò, alcune deposizioni degli immigranti o loro discendenti rivelano comunque una preferenza per le nuove terre, a causa di essere in salvo da minacce di guerre, presenti nel continente europeo.

“Le chiedevamo: Mamma, meglio qui o in Italia? E lei rispondeva: Mille volte meglio qui! Mille volte”. (Alcebiades Feller, 2014).