Pestalozzi comemora 30 anos
O ano foi intenso em ações comemorativas da Associação Pestalozzi Santa Teresa em face do aniversário de 30 anos da entidade mais amada de Santa Teresa . O calendário de festividades encerrou-se no dia 25 com emocionante carreata pela cidade, enquanto era aplaudida por onde passava. Confira o vídeo no final da matéria.
Esse mês trazemos mais um pedacinho da história da entidade por Letícia Loss, com 21 anos de serviço à associação.
STN – Quando você começou a trabalhar aqui na Pestalozzi?
Letícia Loss – Formei em magistério em 1999 e comecei trabalhar na Pestalozzi no ano de 2000, fiz seleção de para professor, só tinha duas professoras na época, e uma teve que se afastar com uma licença de saúde, e eu era a próxima da lista, me chamaram pra cumprir um contrato de 90 dias, aí eu vim pra cá, era uma oportunidade pra mim, comecei na sala de aula, em 2000, naquele período eram 27 alunos, eram divididos em 2 professoras, e aí eu fiquei, naquele período até finalizar os 90 dias.
STN – Finalizou o contrato e depois voltou?
Letícia – Sim, depois voltei no ano seguinte como secretária, pois a que ocupava o cargo, surgiu uma oportunidade e foi para a Itália, então a esposa do presidente disse: – Como já te conhecemos, se você quiser assumir, não a sala de aula, mas o administrativo?, eu aceitei na hora, estava fazendo faculdade, eles já me conheciam, fizeram essa proposta e eu continuei aqui, me formei em educação física, depois fiz a especialização de gestão, até passei no concurso da prefeitura mas não fui, continuei aqui, até hoje. Teve algumas mudanças de funções, minha atual função é diretora financeira.
STN – Quais os profissionais que trabalhavam na época?
Letícia – Na época que eu entrei tinha só uma assistente social, paga pela instituição em parceria com o poder público, e um educador físico, ele fazia duas vezes por semana aqui e completava a carga horária com a terceira idade, depois foi necessário contratar um fisioterapeuta que veio de Vitória. Haviam só esses técnicos e duas professoras, cedidas pelo estado.
STN – Quando aconteceu a primeira reforma?
Letícia – Isso era em 2003, o pátio era de chão batido, quando chovia, a Kombi atolava, então foi necessário reformas e melhorias na infraestrutura, porque a cada dia chegava um novo aluno, a diretoria falava assim: – “Só temos essas duas salinhas, precisamos melhorar a estrutura física.” Antigamente a Pestalozzi atendia junto à casa de passagem, Lar Manuel Valentim, era dividido por apenas uma divisória de madeira, que a gente colocava uma cortina. Então foi iniciado a reforma, todo material para construção foi conseguido com doações, materiais que arrecadamos nos eventos, porque aqui não tinha a escritura, não podíamos receber doações do governo, aqui era o lar Manuel Valentim, e não podíamos receber doações de entidades, então fizemos eventos e ações para arrecadar, e aí as pessoas foram doando portas, janelas, telhas, tudo foi feito, com muito trabalho, a Marisa já estava aqui nessa época, pedimos à paróquia espaço para trabalhar, enquanto se fazia a construção aqui, pois era perigoso para os alunos. Em maio de 2004, após o término da obra, conseguimos voltar com funcionamento no prédio antigo e no novo.
Na inauguração em 2004, tinha mais de 50 alunos. Hoje temos 120, mas nunca parou de chegar crianças, nem de crescer, os projetos ainda continuam em expansão.
STN – Foi um tempo difícil.
Letícia – As dificuldades da Pestalozzi são diárias, nós temos que trabalhar muito para diminuir essas dificuldades, para melhorar o atendimento, mas mesmo assim, nós encontramos dificuldades, bem por ser uma instituição privada, do terceiro setor, que precisa de buscar recursos pra ela desenvolver o seu trabalho porque ela é 100% filantropia, então ela precisa de ajuda, ela precisa buscar parceria com o poder público, com a comunidade, com associados protetores, fazer eventos, fazer diferentes atividades para dar conta de manter.
STN – Quais os profissionais que a Pestalozzi Santa Teresa oferece hoje?
Letícia – Hoje aumentou um pouco o atendimento, mas estamos perdendo profissionais por causa da questão salarial, hoje temos fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudióloga, psicóloga e assistente social, é isso que temos hoje, fazemos o teste da orelhinha e o teste otoacústico quinzenalmente, é um teste para ver se tem algum problema auditivo, nos primeiros meses de vida. Temos 3 centros de atendimento funcionando aqui, o clínico, o pedagógico e o centro de vivência. Com as novas leis, as exigências são muitas, mas o nosso foco é sempre tentar melhorar e crescer, não por nós, mas por quem é atendido aqui na instituição
Confira o vídeo da carreata