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IDADE

Carlos de Faria, escritor e esperantista

Eu quisera gozá-los, meus janeiros,
Como quem bebe uma bebida forte,
E sonha mil delírios altaneiros,
Esquecido talvez da própria morte.

Mas me vejo no espelho desta vida,
Nas rugas que parecem mil caminhos,
No rosto do ancião que, de partida,
Perdeu as flores e só sente espinhos.

Ah, meu velho, você já foi criança!
E viveu e curtiu, teve esperança,
De ser feliz, talvez eternamente.

Mas, no ocaso da vida, você sente,
Que a idade, no fim, sempre desmente,
A ilusão que persiste na lembrança.

Faria,18/02/2001.

Carlos de Faria, escritor e esperantista

ETÀ

Vorrei approfittare la mia vita

Come chi beve una bevanda forte

E sogna mille deliri impossibili

Forse dimenticato dalla stessa morte

Ma mi vedo nello specchio della vita

Nelle rughe che sembrano mille percorsi

Nel viso dell’anziano che prossimo al grande salto,

ha perso i fiori e sono rimaste solo le spine.

Ah, mio caro vecchio, sei stato bambino!

Hai vissuto e approfittato, avuto speranza,

di essere felice, forse eternamente.

Ma, nella casualità della vita senti

che l’età, alla fine, sempre smentisce

l’illusione che persiste nel ricordo

Faria, 18/02/2001

 

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408