Animais de rua uma questão de saúde pública em Santa Teresa
População reclama da quantidade de cães de rua e da falta de uma estrutura especial para cuidar do problema. A prefeitura diz que já está buscando parceria para castração desses animais. Confira.
Seixas Baré
Cães andando em bando pelas ruas, brigando no cio, rasgando lixo, defecando em via pública e pedindo comida nos bares e restaurantes. A situação chega a um ponto em que a população pede ao poder público, uma solução.
O enólogo Vinicius Corbellini diz que a cidade há anos convive com uma quantidade excessiva de cães de rua. “Gostamos dos cães, mas têm que primeiramente o respeito aos indivíduos e a saúde pública, a quantidade de animais em Santa Teresa é muito grande, sabemos do risco sanitário, entendo que as pessoas têm pena, eu também gosto de cães, mas eles têm que ser cuidados em casa, Nossa região têm uma quantidade muito grande de morcegos que são portadores de raiva , meus tios perderam vacas por contágio de raiva por morcegos, naturalmente os cachorros também podem ser contaminados pela raiva e passar para os humanos, além do perigo de agredir pessoas, porque esses cães eles vão formando matilhas, realmente chegamos a um ponto crítico, têm que ter um controle, já está endêmico. Na gestão do Orly Miguel, na época foi maravilhoso, porque todos os donos dos cachorros tiveram que cadastrar seus cães. ter uma coleirinha com identificação e o número do telefone do dono, funcionou bem, acho que agora temos muitos veterinários”. Explica.
A empresária do ramo hoteleiro Jurema Tonini diz que animais de rua é um problema sério em Santa Teresa. Ouço turistas comentarem que quando vão à Rua de Lazer, os cachorros ficam pedindo comida, ou deitados com mosca em cima, essa é uma situação horrível para um centro turístico. Aqui deveria ter um centro de adoção de animais, ter castração para evitar proliferação. Sou contra qualquer tipo de maus tratos aos animais, mas por outro lado o poder público têm que tomar uma providência em relação aos animais abandonados, acho que todos os animais deveriam ter cadastros, identificação na coleira pois se for perdido, já sabe quem é o dono”. Sugere.
O designer Odonias Silva diz que a população ora é caridosa com os animais, ora age com descaso. “Não é apenas um caso de políticas públicas, sabemos que a culpa é de quem abandona, o que vemos são cachorros passando fome, com ferimentos, podendo transmitir algum tipo de doença. É necessário um controle vacinal para esses animais abandonados que gera problemas de saúde pública e em alguns casos há crime de maus tratos. Vejo como solução um Disk Pet ou um centro de recolhimento como antigamente havia na prefeitura, e voltar a ter o controle, e para amenizar a situação, uma campanha para educar a população”. Sugere.
O advogado Thiago Brasil diz que as ruas de Santa Teresa estão repletas de animais. “Resido no centro de Santa Teresa e na portaria do meu prédio dormem 5 cães. Sempre que chegamos tarde é uma dificuldade, pois rosnam e o meu filho de 7 anos quase foi mordido. Penso que para uma cidade que pretende ser turística isto não pode acontecer. O município deve retirar esses animais das ruas, abrigando-os em ambiente adequado, e em parceria com associações de proteção animal, já existentes na cidade, destiná-los à adoção”. Explica.
A terapeuta Raquel Sepulveda que é preciso tirar os cães das ruas. “Em várias cidades do Brasil o centro de zoonoses oferece castração gratuita para cães e gatos, com agendamento antecipado, tenho certeza que o município de Santa Teresa tem condições e verbas para realizar um projeto deste porte. Tanto quanto enfeitar a cidade para o Natal e fazer festas”. Afirma.
De acordo com a assessoria de comunicação da PMST, já está incluído neste ano, um programa de bem estar animal da secretaria de Meio Ambiente, por meio do PPA (Plano Pluri Anual) elaborado no ano passado. Informou ainda que esse ano a secretaria vai trabalhar em uma legislação voltada ao bem estar animal, e já está buscando parcerias para realizar as castrações de cães e gatos.
