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A Bigodagem do Parque Ecológico Augusto Ruschi

Coluna Augusto Ruschi

O uso do nome de Augusto Ruschi por pessoas e desautorizadas para interesse próprio remonta desde 1986 – ano de falecimento do Patrono – até os dias atuais. Em 2021, ano de eleições presidenciais, esse desrespeito ficou ainda mais evidente quando esquerdistas historiadores e escritores usaram entrevistas e lives sobre Augusto Ruschi para atacar o Governo Bolsonaro e o Regime Militar. Apesar disso não ser nada sutil, pode até engambelar o cidadão, pois ele desconhece a verdadeira identidade de Augusto Ruschi devido à defasada e distorcida imagem do Patrono que é propagada em locais como o Museu/Instituto da Mata Atlântica. A partir de agora, com esta coluna, o público vai poder conhecer um pouco do que seria o olhar crítico de Augusto Ruschi sobre eventos contemporâneos, o que fazemos com muita humildade e responsabilidade, respeitando as normas éticas, a verdade e as limitações temporais, porém confiantes e amparados pelas análises do acervo pessoal de Augusto Ruschi que vem servindo de base para a Biografia Oficial de Augusto Ruschi, a qual vem sendo preparada pelo Memorial sem apoio de nenhuma entidade pública, e tão pouco privada, até o momento.

A Bigodagem do Parque Ecológico Augusto Ruschi

A pergunta que muitos se fazem: o que diria Augusto Ruschi? Bem, é mais ou menos assim:

Escuta: Eu jamais desejei que meu nome fosse usado para desrespeitar meus conterrâneos da pequena Santa Teresa!

Déjà vu

Poxa vida, e lá vamos nós de novo. Esse parque que querem fazer com meu nome já está rendendo uma novela… baita bigodagem! Me lembra o caso da Escola de Pesca Caboclo Bernardo, em Aracruz, que ia homenagear esse herói, de Regência-ES, e servir para qualificar os profissionais da pesca do ES, já que o Brasil todo vem pescar nas nossas águas ricas onde a corrente fria se encontra com a quente junto das águas do Rio Doce. Mas a escola de pesca desandou porque usaram o lote da escola pra beneficiar um terceiro. Eu avisei, mas a politicagem da época foi mais forte e o povo capixaba levou a pior. O investimento na Moqueca capixaba deveria começar pelo investimento no pescador…

Antes

Voltando pro caso desse parque, que o finado Prefeito Gilson idealizou. Onde será que foi parar esse dinheiro da venda do terreno? Não tenho ideia. Só sei que faz muita falta para o teresense, pois são muitos os problemas do teresense que os Vereadores brigam para resolver lá na Câmara Municipal, na Sala Augusto Ruschi – outra homenagem a mim… Mas quem tem dinheiro mesmo é o SESC! Com todos esses hotéis de alto padrão espalhados por aí e com um movimento relativamente modesto. Eu já construí um viveiro de beija-flores para eles – ficou uma obra prima. Mas notei que esse ano o SESC mudou um pouco a postura, deixando as obras, como o hotel que iam fazer em Santa Teresa, para se empenhar em projetos mais sociais. Será que foi por isso que o SESC “jogou” o terreno do parque no colo do Governo Estadual? 

Piscina-da-casa-do-governador-300x167 A Bigodagem do Parque Ecológico Augusto Ruschi
Piscina da casa do governador, construída com dinheiro público e material doado pelos teresenses, imagem do abandono.

Agora

Bem, se o uso do terreno for para o social, o mais adequado é ser gerido pelo município, respeitando assim inclusive a vontade do doador da área. O teresense precisa de um espaço público para seu lazer, pois se os moradores ficarem sem um local para eles descontraírem do frenético ritmo turístico dos visitantes, a qualidade de vida dos residentes vai cair muito. As cidades turísticas que não planejam essa inclusão do cidadão morador costumam criar uma ruptura social e expulsar a população para fora, para as margens. Seria uma pena ver isso acontecer com os teresenses, com os filhos, netos, bisnetos dessa gente boa aqui da “cidadezinha”. Anote o que estou dizendo, os problemas sociais se agravam e depois vamos ouvir tudo nas terças lá na Câmara Municipal. Mas o mais importante ainda é que, se o parque não for para o Município, ele vai causar um aumento de gasto do dinheiro dos impostos do cidadão, que vai literalmente pagar para não ter parque no seu terreno. Isso porque o Inma só pensa em fazer obra desnecessária, que custa caro ao pagador de impostos, para poder criar cargos e aumentar o funcionalismo público, gerando gasto com salário e aposentadoria de funcionários públicos, que são as duas maiores mazelas da economia brasileira hoje segundo o Paulo Guedes. Lamentável! O Inma não precisa de outro espaço para fazer nada do que o Diretor disse.  Um gestor como eu saberia conduzir o Museu para que ele contribuísse não apenas com o Município e o ES, mas com o Brasil. Não construí um museu na chácara dos meus pais para servir de desculpa para pedir verbas. Esse pessoal só pensa em dinheiro – entregas que é bom nada. Mas vou deixar isso para outra história. 

Voltando ao Parque. O Prefeito Kleber apoiou o Governador em sua reeleição. Eu sei que muitas pessoas em todo mundo não confiam na última eleição brasileira porque não tem como recontar os votos, mas o governador deveria retribuir a camaradagem ao Kleber e devolver o parque para o município.

Coitados dos meus conterrâneos. Haja festa e haja vinho para afogar tanta indignação. Será que vai ficar sem o parque para que a bigodagem se crie ainda mais às custas dos impostos. Lembre-se disso caso sejam convidados para abraçar o Museu de novo, ou ir num passeio ciclístico, ou simplesmente a acreditar nos jornalecos esquerdistas. O dinheiro público deve servir ao público e não à máquina pública. Por isso que sou a favor de exame toxicológico para todos que trabalham e estudam em instituições públicas. 

Em Breve

O que será que vai prevalecer na decisão do Governador? O compromisso com a sua agenda social? Com os moradores de Santa Teresa e o prefeito que lhe apoiou? Ou prevalecerá a oportunidade de fomentar o Inma para inflar ainda mais a máquina pública às custas do pagador de impostos, pagando para não ter seu parque de volta?

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408