A borboleta azul
Por Michel Torres
Escrevo essas linhas na manhã de 24 de março de 2020 e nunca a expressão “não está fácil pra ninguém” faz tanto sentido no mundo. Não importa o país, raça, crença, escolaridade, atividade profissional ou condição social… estamos quase todos meio que em compasso de espera. E eu digo quase todos porque para os profissionais da saúde essa crise representa mais trabalho e riscos. É essencial enaltecermos essa dedicação e coragem em prol da vida.
Sou um profissional de marketing e nas minhas participações recentes aqui no STN tratamos do potencial turístico de Santa Teresa e começávamos a trazer algumas recomendações práticas em prol do crescimento dos negócios.Bem… não faz muito sentido avançar nesse tema (por enquanto, espero). Por isso, convido você a ler um pequeno conto. O autor é desconhecido, mas sua mensagem é poderosa.
Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes.
As meninas sempre faziam muitas perguntas.
Algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.
Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.
— O que você vai fazer? – perguntou a irmã.
— Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta.
— Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar.Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la.
E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.
— Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
— Depende de você…ela está em suas mãos.
Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.
Depende de nós. Façamos o melhor que pudermos. Fujamos da tentação de apenas consumir notícias sobre o problema. Aproveitemos esse tempo em casa para ressignificarmos a vida.
Estudar, ler, voltar a sonhar, cuidar da vida espiritual, de nós mesmos e de nossas famílias.
Iremos vencer essa situação. Fiquem bem!