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A diminuição do estado como combate a corrupção

Por Gregório Venturim

Na luta contra a corrupção, temos alguns pilares fundamentais, destaco como mais importantes,a diminuição do tamanho do Estado e fortalecimento da separação entre o que é público e privado.Estudos sobre os desvios de dinheiro público surgiram com a criação de organismos como a Transparência Internacional e dos levantamentos do Índice de Percepção da Corrupção e isso ajudou a tornar um assunto mais presente no dia a dia dos cidadãos.Contudo, para que haja uma melhora dessa visão precisamos saber identificar de forma clara o que é público e o que é privado, não podemos ter uma visão turva dessa separação.

O respeito aos direitos e liberdades individuais, também propicia um maior entendimento do que é público e do que é privado, deixando mais claro a percepção da corrupção, nesse contexto citamos também a diminuição da burocracia, pois esses fatores fazem a percepção ficar mais próxima da realidade, uma vez que a corrupção real é difícil de ser contabilizada, haja visto que o corrompido e o corrompedor não emitiram recibo de propina. 

O tamanho do Estado é tão prejudicial para a constatação de corrupção que já escutamos pessoas defendendo uma espécie de possível corrupção benéfica, numa situação em que os desvios de recursos públicos por um gestor, supostamente promovedor de desenvolvimento seria aceitável, um aberração, trazendo para um exemplo prático, seria como se um ladrão que acabou de roubar seu veículo, lhe oferecesse uma carona e você ao final ainda agradeceu pelos préstimos.

Nesse cenário, reforça a possibilidade de ocorrência de corrupção os imbróglios promovidos pela burocracia entranhada nos procedimentos públicos, onde a propina paga ao agente público, ou a prática do tráfico de influência, torná alternativa mais rápida para desenrolar um problema criado pelo Estado, direta e individualmente pode até trazer benefícios, mas para o coletivo é desastroso e promove um subdesenvolvimento dos serviços públicos.

Redução da mão do Estado, inclusive com a diminuição da burocracia, a defesa incansável do acesso à informação e a transparência do máximo de dados do setor público, pode trazer um maior discernimento ao cidadão comum e por consequência o maior combate à corrupção.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408