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A verdade das intenções do Inma sobre o Parque

 

 

“O modo que eu encontro hoje de melhor servir a Deus é trazendo a verdade”

Com essas palavras o Dr. Piero Ruschi iniciou seu discurso na Tribuna Livre da 28ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Teresa que aconteceu na terça-feira (22). Revelou que Augusto Ruschi havia proibido de Sergio Lucena Mendes de entrar no Museu, e o porquê das negligências do Inma quanto a obra do Patrono da Ecologia. Os vereadores querem que o Parque volte para a municipalidade.

Cumprimento todos os vereadores em nome do presidente Bruno Araújo. Agradeço a oportunidade de vir aqui trazer algumas informações a todos os teresenses, agradecendo primeiramente a Deus pela vida, por estar aqui hoje, pelos meus pais, pela minha existência, pelo meu propósito que é servir a Deus e o modo que eu encontro hoje de melhor servir a Deus é trazendo informações sobre a verdade, informações relevantes para o município de Santa Teresa, para o Espírito Santo e para o Brasil. Essas informações devem proporcionar o bem à sociedade brasileira e ao meio ambiente também.

É engraçado o momento que nós vivemos no Brasil hoje, essa vai ser a parte mais descontraída da minha fala aqui. Momento em que algumas câmaras municipais Brasil afora estão proibindo, por exemplo, ler o salmo da bíblia antes de uma sessão. Momentos constrangedores e outros momentos um pouco mais engraçados que isso, por exemplo, essa semana eu vi um vídeo onde o presidente Lula basicamente afirmou que ele perdeu o dedo catando caranguejo, comparando com outro vídeo dele contando que perdeu o dedo numa máquina de torno mecânico. Muito engraçado.

Deixando essas coisas aí de lado, vamos ao que interessa:

Basicamente, o patrono da ecologia do Brasil, meu pai, Augusto Ruschi, é muito mal conhecido pelos brasileiros, principalmente por nós moradores de Santa Teresa e isso não é culpa de nenhum de nós.

Entendo perfeitamente, veja que nesse quadro tem a imagem do meu pai olhando os beija-flores. Porque ele adorava beijar flores e orquídeas, né? Era o prazer dele. Mas esse prazer era apenas cinco por cento do tempo dele. Noventa e cinco por cento do tempo era de trabalho, era de dedicação, era de dedicação ao povo brasileiro. E essas questões, como ele fazia isso, são questões escondidas da sociedade. A identidade verdadeira dele, o modus operandi, as coisas com que ele se preocupava de verdade, o modo como ele protegia o meio ambiente hoje é escondido da sociedade. E o curioso disso tudo, é que ele ensinou isso justamente na Ufes, aqui do lado do nosso município, local onde hoje os historiadores ignoram as informações e as lições que ele mesmo passou lá dentro e hoje  retratam uma versão pobre, uma versão ecochata do patrono da ecologia do Brasil. Por isso eu trago aqui essas informações sobre a verdade. Bem, essas informações são contadas para vocês aqui muitas vezes nesta tribuna de um jeito meio fantasioso, como quem faz um bolo. Sabe aquele bolo todo enfeitado? Tem até coisas falsas ali por cima que você nem pode comer ou que não tem gosto. Um bolo ruim desde a cobertura até o recheio. Então, hoje eu gostaria de contar um pouco para vocês sobre o meu pai e também informá-los para que vocês não caiam nessa armadilha desse bolo bonito por fora, sem gosto e ruim por dentro. Porque quando ele é ruim por dentro, ele faz mal ao nosso município e à sociedade brasileira.

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O Dr. Piero Ruschi entrega ao presidente da Câmara Bruno Araújo o livro “O que a esquerda não quer que você saiba sobre o patrono da ecologia do Brasil”

Bem, vamos começar então pelo glacê do bolo, glacê, purpurina, tudo ali em cima. Beija-Flores, sabe? Às vezes as pessoas colocam numa frase, Augusto Ruschi, beija-flores e orquídea. E aí todo mundo tem aquela impressão de estar aceitando tudo que vai ser dito ali. Porque falou Augusto Ruschi, falou beija-flor, acabou. Esgotou o assunto. Olha, eu seria o primeiro a apoiar uma coisa dessa se eu não estivesse nem aí para verdade. Afinal de contas eu sou autor deste livro aqui, “Beija-Flores da Mata Atlântica”. Eu passei mais de quinze anos da minha vida estudando apenas beija-flores. Mas não é assim que a coisa funciona, só porque falou beija-flor numa frase com Augusto Ruschi, não quer dizer que a verdade está aí, não quer dizer que o interesse em é em prol da memória do Augusto Ruschi, nem mesmo o interesse a população que Augusto Ruschi defendia, então começa por aí, beija-flores.

Ouvi o diretor do Inma dizer na terça-feira passada, que o parque ecológico seria bom para observação de beija-flores. Pessoal, glacê de bolo. Se o Inma tivesse interesse em promover a observação de beija-flores ele estaria fazendo isso lá mesmo, porque em meados de 2010 (dois mil e dez) eu mesmo deixei um curso de observação de aves lá montado, mais de dez mil nóculos, reformei a exposição de beija-flores com os beija-flores que estavam no lixo praticamente, tá lá e esses cursos não são dados. Outra coisa, por que o museu hoje tem pouco beija-flor hoje? É porque ninguém coloca água com açúcar. Só em frente a biblioteca existem mais de trinta garrafinhas vazias, penduradores vazios. Então assim, não colocam mais. Pousada de Santa Teresa que coloca a garrafinha todo dia, tem mais beija-flor do que o museu. Então, não precisa de um parque pra isso. Não. É só cuidar dos beija-flores. Aí o engraçado aqui é que você leva um assunto desse pra um gestor esquerdista, ele vai falar o que para você? Ele vai falar assim: “Ah, mas açúcar, é muito açúcar, Piero. É caro. Açúcar é caro.” É por isso que eu falo que tinha que ter um um gestor de direita. Porque o gestor de direita, diante de uma situação dessa, ele fala o quê? Ele não vai lá pedir paro governo “Me dá dinheiro pra comprar açúcar”. Não. Ele vai procurar um produtor para produzir açúcar com cana de açúcar. Dá um selo de qualidade. A cana é pra beijar flores. Ele vai ajudar, arrumar um jeito de plantar. Ele vai trabalhar. Ele não vai atrás de verba pública. Então assim, detalhezinho de como é diferente as coisas, né? Ouvi também dizer aqui, pelo diretor do Inma, que Augusto Ruschi, encontrou com ele e tal… Olha, fantasias, cada um pode ter a sua, né? Mas a verdade é que quando o Sérgio Mendes encontrou com o meu pai uma única vez, o meu pai o proibiu de voltar ao museu. Poxa Piero, proibiu? Proibiu! O museu não era público, o museu era dele, era particular e ele era assim. Ele proibia mesmo.

Então, tinha muita gente que o meu pai não recebia lá no museu e o diretor do Inma era uma das pessoas. Agora, nada contra ele contar aqui que era bem tratado por um diretor do museu…, mas não foi o meu pai, foi outro. É uma história deles. Então assim, glacê de bolo.

Às vezes, as pessoas querem passar uma imagem que são os queridinhos, mas não é bem assim, não pessoal. Agora, vamos entrar um pouquinho pra massa do bolo né? Tem pouco tempo também.

Vocês vão se lembrar que o museu antigamente tinha as suas exposições originais de Augusto Ruschi. Uma dessas exposições, a exposição de toras. Quem aqui se lembra da exposição de toras? Eram dezenas de toras de madeira no centro do pavilhão e as plaquinhas das madeiras identificando uma a uma, centenas pelas paredes do pavilhão. Por  que o meu pai tinha uma exposição de toras? Porque ele defendia que a madeira brasileira deveria ser explorada né? O armário do meu pai, o meu armário de roupas é um armário de jacarandá pesadíssimo de madeira de primeira, por quê? Porque ele entendia a importância da madeira para economia brasileira. Pessoal, eu resumi aqui pra vocês quem foi o meu pai. Foi o homem que se preocupou com a devastação das florestas, com a biodiversidade porque naquela época, ela ia ser dizimada. Porque naquela época não existiam leis de amparo ambiental. Ponto final. E depois disso? Depois disso ele defendia o interesse comercial da madeira, ele defendia a exploração dos minérios amazônicos, ele defendia muitas outras coisas que são pautas de direita hoje. Por exemplo, isso deveria ser feito pelo Brasil sem o país perder sua soberania. Ele falava, ele mesmo, que isso foi feito por patriotismo, ele agradeceu a Deus por ter conseguido lutar por tantos anos para preservar o meio ambiente.

Isso não foi fácil, ele era um homem muito religioso, um conjunto de características que me lembra uma única pessoa no cenário brasileiro hoje. Jair Messias Bolsonaro.

E daí? A esquerda vai odiar isso porque o viés hoje é ecológico. E daí? A identidade do meu pai foi essa. Foi por isso que eu lancei esse livro chamado, O que a esquerda não quer que você saiba sobre o patrono da ecologia do Brasil.

Isso aqui, tudo isso, não foram coisas que o meu pai falou aleatoriamente tomando chá na varanda do museu. Não. Ele falou para alunos da Ufes. Era assim que ele dava as palestras dele. Ele falava sobre ecologia? Falava. Mas ele falava sobre cidadania, falava que mais do que construir campos de futebol, era necessário o saneamento básico no Brasil, a importância de se importar tecnologia de Israel para explorar água no Nordeste brasileiro. Então assim, falas que a gente reconhece lá do presidente Bolsonaro ultimamente, mas que ele falava na década de setenta. O mesmo homem que defendia a biodiversidade.

Então pessoal, a massa de bolo é essa. Agora Piero, por que o pessoal da Ufes aqui no Inma tem historiadores? Por que o pessoal da Ufes ignora isso? Sendo que ele falou lá dentro da universidade?

Vou falar aqui, não vou responder pelas pessoas. Mas eu sei que no Brasil os heróis, os escritores patriotas que querem passar valores para sociedade, são boicotados pela Academia de História Brasileira. E eu, nesse sentido, eu olho pra isso não como se fosse algo pessoal contra o meu pai, porque ele proibiu o Sérgio de entrar no museu, mas porque os heróis brasileiros são perseguidos pela Academia de História.

Mas nós aqui em Santa Teresa, em todo o Brasil, pagamos impostos pra que as pessoas visitem o museu, e hoje eu sei de um dado que cem mil pessoas por ano não estão aprendendo a verdade sobre o patrono da ecologia do Brasil, dentro do museu Mello Leitão do Instituto Nacional da Mata Atlântica e ainda querem contar uma história sobre ele numa casa memorial lá dentro do Parque. Seria uma piada de mal gosto se não fosse verdade. E nós, como teresenses, novamente eu não coloco a culpa disso que está acontecendo a ninguém da sociedade. Eu mesmo que sou filho dele, demorei anos pra descobrir isso, anos, e se não fosse a minha insistência eu não teria descoberto. e estaria até hoje acreditando que o meu pai, que é patrono da ecologia do Brasil era um ecochato.

Agora, eu vejo que assim como o Memorial Augusto Ruschi, do qual eu sou fundador, tem essa missão de defender a verdade, eu entendo que nós de Santa Teresa temos uma dívida histórica com os nossos próprios teresenses, em relação a essa identidade do patrono da ecologia, já que estamos aqui, ora bolas, dentro da sala Augusto Ruschi, da Câmara Municipal de Vereadores. E que essa missão, esse conhecimento pode e deve ser propagado e para o estado do Espírito Santo e para o Brasil. Essa é uma colaboração que Santa Teresa tem para doar ao Brasil inteiro e ao mundo. Eu não venho aqui jogar esse pepino no colo de vocês, não. Eu venho aqui me colocar à disposição para ajudar, é o que eu tô fazendo aqui hoje, dando a cara pra falar isso. E contem comigo! Mas vamos um pouco adiante, tem mais informação.

O Inma realmente já tentou remover o museu, sem justificativa. No museu é o local, para fazer pesquisa, lá é o local. O Inma tem uma tára em administrar alguma verba pública e o parque, em particular é uma verba pública muito importante para os teresenses, que não tem um ambiente de lazer. Quem aqui já foi em Jardim Camburi? Quem já foi em Linhares? Pode ver aquelas pracinhas onde o cidadão vai lá jogar bola, passear com o cachorrinho, brincar no parquinho com as crianças, comer um lanche, ir para casa, aquilo é a maior válvula para liberar a pressão e o estresse do dia a dia do cidadão e Santa Tereza não tem um lugar desse. Aí vai me dizer que esse lugar tem que ser gerido pelo Inma.

Há cinco anos, eu vi o pessoal do instituto dando sangue aqui pra conseguir mudar de ministério. Agora que conseguiu, tem que ir atrás da verba do município também? Há trinta anos o Lucena não é capaz sequer de contar a verdade sobre quem foi o fundador do próprio museu que ele administra. Quer mais a incompetência do que isso?

Não dá. Eu teria vergonha de trabalhar num lugar onde o fundador é desmentido a toda hora, enganando a história, a identidade. Que isso gente, não dá. Não vou entrar no mérito das pessoas aqui, porque a nossa missão aqui é outra, não é atacar, apontar para ninguém, mas é promover o bem, a verdade, e essa verdade tem o potencial de promover o bem. E pra fechar minha fala aqui hoje eu quero terminar aqui, citando o próprio diretor do Inma que disse aqui nessa câmara e deixou em aberto que de boas ideias e…. e deixou essa frase em aberto. Vou concluir essa frase aqui pra ele. De boas ideias o Inma está cheio. 

Mas essas intenções são contraditórias. Sabe, eu não falo aqui, eu levo tempo pra ler aqueles documentos chatos do Inma. E foi assim que eu provei que não tinha necessidade de tirar de lá. Um documento em duas linhas onde o cara fala “ah não pode construir os prédios aqui”, depois vem dezenove documentos falando como no documento um, que não pode construir, dezenove documentos de referência cruzada sem debater um problema.

É assim que fazem. Isso tudo assinado por quem? Cinquenta pesquisadores. Vocês não podem acreditar em qualquer um que sobe nesta tribuna só porque é doutor, só porque é pesquisador. Grandes coisas. Eu também sou. E daí?

O nível de contradições da proposta de criação do Inma é estratosférico. Fala que querem criar o Inma para proteger as coleções, que o boletim é o mais antigo do estado do Espírito Santo, e aí a primeira coisa quando se cria o Inma vem lá o relatório, agenda dois mil e vinte, dois mil e trinta. Objetivos? Transformar o boletim científico em uma revistinha, levar as coleções para outro lugar. E assim, é de paulada. Não estão nem aí. E existem coisas também que a gente vai ter que baixar o nível para falar no assunto. Não vou entrar nisso, mas pô, pra gastar dinheiro público com um projeto chamado ciência no bar? Não dá, não dá. É uma brincadeira. E esse parque ecológico gerido pelo Inma vai ser a continuação de uma brincadeira de mal gosto incapaz sequer de repetir a verdade sobre a identidade do patrono da ecologia, porque ele era patriota, porque ele era um homem de muita fé em Deus, porque ele era um homem que defendia o saneamento básico, um homem que defendia a exploração das riquezas brasileiras, isso aí não desce na garganta de esquerdista nenhum. Nenhum. Agora, eu não estou querendo transformar os esquerdistas em pessoas de direita não. Eu só estou pedindo uma coisa, honrem a identidade do patrono da ecologia do Brasil. Honrem quem fundou o Instituto Nacional da Mata Atlântica. Na sociedade brasileira, cem mil pessoas por ano deixam de conhecer como e para que Augusto Ruschi defendeu o meio ambiente.

Esse dinheiro é do pagador de impostos. Repetindo aqui uma frase do diretor do Inma. Quem ganha com isso? É o salário do Inma, quem ganha com isso é quem? Quer que o brasileiro acredite que a ecologia não deve servir ao povo e quem perde com isso? Quem perde com isso é o pagador de imposto, é o teresense, é o capixaba que pode dar um exemplo muito maior pro mundo inteiro, mas fica aí coberto por essa peneira que é o Inma. Obrigado a todos e por fim eu gostaria de entregar aqui, eu já dei esse livro aqui de presente pra câmara e hoje eu trago esse outro livro de presente pros vereadores aqui da câmara. “O que a esquerda não quer que você saiba sobre o patrono da ecologia do Brasil”.

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408