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Agricultor, um herói com rótulo de vilão

Por Gregório Venturim

O homem do campo é um o incansável, desenvolve uma atividade muito nobre e essencial, coloca alimento de qualidade e em grande quantidade na mesa dos brasileiros. A agricultura na história foi responsável pelo desenvolvimento da sociedade, contudo carrega o estigma de opositor da natureza.
Ao contrário do que muitos insistem em afirmar, a produção agrícola não destrói a natureza, ninguém cuida mais dos recursos naturais do que o amigo agricultor. Dali é que ele tira sua fonte de renda, vive, sustenta sua família e gera resultados positivos na economia brasileira, ou seja, repetir que o homem do campo não cuida da natureza é uma crendice.
Os produtos do campo não veem com “veneno”, os defensivos agrícolas utilizados na lavoura são verdadeiros avanços tecnológicos aprovados pelos órgãos responsáveis após anos de estudos, claro que se usados de forma indiscriminada podem oferecer sim perigo, assim como um antibiótico. O Brasil é um dos países que produz mais alimento com menos defensivos, o Japão, por exemplo, utiliza por hectare quase oito vezes mais produtos do que no nosso país.
Outro rotulo é o de agente que desmata de forma voraz, ora se utilizarmos os dados mais recentes do CAR nacional apurado pela Embrapa, de toda a extensão territorial brasileira, o cultivo agrícola corresponde a 7,8% do total, precisamos destacar que o Brasil possuí 66,3% preservados. Já na Europa encontramos países com números assustadoramente maiores, a Dinamarca utiliza 77%, a Irlanda 75% e a Alemanha 57%, não bastando, esse continente (sem a Rússia) há pouco tempo atrás possuía 7% de florestas originais, hoje tem vergonhosos 0,1% e o agricultor brasileiro é quem destrói vegetação.
Atribuir ao agricultor a deterioração do planeta é leviano e tem a função de atrasar o crescimento do nosso país, precisamos valorizar e defender o homem do campo desse rotulo. São desinformações que perturbam esse setor econômico brasileiro que só apresenta resultados positivos. Os brasileiros precisam entender que a agricultura brasileira é uma das mais sustentáveis do planeta.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408