Agricultura é minha paixão, minha cultura
Um exemplo de trabalho, perseverança e fé, nascido no outono de de 1971 em São João de Petrópolis, Sandro Soares foi servente de pedreiro, cortador de eucalipto, motorista, empresário, mecânico, caminhoneiro, motoboy até encontrar seu verdadeiro lugar, a agricultura. Com assombrosa dedicação cuida do café e da plantação de pimentão em Várzea Alegre.
STN – Nome, profissão, onde e quando nasceu?
Sandro Soares da Silva – Meu nome é Sandro Soares da Silva, sou cafeicultor, nasci em 31 de maio de 1971 em São João de Petrópolis no antigo Colégio Agrícola. Casei em 06 de julho de 1996 com Claudene Maria Rudio, mãe dos filhos Débora Rudio da Silva e Antônio Henrique Rudio da Silva.
STN – Você nos disse que mora em Santo Antônio do Canaã, mas sua propriedade fica em Várzea Alegre?
Sandro Soares – Sim eu moro em Patrimônio, mas minha propriedade fica na região de Rio Perdido em Várzea Alegre, não possuo casa na minha roça ainda.
STN – Conta um pouco da tua infância, fiquei sabendo que você conheceu o hoje, ídolo do basquete americano Anderson Varejão?.
Sandro Soares – Sim verdade, minha infância foi toda no colégio Agrícola, com os colegas, inclusive um convívio muito saudável com a família Varejão, estudei com o irmão mais velho do Anderson Varejão, o Sandro, meu xará, Anderson na época era um garotinho, mas estávamos sempre juntos.
STN – Você nos disse que peregrinou por outras profissões até se descobrir na agricultura, como foi isso?
Sandro Soares – Sim, ainda na adolescência comecei a trabalhar como servente de pedreiro no próprio colégio Agrícola, depois conheci minha esposa, e então passei a cortar eucalipto em Lombardia terreno do Senhor Zeca Rudio e dirigir um caminhão, depois passei a ser caminhoneiro e fiquei bons anos na estrada. Anos depois, em reunião de família, resolvemos ingressar como sócio na Fábrica de telhas e lajotas Cerâmica Rudio, depois de alguns anos, voltei a ser motorista autônomo. Por fim, já casado, com filhos, tive uma oficina mecânica e não deu muito certo, virei motoboy na serra, fiquei uns 8 meses por lá até encontrar o meu lugar, a Agricultura.
STN – Quando surgiu a ideia de contribuir para a gestão pública?
Sandro Soares – Ah, isso nasceu há um bom tempo, porém nunca me havia filiado a nenhum partido, porém um amigo meu, Flávio, filho de um farmacêutico de Santa Teresa, ao ver minhas ideias e minha organização e honestidade com meu trabalho, me falou que eu poderia defender as demandas dos agricultores no legislativo. Vejo descaso com incentivos para os produtores, penso que as leis devem facilitar nossa vida, não o contrário. Mas me preocupo também com esse tanto de animais abandonados em nosso município, eu mesmo cuido de 8 cachorros e 14 gatos todos abandonados,e não temos nenhum tipo de apoio da gestão pública.
STN – Algum outro ponto o senhor gostaria de considerar na gestão pública?
Sandro Soares – Um assunto que tem que ser levado a sério e a saúde, educação e segurança deveria ser prioridade em nosso país, e temos que começar por nosso município onde, professores ganham mal, temos uma saúde precária, segurança só ostentação de viaturas de polícia, quando se precisa, não vem.
Penso trabalhar um projeto para a solução do estacionamento em Santa Teresa que está um caos. Mas principalmente olhar para o homem do campo, a atual gestão abandonou as estradas, fazem medo, também somos parte do turismo, Santa Teresa não pode ser resumida à Rua do Lazer.