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Artesã Lindaura Fardin Arte em fragmentos

Seu ofício é arte que se inaugura no reino das manhãs. Engenharia de cores com retrato de quintal. Voz do vento a entremear a eternidade e a efemeridade dos instantes.

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Artesã Lindaura Fardin e seus incríveis mosaicos

Descendente de italianos, e natural do município de Itarana, a mosaicista LINDAURA FARDIN cria artefatos unindo tesselas de cerâmicas, azulejos, pedras, cristais, louças, porcelanas, pastilhas e vidros temperados. Reaproveita resíduos sólidos. Seu trabalho anuncia as qualidades do que se imagina fazer parte do universo das coisas inúteis. Ofício em que os dias empurram as horas para frente e rememoram o contato vivido nas réstias do sol da infância. Inspirada em elementos da natureza, Lindaura faz de sua ocupação uma arte para recuperar memórias. Entrelaça o tempo como se o dia de hoje ainda fosse ontem.

Arte milenar, o mosaico remete sua origem à tradição bizantina cristã e à cultura greco-romana. Encantada pela multiplicidade de cores que caracterizam essa técnica, Lindaura tomou para si o desejo de criar artefatos com sentido de inteireza. Composição harmoniosa de elementos que formam um campo integrado. Quadros, oratórios, mesas, pisadeiras, cabideiros, painéis, bancos e molduras compõem sua cartela inventiva. “Gosto muito do colorido”. Utiliza cortador manual, tico-tico, makita para o corte de mármores, azulejos e porcelanatos, e um disco específico para cortar porcelanas e louças. Todo o material é categorizado e acondicionado em caixas. Seu território de produção integra o acervo histórico familiar à área de Mata Atlântica que circunda o ambiente que escolheu como o seu lugar de existência.

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Há vinte anos fixou residência na Doce Terra dos Colibris. A primeira peça que produziu foi um tampo de mesa, feito com pastilhas de vidro, Seu processo criativo inicia-se com uma ideia: “primeiramente você pensa”. A proposta idealizada transforma-se em um desenho que, via de regra, tem sua concepção artística original remodelada. Ato de flexibilizar suas invencionices numa inversão da ampulheta que sustenta o fio do tempo. “Meu projeto nasce no olho; vem no momento”. Lindaura faz do aprendizado um ato continuum. Realiza cursos online e não comercializa suas criações. Fotografa e cataloga sua produção, que já conta com mais de 500 peças. “Ainda tenho muita coisa a fazer”. 

 

 

 

 

 

 

 

ARTE IN FRAMMENTI

Il suo lavoro è arte che si inaugura nel regno delle fresche prime mattine. Ingegneria di colori con idea di cortile. Voce del vento che si interpone tra l’eternità e l’effimero degli istanti.

Discendente di italiani e nata ad Itarana, la mosaicista LINDAURA FARDIN crea unendo tasselli in ceramica, maioliche, pietre, cristalli, porcellane, pastiglie e vetri temperati. Riutilizza residui solidi. Il suo lavoro presenta le qualità di quello che si crede, sbagliando, far parte del mondo delle cose inutili. Attività in cui i giorni spingono le ore in avanti e ricordano il contatto vissuto nella lontananza del sole dell’infanzia. Ispirata in elementi della natura, Lindaura ha reso la sua occupazione un’arte per recuperare memorie. Mescola il tempo come se il giorno d’oggi fosse ancora ieri. 

Arte millenaria, il mosaico vede la sua origine alla tradizione bizantina cristiana e la cultura greco-romana. Affascinata dalla varietà dei colori che caratterizza questa tecnica, Lindaura ha raccolto a sé il desiderio di creare lavori con un senso di pienezza. Composizione armoniosa di elementi che formano un’area integrata. Quadri, oratori, tavoli, “tappetini”, porta abiti, pannelli, panche e cornici compongono il suo mondo fatto di creazioni. “Amo il colorato”. Usa taglierini manuali, una piccola sega elettrica della Makita per tagliare il marmo, maioliche e porcellanati ed un disco speciale per tagliare la porcellana. Tutto viene catalogato e messo in casse. Il suo campo di produzione unisce la raccolta storica familiare con la Foresta Atlantica che circonda l’ambiente che ha scelto come luogo di esistenza.  

Da venti anni vive nella dolce terra dei Colibrì. Il primo lavoro prodotto è stato un piano da tavolo, fatto con pastiglie di vetro. Il suo processo creativo parte con un’idea: “innanzitutto si pensa”. Poi, quello che si è idealizzato si trasforma in disegno che, senza regole, vede la sua concezione artistica iniziale rimodellata. Invenzioni flessibili con cambi che corrono sul filo temporale di una clessidra. “Il mio progetto nasce alla vista, viene di getto”. Lindaura fa dell’arte di imparare un atto continuo. Dà corsi on line e non vende le sue creazioni. Fotografa e cataloga la sua produzione che conta già su 300 lavori. “Debbo ancora fare molte cose”. 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408