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AUGUSTO & PIERO: DIÁLOGOS DOS SONHOS #3

Quanto mais trabalho escrevendo a Biografia Oficial do Patrono da Ecologia do Brasil, mais sinto pesar a responsabilidade de comunicar e contextualizar a identidade de Augusto Ruschi, um herói patriota, para que a verdade sobre sua identidade seja útil e transcenda à rasura da narrativa esquerdista a seu respeito que há décadas contamina a pauta da agenda educacional ambiental desinformando gerações. Fico feliz em compartilhar por meio desta coluna algumas conversas mentais que tenho com meu pai.

Augusto: Oh Piero, venha aqui, vamos bater um papo.

Piero: Bença pai.

Augusto: Deus te abençoe, meu filho. 

Piero: Lembrei muito do senhor acompanhando as notícias sobre a Amazônia.

Augusto: A frondosa Amazônia! A mata mais pujante que vi em minha vida! Cada árvore enorme…dá para construir uma casa inteira com uma só. E os animais! Estupendos! O beija-flor-brilho-de-fogo, a anta, a onça, os papagaios, as araras… e os brasileiros que vivem lá, é claro, os indígenas. Eles não são nada preguiçosos como dizem por aí, ouviu Piero! 

Piero: Eu sei que não são preguiçosos, pai. Já fui lá pesquisar…mas pai, nos EUA bastou uma geração de 30 anos para deixar os indígenas atualizados e participantes na sociedade.

Augusto: Só 30 anos!? Puxa vida! No meu tempo lutei para que órgãos como a Funai e Ibdf pudessem atuar junto ao desenvolvimento do país, para que não fosse feito de modo ecologicamente errado, o que também seria um desperdício econômico do potencial nacional. Então, se nos EUA as coisas andaram em 30 anos, agora no Brasil, que já se passaram quase 40, as coisas devem estar mais adiantadas né? Me conta.

Piero: Lamento decepcioná-lo, mas aqui a carruagem desandou. Temos poucas exceções, como os Paresis no Mato Grosso, que já produzem e vendem para garantir a independência do governo e prover ao próprio sustento, saúde e educação. Mas a regra para a maioria tem sido o retrocesso. Se prepara que é paulada. De ministra do Meio ambiente à pesquisadores e narcotraficantes. Neste exato momento está acontecendo no Congresso Nacional a Comissão de Inquérito Parlamentar para investigar as organizações que atuam na Amazônia. O objetivo é a transparência sobre os recursos federais e privados destinados a quem atua na Amazônia, sobretudo aqueles destinados à preservação do meio ambiente.

Augusto: Fico feliz em saber que ao menos algumas tribos estão prosperando. Esse exemplo dos Paresis é importante para que a esperança de outras tribos possa ser alimentada e não desanimem. 

Piero: Verdade. Conheci o caso no ano passado, no Governo Bolsonaro. O presidente da CPMI declarou que os trabalhos buscarão identificar as Ongs que prestam um desserviço ao país, recebendo recursos e não entregando resultados por estarem aparelhadas por identidades internacionais, o que também compromete a soberania nacional. A coisa tá feia, para se ter ideia, uma deputada indígena que conhece os problemas de perto…

Augusto: Deputada indígena? Poxa, que notícia boa, meu filho! Adorei!

Piero: Sim, pai, o nome dela é Silvia Waiãpi, e ela também é oficial do Exército. Acho que o senhor ia gostar do trabalho dela, pois ela disse que é questão de soberania, e isso não se negocia, não se empresta e muito menos se abre mão. Disse ainda que as Ongs têm interferido no desenvolvimento do Brasil e os modos como operam hoje obrigam os indígenas a continuar vivendo no ano 1500, questionando quem lucra com essa crueldade.

Augusto: Já gostei dela! Silvia Waiãpi…nome de guerreira…

Piero: Pai, tem até esquerdista arrependido denunciando as coisas erradas do governo esquerdista – o Aldo Rabelo. Ele disse que as Ongs já são um Estado Paralelo, pois são quem governam a Amazônia na prática, com conivência e auxílio das agências do governo.

Augusto: Esse nome não me é estranho… 

Piero: Ele é das antigas, do PT, mas ao invés de ser comunista parece ter um lado mais pesado para o nacionalismo. Fato é que ele trabalhou por muitos anos em campo, na Amazônia. Ele relata que o Estado até tem um aparato de guerra para combater os grupos de narcotráfico que operam na região, mas denuncia que o aparato, incluindo helicópteros e armamento, frequentemente é usado para ir atrás de produtores rurais enquanto faz vista grossa para o crime organizado. 

Augusto: Essa não! Se os interesses nacionais estão fora da equação, se as cartas estão sendo dadas por atores internacionais e suas agendas, e ainda por cima com o crime organizado, então o problema da Amazônia está parecendo um problema de segurança nacional. Agora, se o Governo estiver sendo complacente, então apenas as forças armadas podem atuar no problema. Foi mais ou menos assim que resolvi a situação da Reserva de Sooretama. O Governo do ES estava junto com o interesse em uma falsa reforma agrária na região, então busquei ajuda com o Exército Brasileiro, via Presidente Medici, para resolver a situação e garantir a preservação da floresta de tabuleiro capixaba, que é muito semelhante à floresta Amazônica. Lembro que andava a cavalo em Sooretama com os braços abertos, sem bater em nenhum galho, tamanha a amplitude da mata. E em alguns pontos a serrapilheira era tão alta sobre o chão, que passava de 2 metros de altura. Imagina o tamanho do banco de sementes no solo dessa floresta! É por isso que quando cai uma arvore já nasce outra no lugar. 

Piero: Fui a Sooretama. Mas não deu para ver o Jacú-estalo…vi o Beija-flor-balança-rabo-canela! E na Amazônia encontrei o Beija-flor-de-cabeça-azul. 

Augusto: Supimpa! Essas belezas não podem sofrer pela irresponsabilidade dos homens e das Ongs. Só tem uma coisa pior que um destruidor da natureza: um falso protetor da natureza, pois ele desperdiça os recursos da sobrevivência de toda uma cadeia ecológica que inclui os seres humanos.

Piero: Falando em falso protetores da natureza, o Deputado Ricardo Salles denunciou até os pesquisadores. Ele revelou que há uma “ciranda”, em que pessoas do governo mandam dinheiro para pesquisas de colegas, que publicam estudos para sustentar visões políticas do governo e interesse econômico dos falsos protetores do meio ambiente. 

Augusto: É a politização da desonestidade intelectual! E na Amazônia tem muitos indígenas?

Piero: Não tanto quanto alegam. A CPI identificou que estão colocando pessoas mestiças como se fossem indígenas para inflar o numero de indígenas. A lista de picaretagens é enorme e quem sofre são os índios verdadeiros. Teve uma denúncia de partir o coração, sobre como a Funai se recusa a doar cobertores e panelas aos indígenas, mesmo para os doentes com tuberculose, mantendo-os na miséria com a desculpa de que eles devem viver conforme os costumes indígenas. 

Augusto: Que horror! Entendi, Piero. Não deixam os indígenas prosperarem para tê-los subservientes, como animais de zoológico incapazes de reagir e decidir por si próprios, a fim de que sejam sempre tutelados. E quem tutela controla o dinheiro, que é desviado para as causas próprias, na maioria das vezes não relacionadas à proteção ambiental, mas sim aos interesses internacionais. 

Piero: Pai, a lista de problemas vai longe… tem espionagem internacional, sabotagem do setor agrícola e agropecuário…

Augusto: E o Ministro do Meio Ambiente não faz nada a respeito?

Piero: Ministra, pai. 

Augusto: Que seja. O que faz a pessoa responsável, que está na cadeira do Ministério mais importante do país? Por que pra mim é o principal já que influencia na economia e em toda a biosfera. 

Piero: Então. Lembra que o senhor disse a um jornal que não era favorável à criação do Partido Verde, e que jamais se filiaria caso ele fosse criado pois entendia que ele seria ocupado por políticos profissionais que não teriam compromissos com o meio ambiente?

Augusto: Lembro sim. Foi pra Revista Cuca. E daí?

Piero: Pois é, o Partido Verde foi criado. E a Ministra do Meio Ambiente, que veio do PT, está há anos no PV. 

Augusto: Puxa vida! Pelas patas dos caranguejos! Ao menos no meu tempo estávamos andando pra frente.