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Cineasta capixaba faz sucesso e entra no catálogo da Amazon Prime

Após apresentações em vários festivais pelo mundo e salas de cinema do Brasil, “Os Incontestáveis” continua a fazer sucesso por onde passa. 

 

O filme capixaba pode ser assistido por toda a América Latina, por meio das plataformas de Streaming, e recentemente passou a integrar o catálogo do Amazon Prime Video. 

É  o primeiro longa-metragem de Alexandre Serafini e  a primeira obra de ficção do Espírito Santo a alcançar essa ampla janela de exibição. 

No Brasil, o filme também está disponível nos canais Looke, Now, Vivo Play, Microsoft BR, Google Play BR e, na América Latina, nas plataformas Microsoft Latam, Latam Klic MX e Totalplay.

Reconhecimento do êxito de um projeto cinematográfico independente que concluiu o ciclo de vida enquanto produto artístico-cultural, a entrada de “Os Incontestáveis” para o Amazon Prime Video, é também o maior espaço de exibição conquistado por um filme na carreira de Alexandre Serafini. “A gente faz um filme realmente para ser visto e quanto maior a janela, maior é o público que irá acessar a obra. Amazon Prime Video é um dos mais populares serviços de streaming do mercado. Ter o filme disponibilizado nessa janela representa uma fronteira que foi desbravada pela produção audiovisual do Espírito Santo”, explica o cineasta.

“Os Incontestáveis” foi lançado no circuito de festivais no fim de 2016, selecionado para mais de 20 festivais em 15 países, lançado comercialmente em 2018. O filme entrou em cartaz em salas de cinema de 14 cidades brasileiras e, em seguida, foi contratado por plataformas de streaming. Na trama desse longa, os personagens Bel e Mau, interpretados, por Fabio Mozine (integrante do Mukeka di Rato) e Will Just (integrante do The Muddy Brothers), são os anti-heróis protagonistas que embarcam em uma aventura familiar movida à conhaque, rock pesado, humor ácido e psicodelia. O elenco também conta com atores consagrados, como Tonico Pereira, Fernando Teixeira e Markus Konká. Uma realização da Ladart Filmes, em parceria com a produtora Horizonte Líquido, ambas sediadas em Vitória, a obra foi contemplada com o prêmio do edital de longa-metragem da Secretaria da Cultura do Espírito Santo (Secult), em 2014.

 

Em múltiplas telas

Esse feito também diz muito sobre as novas janelas e novos jeitos de consumo das obras audiovisuais. Há em curso uma mudança na maneira de o público assistir às produções audiovisuais, motivado pelo surgimento dos serviços de streaming ou Vídeo on Demand (VoD). Antes, a etapa de difusão cinematográfica preocupava-se em mobilizar o público atendido geograficamente pelas salas de cinema para assistir ao filme, durante o período em que a obra estivesse em cartaz. Atualmente, devido às novas tecnologias e às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, a audiência dos produtos audiovisuais migrou da sala de cinemas para o ambiente doméstico e para os dispositivos móveis, tendo a TV, o computador pessoal ou smartphones como telas principais.

 

“Para a difusão do filme em salas de cinema, a gente faz todo o esforço para tirarmos as pessoas de casa e levá-las até o cinema enquanto o filme está em cartaz. Com o streaming ou VoD, nós entramos na casa das pessoas e passamos a oferecer a possibilidade de acesso ao filme para um público-alvo que está em outros territórios. Ao lançarmos ‘Os Incontestáveis’, o nosso empenho é avisar para os distintos públicos que o filme está disponível em diversas plataformas”, nos explica a produtora e distribuidora Carla Osório, CEO da Livres, empresa responsável pela distribuição de Os Incontestáveis.

Carla Osório também destaca que, para alcançar uma difusão no formato de cada longa, que vai desde as sala de cinema, passando pela TV a cabo, para que um filme chegue nas plataformas, é preciso pensar as estratégias de distribuição que começam desde a concepção da obra, ainda no próprio roteiro, passando pelas demais etapas de realização e lançamento do filme. “Há vários modelos e formas de difusão que possibilitam o filme ganhar várias janelas e territórios, mas isso só é possível se fizermos o que chamamos de desenho de distribuição, bem como entender qual é o público-alvo do filme. É uma estratégia que pode auxiliar o trabalho da equipe de roteirista, produtor e diretor em manter uma coesão do título, com o objetivo de chegar aos públicos pretendidos para a obra”, acrescenta.

 

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408