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Comunidade troca de nome

A comunidade para esquecer os pesadelos da antiga estrada que levava ao inferninho, mudou o nome do lugar para Alto Paraíso, após mutirão organizado para a concretagem da via. Os moradores agora querem de volta o transporte escolar que haviam perdido,host pela dificuldade de acesso na vicinal em tempos de chuva.

A região conhecida por Inferninho, situado ao sul do município, na divisa entre Santa Teresa e Santa Leopoldina, mudou de nome no início deste mês, passando a se chamar Alto Paraíso. Depois da revitalização da via de acesso que aconteceu mês passado, os moradores resolveram mudar de nome. cd909447-d4e5-4b85-bb76-e6694480ec8d-768x1024 Comunidade troca de nome
Para o motorista Márcio Braga que mora na Sede mas trabalha na região diz que o lugar tem uma das paisagens mais belas do município. “Um recanto muito bonito, mas nome é pejorativo e mesmo estando no diminutivo soa mal, ninguém quer morar no inferno”. Reflete.
O agricultor Celino Barth conta que a região ganhou esse nome por conta da dificuldade de acesso, segundo ele, a subida ìngreme foi o maior pesadelo da comunidade, problema antigo que agora foi solucionado com a construção do calçamento de concreto da parte mais crítica. “Quando chovia ficávamos isolados, razão do nome que colocaram, porém um lugar tão lindo merece um nome mais carinhoso”. Sugere.
De acordo com um dos líderes da comunidade, Arlindo Barth, Os moradores do lugar após a obra de concretagem da estrada se reuniram para mudar de nome. “O nome não fazia mais sentido e resolvemos mudar, foram várias sugestões fizemos uma votação pelo nosso grupo de whats App e o nome escolhido pela maioria foi Alto Paraíso”. Explica.

Mutirão para concretar a estrada

b3b8ebee-d455-4538-8c61-8393fc3e47df-001-225x300 Comunidade troca de nomeDepois de anos sofrendo com a via intrafegável, os moradores do antigo “inferninho”, localizado em Valsugana Velha, realizaram um mutirão para concretagem do trecho da estrada vicinal que dá acesso à comunidade que agora se chama Alto Paraíso. De acordo com dona Margarida a subida era cruel, foram muitos anos de sofrimento, “Nem moto conseguia subir, ficava a fila de carros atravessados, ninguém subia, às vezes algum mais leve conseguia subir empurrado por várias pessoas”. Conta.
O agricultor, líder da comunidade, Arlindo Barth diz que a situação chegou ao ponto de perderem o transporte escolar que já existia há 8 anos. “Nos reunimos para conversar sobre o problema e chegamos à conclusão de que se a gente não tomasse a iniciativa, nada iria mudar, e resolvemos concretar o trecho, Saímos novamente em busca de ajuda das prefeituras de Santa Leopoldina e Santa Teresa, Dessa vez, quando viram nosso esforço, decidiram colaborar, a prefeitura de Santa Leopoldina deu as pedras e o ferro e a prefeitura de Santa Teresa deu as manilhas, o resto foi o esforço de todos, no fim não foi difícil” Explica.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408