Cultura

De pai pra Filha

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              Catarina Auer na fase final da confecção da peneira de café.

                                    Mantendo a Tradição

A arte de fazer peneiras ainda sobrevive nas mãos dos herdeiros desse ofício que apesar do declínio do ciclo do café, o artesanato ainda é feito como antigamente.

Usadas para limpar e selecionar os grãos de café, as peneiras foram uma das mais importantes ferramentas do ciclo do café no território de Santa Teresa na segunda metade do século XX. Hoje, mesmo diante da pouca produção dos grãos da bebida, as peneiras ainda são confeccionadas como antigamente, tecendo os cipós ou a fibra de taquara a mão.

Catarina Auer, moradora do bairro Centenário, filha de Jerônimo Auer e Mariana Scheppa, herdou do pai o Legado de transmitir essa arte às futuras gerações.

Catarina conta que  ela è a única dos 10 filhos de Jerônimo e Mariana que faz peneiras, ofício que seu pai usava como forma de complementar a renda. “Moravamos em Valsugana Velha, a gente acompanhava nosso pai quando vinha à Santa Teresa, trazia peneiras e galinhas, vendíamos e faziamos as compras”. Conta. 

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Catarina Auer ao lado de seu esposo João Volkete e de sua irmã Florinda Alves Leppaus.

Aos 72 anos, a irmã Florinda Auer Leppaus relembra a dureza daqueles tempos  “A gente  de madrugada para acender o forno pra fazer farinha, colhia feijão, tinha porco, galinha, éramos 6 mulheres, quando vínhamos à Santa Teresa era uma alegria só, os frangos sujavam a gente mas nós nem  ligava”. conta Florinda.

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