Diante de uma possível segunda onda, Santa Teresa sem protocolo de proteção
Ficou comprovado no histórico municipal e nos comentários das redes sociais que os turistas que visitam a cidade são potenciais fontes de contaminação de covid-19.
O poder público também têm consciência disso, embora se recuse a falar do assunto, talvez por causa das eleições. A lógica de pensar seria que diante de tal fato, a secretaria de saúde se reunisse com o comitê para criar um protocolo a fim de proteger a cidade.
O advogado Thiago Brasil integrante do Comitê intersetorial de combate ao covid 19, informou que comitê intersetorial é apenas um colégio consultivo, sem qualquer poder deliberativo. Explica ainda que o município de Santa Teresa alinhou sua política de enfrentamento da pandemia com os Decretos exarados pelo Governador do Estado, que dentre outras medidas, permite o regular funcionamento de hotéis e pousadas. Ocorre que o regramento estadual, não foi elaborado considerando as particularidades de uma cidade interiorana e turística como é o caso do nosso município. Não há como negar, que após os feriados o contágio aumentou significativamente, elevando Santa Teresa à classificação de risco moderado, ao passo que todo o restante Estado do Espírito Santo, manteve-se no risco baixo.
O Turismo é sem dúvida importante, mas dada as particularidades locais, é necessário conscientização, fiscalização e adequação dos regramentos para a nossa realidade. Tudo que diz respeito a pandemia é incerto, não sabemos se de fato haverá uma segunda onda de contaminação no Brasil, pois nem mesmo entre os especialista há consenso. Mas temos que nos prevenir. A responsabilidade pela tomada de decisões será sempre do prefeito,
é ele quem deve considerar, as características de Santa Teresa e não do Estado do Espírito Santo, para elencar as medidas de prevenção contra uma possível segunda onda. E isso deve ser feito ouvindo a comunidade.
Essa prevenção passa necessariamente por um olhar mais cuidadoso com o turismo.
Indagamos à alguns médicos da municipalidade, que se eximiram de dar declarações, mas concordaram com a necessidade de protocolo.
A secretaria de saúde foi procurada por e-mail, mas até o fechamento desta edição, não havia se pronunciado.