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Diante de uma possível segunda onda, Santa Teresa sem protocolo de proteção

Ficou comprovado no histórico municipal e nos comentários das redes sociais que os turistas que visitam a cidade são potenciais fontes de contaminação de covid-19.

O poder público também têm consciência disso, embora se recuse a falar do assunto, talvez por causa das eleições. A lógica de pensar seria que diante de tal fato, a secretaria de saúde se reunisse com o comitê para criar um protocolo a fim de proteger a cidade.

O advogado Thiago Brasil integrante do Comitê intersetorial de combate ao covid 19, informou que comitê intersetorial é apenas um colégio consultivo, sem qualquer poder deliberativo. Explica ainda que o município de Santa Teresa alinhou sua política de enfrentamento da pandemia com os Decretos exarados pelo Governador do Estado, que dentre outras medidas, permite o regular funcionamento de hotéis e pousadas. Ocorre que o regramento estadual, não foi elaborado considerando as particularidades de uma cidade interiorana e turística como é o caso do nosso município. Não há como negar, que após os feriados  o contágio aumentou significativamente, elevando Santa Teresa à classificação de risco moderado, ao passo que todo o restante Estado do Espírito Santo, manteve-se no risco baixo. 

O Turismo é sem dúvida importante, mas dada as particularidades locais, é necessário conscientização, fiscalização e adequação dos regramentos para a nossa realidade. Tudo que diz respeito a pandemia é incerto, não sabemos se de fato haverá uma segunda onda de contaminação no Brasil, pois nem mesmo entre os especialista há consenso. Mas temos que nos prevenir. A responsabilidade pela tomada de decisões será sempre do prefeito,

é ele quem deve considerar, as características de Santa Teresa e não do Estado do Espírito Santo, para elencar as medidas de prevenção contra uma possível segunda onda. E isso deve ser feito ouvindo a comunidade. 

Essa prevenção passa necessariamente por um olhar mais cuidadoso com o turismo.

Indagamos à alguns médicos da municipalidade, que se eximiram de dar declarações, mas concordaram com a necessidade de protocolo. 

A secretaria de saúde foi procurada por e-mail, mas até o fechamento desta edição, não havia se pronunciado.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408