Entrevista com a ativista cultural Girlane Lima
Santa Teresa Notícia – Você é Capixaba de onde?
Girlane Lima – Vim de Cachoeiro do Itapemirim e estudei no colégio: Jesus Cristo Rei, que fica no centro da cidade, escola de freiras até hoje. Passei a minha infância e juventude na capital secreta do mundo (risos). Saí de lá aos 18 anos para residir em Vitória, onde fiquei por 35 anos.
STN – Como você chegou aqui em Santa?
GL – Tenho parentes aqui na região e visitava a doce terra dos colibris com muita frequência. Conhecia as festas e os eventos daqui e decidi adquirir há 10 anos uma propriedade rural, quando recebi o convite do grupo Autosales para desenvolver o trabalho no setor comercial como especialista em pneus Michelin, e fixei assim, há 3 anos, residência na terra de Ruschi, com muita alegria.
STN – Fale um pouco da sua ligação com Roberto Carlos.
GL – Roberto Carlos é a grande inspiração dos cachoeirenses. A ligação com ele vem desde os 13 anos, onde cresci na sua cidade e estudei na mesma escola, com aulas de evangelização com a freira, que foi também, professora dele: Irmã Fausta. Acompanho a sua carreira há 40 anos, e a relação ficou marcada na oportunidade de conversar com ele, em shows e pessoalmente, junto com a esposa, Maria Rita, que faleceu em 1999.
STN – Em Cachoeiro você escrevia?
GL – Desde a juventude, participei da Academia Cachoeirense de Letras. O meu primeiro trabalho foi publicado na década de 80, com um livro de poemas chamado Emoções. E já estou preparando para breve, o novo livro com obras inéditas que terá seu lançamento aqui em Santa Teresa .
STN – Aqui na cidade você é ativista cultural?
GL – Estive como co-organizadora na amostra de artes dos pintores teresenses, que aconteceu no ano passado e que deve se repetir agora em maio. Participei na promoção de eventos culturais na cidade. Em outubro, trouxemos o primeiro curso de Ikebana Meditativa e Arte em Arranjos Florais de origem japonesa, que foi realizado com o apoio da pousada Vila Theodora e a participação da professora da UFES: Kathy Amorim e a psicóloga coordenadora: Maria Aparecida Rampinelli. Em novembro, realizamos o Sarau de Poesia e Música com artistas teresenses e outros, que se projetaram com as suas obras literárias, músicas e instrumentos musicais; e tende a entrar no calendário de eventos da Prefeitura Municipal.
STN – Você também participa de obras sociais, não é mesmo?
GL – Sim, estive à frente, enquanto vice-presidente de uma instituição religiosa, a Casa Espírita Cristã Mensageiros da Luz, com o Grupo Tarefeiros da Casa, onde foram desenvolvidas várias atividades, como: Projeto Sopão para os moradores de rua. Projeto: Breshoping, que existe há 3 anos, com vendas de roupas, sapatos, bolsas, bijuterias e utensílios domésticos. Arrecadamos doações de produtos novos e usados e vendemos a um preço simbólico a fim angariar fundos para ajudar as famílias carentes a adquirir uma cesta básica ou remédios. Projeto Visitas a Acamados em residências e hospitais.
Atualmente, estou coordenando o Grupo fo Bem, que continua com o Projeto Sopão, na Praça Duque de Caxias, às 19 h, todas as quartas-feiras e o Breshopping que está previsto sua próxima edição para o mês de maio .
STN – Como você se sente na realização dessas ações?
GL – Como profissional na Autosales, procuro oferecer um diferencial em serviços e um atendimento de excelência com muito zelo ao consumidor.
Como ativista, agradeço sempre a sociedade teresense pelo apoio e prestígio as nossas atividades, no sentido de contribuir com a cultura e turismo de Santa Teresa.
