Entrevista com a professora Adriana Fontes
Com bandeiras como Valorização e proteção à mulher, e políticas de promoção da criança e do adolescente, Adriana Fontes promete ser uma representação na Câmara teresense que fará a diferença na construção de políticas públicas de valorização da família de forma abrangente.
Santa Teresa News – Bem vinda à esta entrevista com vistas à campanha eleitoral pleito 2020. Se apresente ao grande público.
Adriana Fontes – Meu nome é Adriana Marques Souza Fontes, nasci em Santo André – São Paulo, cheguei aqui em Santa Teresa em julho de 2014, porém conheço Santa Teresa e frequento desde 2000, quando meu sogro comprou o sítio na cabeceira do Rio Saltinho, e desde então virei teresense.
STNews – O que te motivou entrar para a vida pública?
Adriana Fontes – Vivi situações que me desafiaram quanto mulher, quanto profissional e como servidora do Cras, decidi arriscar o meu nome para levar até o eleitor uma proposta real e sólida de mudança da nossa câmara legislativa com um trabalho que abranja a coletividade. Nosso território precisa de mais representantes mulheres, porque a mulher teresense nesse momento está desvalorizada, em muitas situações desrespeitada, vítima de diversos tipos de violência doméstica, e não têm representatividade na câmara.
Como mulher, não me sinto representada na câmara hoje. A representação da mulher no comércio, na agricultura, e outros segmentos é muito forte e determinante, menos na Câmara. A mulher é presença que gera renda para o município, que acolhe o turista, que acolhe o teresense, por isso o legislativo precisa de uma mulher para fazer a diferença, para inserir as políticas públicas de promoção e proteção à mulher e à família.
STNews – Então o eixo de suas propostas giram em torno da valorização da mulher?
Adriana Fontes – O pilar das minhas propostas é a mulher e a família, trabalhar em prol da valorização da família num todo, porque se a família está bem estruturada e se têm o apoio que lhe é devido no poder público, se ela têm estrutura de sobrevivência, ela consegue transformar o meio social onde está inserida. É preciso valorizar a mulher, torno a dizer que é vítima em nosso município, um descaso das políticas públicas de enfrentamento.
STNews – Como você vê a violência contra a mulher em nosso município?
Adriana Fontes – A violência no nosso município é enorme, mas são poucas as queixas de mulheres violadas de seus direitos, agredidas fisicamente e psicologicamente, que vão até a nossa delegacia, e não consegue sequer um BU, essas vítimas estão por vezes muito longe do poder público. Desejo que a sociedade se mobilize através do controle social e através de audiências públicas, busquemos juntos a sociedade e a câmara possíveis soluções para enfrentamento dessa realidade muito presente no município.
STNews – O que pensa para os adolescentes? Temos problemas de evasão de jovens em Santa Teresa.
Adriana Fontes –No nosso município precisamos avançar em programas que ampliam as políticas públicas para a adolescência garantindo os direitos regulamentados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Minha proposta é acionar uma política pública no sentido de fazer uma parceria com o poder público, o setor privado e também o terceiro setor, que hoje é muito real na nossa sociedade teresense, e promover ações do primeiro emprego, de um curso profissionalizante que literalmente abranja a adolescência, porque hoje quando é oferecido é só acima de 18 anos, um programa de cultura que nos falta no município. Esta é a minha bandeira.
STNews – E para a primeira infância?
Adriana Fontes – No nosso município, a primeira infância, já foi dado o pontapé inicial, conseguimos hoje diagnosticar aquilo que temos de avanço e aquilo que temos de retrocesso, na situação da primeira infância de 0 à 6 anos, já sabemos aquilo que precisamos sanar na sociedade. Me proponho à trabalhar com a pediatria de forma mais concreta distribuída nos nossos distritos, trabalhar com a fonoterapia que hoje não temos em Santa Teresa. Trabalhar com a saúde mental, que é necessidade do munícipe adulto, do munícipe adolescente e da criança. Uma deficiência de Santa Teresa, que ela não têm, é creche em tempo integral, outra deficiência do nosso município é constatado, hoje a nossa legislação que é Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), prevê que a criança tem que ter acesso e garantia de vaga na creche à partir dos 6 (seis) meses de vida. Atualmente em Santa Teresa só a creche Monteiro Lobato em Várzea Alegre oferece vaga à partir dos seis meses, nas outras 4(quatro) creches não têm a opção. Então a mãe já enfrenta uma barreira natural de ter que ficar com seu filho em casa até os 2 (dois) anos para conseguir entrar em uma vaga de espera, sendo que é um direito, então nós estamos defasados, no quesito creche e será minha bandeira de luta.
STNews – Considerações finais.
Adriana Fontes – Quero dar voz à mulher e à família, porque o conflito familiar pode se estender entre avós, tios, padrinhos, pessoas que compõem o núcleo familiar e que não necessariamente é a mulher ou é composto consanguineamente, a ideia é proteger a família na sua estrutura de formação.
Essas são as propostas de trabalho que eu vou defender para a coletividade se o eleitor me confiar no voto e acreditar que é possível mudar. Anote aí Adriana Fontes número 15020 e para prefeito 11.