Famílias Toffoli e Cia 143 anos de Brasil
Nossa homenagem aos descendentes dos 749 imigrantes italianos que embarcaram em 20 de Setembro de 1876, no Porto de Gênova na Itália, vieram até o Rio de Janeiro a bordo do Navio Colômbia, e do Rio de Janeiro até o Espírito Santo, no navio Werneck.
Em 26 de Outubro de 1876 chegava ao porto de Vitória o navio Werneck, com destino ao Núcleo do Timbuhy, pelo Porto Cachoeiro de Santa Leopoldina, via rio Santa Maria da Vitória, que trouxe 749 imigrantes italianos agricultores, e muitos deles vieram para Santa Teresa. Inclusive meu tataravô Federico f(42), junto com sua esposa Ângela Rossetti (32) e os filhos, Zenteria Toffoli (14) e Giuseppe Theodoro Tofoli (8), meu bisavô, que vieram de Mozzecane – Verona. Embarcaram em 20 de Setembro de 1876, no Porto de Gênova na Itália, vieram até o Rio de Janeiro a bordo do Navio Colômbia, e do Rio de Janeiro até o Espírito Santo, com o navio Werneck.
Eles vieram pra cá porque disseram a eles que aqui no Brasil era fartura de tudo. As mulhé dizia assim: ‘Ndemo in te Brasile che la catemo i ovi di travessi pieni’. Eles diziam que naquela época na Itália se comia um ovo em 7 pessoa: ‘Si ciapava la polenta, ciuciava l’ovo un per un.’ Sete pessoa comia”. (Livro Italianos)
Homenagem Às famílias como: ABBERTINI, ALIPRANDI, ARMINI, BERGAMASCHI, BERSANI, BIANCHI, BOLOGNA, BORTOLOTTI, BRINGHENTI, CALIARI, CAMPOSTRINI, CASSANI, CERCHI, CORADINI, COSTA, DALMASCHIO, DE MUNER, FADINI, FERRARI, FERRI, FIENI, FORMIGONI, GALETI, GASPARINI, GIACOMINI, GOTTARDI, GRAZIOTTI, GUAITOLINI, GUERRA, LUCCHI, MANTOVANI, MARTINELLI, MARTINI, MAZZI, MELOTTI, MONFARDINI, NATALI, NEGRINI, PASOLINI, PASSINI, PERONI, PITOL, POZZATI, PRETTI, REDIGHERI, REGATTIERI, RONDELLI, ROSA, ROSSI, SACCANI, SIMONAZZI, TOFFOLI, TOREZZANI, VACCARI, VENTURINI, ZACCHÈ, ZANI, ZENI, ZIVIANI, ZOCCATELLI, ZUCCOLOTTO, e muitas outras.
Na Europa, ocorriam revoltas populares que visavam à unificação dos países que constituem hoje a Itália e a Alemanha. Essas guerras de unificação e o estabelecimento de novos Estados geraram grande empobrecimento, causando fome e falta de emprego à parcela mais pobre da população, notadamente a camponesa.
Os governos desses países impunham pesados tributos aos pequenos proprietários de terras, que, vivendo numa economia de subsistência e artesanal, não conseguiam cumprir suas obrigações com o fisco. Essa situação, somada ao desejo de conseguir uma vida melhor, levou à emigração em massa de suas populações a outros países, onde até se ofereciam lotes de terras, tornando-os pequenos proprietários rurais imediatamente após o desembarque.
O Brasil, em particular, precisava de braços para movimentar suas riquezas naturais, uma vez que o sistema escravista definhava, além de causar vergonha o fato de termos sido o último país do mundo a abolir a escravidão. A proibição do tráfico de escravos, a partir de 1850, fez com que houvesse a escassez de mão de obra, o que causaria atraso ainda maior à economia brasileira. A partir da chegada dos imigrantes, no século XIX, o Espírito Santo ganhou nova configuração geográfica.
As barreiras naturais apresentadas principalmente pela Mata Atlântica foram então rompidas e o interior, sobretudo o norte do Estado, até então intocado, recebeu novos habitantes.
O Espírito Santo acolheu imigrantes de diversas partes da Europa, principalmente da Itália e da Alemanha que, juntamente com os portugueses, africanos e indígenas aqui residentes, deram origem aos traços principais da cultura capixaba. Mas também recebemos aqui, de braços abertos, a mão de obra eslava, austríaca, belga, ibérica, francesa, libanesa, totalizando dezenas de milhares de imigrantes, que compuseram nosso caldeirão cultural.
Está catalogada, nos registros de imigrantes, a entrada, por exemplo, de 36.666 cidadãos italianos, 8.283 germânicos, eslavos e pomeranos, além de 8.843 ibéricos, franceses, portugueses e libaneses. Igrejas, casarios, calçamentos guardam ainda marcas das influências desses povos. Sítios históricos ainda hoje preservados em Muqui, Santa Leopoldina, São Pedro do Itabapoana (Mimoso do Sul), o casario do Porto de São Mateus e as tradições culturais de municípios como Santa Teresa, Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante, dentre outros, compõem uma riqueza cultural e econômica que poucos Estados brasileiros podem exibir para suas novas gerações.” (Livro Italianos)
REf.: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, por meio do Projeto Imigrantes Espírito Santo.