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Filhote de baleia encalha em praia e uma operação é feita para devolver o animal ao mar

 Viviane Lopes, g1 ES

Filhote de baleia-jubarte já tinha encalhado no sábado (16) e reapareceu no domingo (17) na Praia de Manguinhos na Serra, Grande Vitória. Biólogos demoraram cerca de 6 horas para conseguir levar animal de volta ao mar.

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Veterinários colocaram toalhas molhadas em cima do animal e deram medicação para dor — Foto: Reprodução/Amigos da Jubarte

Um filhote recém-nascido de baleia-jubarte encalhou na Praia de Manguinhos, na Serra, Grande Vitória, na manhã de domingo (17) e gerou um mutirão de biólogos para conseguir salvar o animal e levá-lo de volta para o mar. Todo o resgate durou aproximadamente seis horas.

O filhote já tinha encalhado na tarde de sábado (16) em uma praia próxima, também na Serra, e conseguiu ser levado de volta para o mar com a ajuda de banhistas que estavam no local. No primeiro encalhe, o filhote ainda estava até com o cordão umbilical preso no corpo. Mas, na manhã de domingo, o mesmo filhote apareceu novamente e encalhou em uma região de pedras. Dessa vez, o animal apareceu com vários machucados e o resgate foi mais complexo.

Ajudaram no resgate equipes do Instituto Orca, da Prefeitura da Serra, Instituto Baleia Jubarte, Amigos da Jubarte e Ambipar Environmental Response, atual responsável pela execução do projeto realizado pela Petrobras de Monitoramento de Praias da Bacia de Campos e do Espírito Santo (PMP-BC/ES). Além disso, outras pessoas que estavam na praia também ajudaram a cercar o local.

whatsapp-video-2023-09-17-at-17.27.18.mp4-snapshot-00.01.989-300x170 Filhote de baleia encalha em praia e  uma operação é feita para  devolver o animal ao mar
Até guarda-sóis fora utilizados para ajudar no resgate do filhote — Foto: Reprodução/Projeto Instituto Orca

Operação complexa

Foram aproximadamente seis horas até as equipes conseguirem levar o filhote de volta para o mar. Durante todo o tempo em que tentavam tirar o animal da areia, veterinários colocavam toalhas molhadas, protegiam o filhote com guarda-sóis e tiveram que dar um medicamento para dor, já que ele também apresentava vários ferimentos.

Enquanto as equipes trabalhavam para levar o animal de volta para o mar, os biólogos puderam ver de longe o que deveria ser a mãe do filhote nadando por perto, batendo a nadadeira da água, parecendo acompanhar ansiosa a volta de seu bebê.

“Em todo o tempo que o filhote estava sendo tratado pela equipe, a mãe estava no fundo. Por várias vezes nós vimos a mãe batendo a nadadeira no fundo e depois conseguimos ver ela se aproximando do filhote depois que ele foi solto”, relatou João Marcelo Ramos, diretor de projetos do Instituto Orca.

João acredita que o filhote tem no máximo uma semana de vida e é um macho. Agora as equipes torcem para que, com a ajuda da mãe, o filhote não encalhe novamente.

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Resgate demorou cerca de 6 horas até filhote ser devolvido ao mar para perto da mãe — Foto: Reprodução/Thiago Ferrari

“A chance dele ainda é muito pequena, porém já tem um pouco mais de chance por estar junto a mãe, tendo a proteção dela. A batalha dele não vai ser fácil, ele ficou bem debilitado, embora tenha sido tratado por veterinários e medicado. Esperamos que ele consiga realmente sobreviver”, disse João.

O que fazer?

Especialistas orientam que as pessoas não tentem resgatar animais nesta situação. A recomendação é que as pessoas não se aproximem, não toquem nas baleias e isolem a área. Filhotes podem pesar até uma tonelada e podem machucar alguém, mesmo querendo ajudar. O ideal é acionar os órgãos competentes pelo telefone 0800 039 5005.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408