Fumacê duvidoso será aplicado em Santa Teresa
De acordo com a bula do fabricante, o inseticida não pode ser aplicado na presença de pessoas ou animais domésticos. Seu uso também não é recomendado em plantas, água, e uma vez ingerido, pode ser fatal. Na matéria você saberá mais sobre o Fumacê: o que é, para que serve e como pode afetar a saúde
Em vídeo publicado nesta sexta-feira (31), o prefeito Kleber Medici junto com a secretária de Saúde Sigrid Sthur, anunciou que irá utilizar na próxima semana o carro fumacê.
Segundo o prefeito, essa é uma “boa notícia” no combate aos mosquitos.
No vídeo não foi esclarecido qual inseticida será usado, muito menos traz informações sobre cuidados que a população deve ter em relação ao fumacê, como recomenda o Ministério da Saúde e a Vigilância Sanitária, o que para o advogado ecologista Carlos Humberto de Oliveira não pode acontecer. “A população tem que ser informada sobre o dia e horários e recomendações à saúde, por se tratar de um agrotóxico letal”. Afirmou.
Nossa redação apurou com exclusividade que se trata do NOKGARD, um inseticida altamente perigoso. A fonte pediu pra ser preservada com medo de perseguições.
Conforme consulta técnica à bula do fabricante, o inseticida não pode ser aplicado na presença de pessoas ou animais domésticos. Seu uso também não é recomendado em plantas, água, e uma vez ingerido, pode ser fatal.
O fabricante ainda não recomenda a aplicação em dias chuvosos, com ventos fortes, muita umidade ou com temperaturas elevadas.
Em relação ao meio ambiente, seu uso é altamente nocivo às abelhas.
A volta do fumacê com um produto não recomendado pelo Ministério da Saúde. O fumacê é um método adicional de prevenção. Cuidados, no entanto, devem ser centralizados na eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti.
Devido à periculosidade dos inseticidas Praletrina + Imidacloprida, muitos produtos foram proibidos pela Anvisa, e alguns recomendados e liberados para realizar o fumacê, como o Cielo-ULV, usado em ultra baixos volumes.
A NOTA TÉCNICA Nº 1/2020-CGARB/DEIDT/SVS/ – gov diz que a formulação: imidacloprida (30 g/kg; 3% p/p) + praletrina (7,5 g/kg; 0,75% p/p) + 96,25% só pode ser apliocado em situações de emergência, quando o controle preventivo não for suficiente.
De acordo com a Nota, a eficácia do fumacê é limitada, uma vez que somente os insetos adultos que estiverem em voo no momento da pulverização serão controlados. É uma técnica recomendada para utilização durante períodos de epidemia.
Referências:
Fumacê: o que é, para que serve e como pode afetar a saúde
De acordo com a farmacêutica Flávia Costa, o fumacê é uma estratégia utilizada durante os períodos de epidemia para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti e reduzir a transmissão de doenças causadas por esse mosquito, embora não seja a forma mais segura de eliminá-los, é bastante rápida, no entanto, se a aplicação for muito frequente o agrotóxico pode ir se acumulando no corpo, causando alguns danos no sistema nervoso.
Veja como pode eliminar os mosquitos de forma segura e natural.
Qual o agrotóxico que deve ser utilizado?
O agrotóxico utilizado e aprovado pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS) atualmente nas pulverizações do fumacê é o Cielo-ULV.
Esse agrotóxico contém duas substâncias na sua composição, a praletrina e a imidacloprida, que provocam intoxicação no sistema nervoso do mosquito, resultando na sua morte.
O Cielo-ULV foi aprovado em substituição aos inseticidas utilizados anteriormente, devido aos riscos para a saúde e ineficácia no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Porque o fumacê foi proibido?
O fumacê é uma medida emergencial para combater surtos e epidemias de doenças como dengue, Zika ou Chikungunya.
Essa medida foi proibida em todo território nacional devido aos níveis utilizados nas pulverizações, que depois de aplicado ficava no ar por até 30 minutos, mas mantinha-se nas superfícies e no chão por até várias semanas, enquanto era degradado pelo sol, vento e chuva. No entanto, esse agrotóxico também podia causar diversos efeitos para o ambiente e para a saúde, e por isso foi proibido no Brasil.
Portanto, para realizar o fumacê, outro agrotóxico foi liberado pela Anvisa, o Cielo-ULV para controlar o mosquito adulto, sendo usado em ultra baixos volumes.
No entanto, se o fumacê for usado sem critério, especialmente por entidades privadas, pode levar ao acúmulo de uma dose muito elevada no organismo, podendo causar intoxicação.
Nota de Recomendação para o Cielo-ULV
A NOTA TÉCNICA Nº 1/2020-CGARB/DEIDT/SVS/MS, foi elaborada pela Coordenação Geral de Vigilância de Arboviroses da Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde (CGARB/SVS/MS) com o objetivo de apresentar as características gerais relacionadas ao produto atualmente preconizado para as atividades de controle químico a Ultra Baixo Volume (UBV), CIELO ULV. A recomendação de novos produtos para controle
químico do Aedes aegypti é embasada pelos resultados obtidos por bioensaios e testes em campo, sendo então traçadas as estratégias de manejo de insumos, quando necessário. Para o produto em questão, recomenda-se a leitura da Nota Informativa Nº 103/2019-CGARB/DEIDT/SVS/MS, que possui os parâmetros e evidências relacionadas à escolha do produto para utilização no controle químico
II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS DO PRODUTO PARA APLICAÇÃO ESPACIAL CIELO:
Cielo-ULV é um inseticida de pronto uso utilizado no tratamento espacial (Ultra Baixo
Volume – UBV) de ambientes externos com função específica para a eliminação das fêmeas de A. aegypti e deve ser utilizado somente para bloqueio de transmissão e para controle de surtos ou epidemias.
O produto técnico está listado na Prequalification Vector Control – PQT-VC Reference: 020-006 de 22/01/2019, da
Organização Mundial de Saúde – OMS (https://www.who.int/pq-vector-control/prequalifiedlists/FinaldecisionCielo.pdf?ua=1)
Para os casos de epidemia
Recomendações para o período de alta transmissão de dengue, chikungunya e Zika e
informações sobre a situação de abastecimento de inseticida no controle de Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus.
O anúncio:
https://cosemsms.org.br/wp-content/uploads/2023/03/OFICIO-CIRCULAR-N-312023SVSAMS.pdf
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