Governo do Estado anuncia dois convênios de mais de R$ 1 milhão com o Inma
Por Leonardo Meira
leomeira90@gmail.com
Dois convênios foram firmados última sexta (26) com o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA),
A assinatura do acordo de cooperação entre a Seama, Iema, Fapes e o Inma, aconteceu no auditório do Inma / Museu e contou com a presença do Secretário de Meio Ambiente do Estado, Aladim Cerqueira; com o diretor presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa (Fapes), José Antônio Buffon; com o diretor presidente do IEMA, Jader Mutzig; o prefeito de Santa Teresa, Gilson Amaro e várias autoridades.
A fauna e a flora foram contemplados com R$ 400 mil para formulação uma nova lista de espécies ameaçadas de extinção no Espírito Santo que será entregue ainda este ano.
Outro repasse vem do Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fundema), cerca de R$ 740 mil para a implementação de uma rede de compartilhamento de dados e divulgação da mata atlântica no Espírito Santo.
O diretor do INMA, Sérgio Lucena, disse que é um momento importante de apoio para a conservação da mata atlântica. “É a consolidação do Instituto como uma forma de fortalecimento do trabalho e da mensagem de Augusto Ruschi pelo conhecimento da conservação da mata atlântica.
Para o Secretário de Estado de Meio Ambiente, Aladin Serqueira, o Instituto tem um papel importantíssimo na preservação do meio ambiente, tanto em Santa Teresa, quanto em âmbito internacional.
“O Museu de Biologia Mello Leitão, que agora é Instituto Nacional da Mata Atlântica, tem um desafio de preservar sua história, suas coleções científicas e desenvolver novos trabalhos e contribuições para a preservação da biodiversidade da mata atlântica no Brasil. O diretor presidente da Fapes, José Antônio Buffon, disse que esse é o início de uma nova fase para o INMA e lembrou que o Museu Mello Leitão será parte integrante do Instituto para fortalecer e consolidar a instituição. “O Instituto é fundamental para o desenvolvimento do Espírito Santo. Cerca de 70 municípios vivem de agricultura no estado. Agricultura é terra e água. Terra e água é floresta! Então investir na mata atlântica é investir 100% em prol dos capixabas”, finalizou.
Fauna e flora
O Espírito Santo vai ser o 2º Estado do Brasil a fazer a revisão da lista de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção. Com uma das maiores biodiversidades do planeta, é o Estado que mais descobre novas espécies de flora por hectare.
Para Claudio Nicoletti de Fraga, chefe da divisão de ciências do Instituto Nacional da Mata Atlântica, revisar a lista de espécies ameaçadas do Estado será fundamental para incluir as descobertas científicas realizadas ao longo dos últimos anos. “O Espírito Santo é recordista em descobertas de novas espécies para a ciência. Em plantas o número é de 9,7 espécies por 1000 km². O segundo lugar é o Rio de Janeiro com 5,1 espécies por 1000 km². Além das novidades taxonômicas, o Espírito Santo está entre as regiões de maior biodiversidade do mundo”, Afirmou.