Homem que matou casal estava escondido em Santa Teresa
A prisão do homem que praticou o duplo homicídio em Santa Leopoldina, aconteceu na tarde desta terça (20) em Pedra Alegre, município de Santa Teresa, após uma denúncia anônima, afirmando que o autor estaria escondido em um sítio na localidade. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o homicida na uma varanda. O homem não ofereceu resistência e confessou o crime.
José Carlos Rocha Rodrigues Marinho confessou ter matado os vizinhos, a advogada Marinelva Venturim de Paula e seu marido, o estilista iraniano Dali Atashi, com um revólver calibre 38, em Santa Leopoldina, no último fim de semana.
José Carlos Rocha Rodrigues Marinho afirmou à polícia que planejou o crime, que foi motivado por uma briga entre ele e o vizinho por causa de água e invasão de propriedade.
“Recebemos uma denuncia através da patrulha rural de Santa Teresa, que indicava que o indivíduo estaria escondido em uma localidade rural de difícil acesso, de nome Pedra Alegre, na divisa com Santa Teresa Itarana. Chegando no local, depois de muita dificuldade, conseguimos fazer a abordagem e não demos nem oportunidade para ele reagir. Conversando, de modo muito natural, ele contou friamente que havia cometido esse duplo homicídio”, relatou o Major Márcio Cunha Cabral à reportagem de A Gazeta.
VÍDEO MOSTRA MOMENTO DO ASSASSINATO
A Polícia Civil divulgou na manhã desta quarta-feira (21) as imagens das câmeras de videomonitoramento que mostram José Carlos entrando no sítio onde moravam Marinelva e Dali. Em seguida, ele aparece conversando com o casal e, por último, deixando o sítio com a arma na mão após ter assassinado as vítimas.
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DESENTENDIMENTOS COM DALI
O acusado disse à polícia que matou o casal com um revólver calibre 38, que, de acordo José, foi jogado em um rio após o duplo homicídio. O acusado também afirmou que teve um desentendimento com Dali Atashi, do qual é vizinho em uma propriedade rural em Santa Leopoldina, no último sábado (17).
De acordo com o homicida, ele e a vítima já haviam tido algumas desavenças, José Carlos decidiu matar o estilista Dali por causa de quatro incidentes: uma aquisição de terreno, que depois foi desfeita; por causa também de uma passagem de canos sem autorização e o Dali teria retirado esses canos; o Dali ter repreendido as crianças do autor por estarem no terreno que tinha tanque profundo e poderia gerar uma tragédia; e por último a alegação do autor de que no dia anterior, no sábado, o Dali teria passado de carro pela estrada e mostrado uma arma de fogo para o autor. Naquele momento o autor teria decidido tirar a vida da vítima a todo custo. Essa era a intenção dele. E matou a senhora Marinelva simplesmente porque ela estava no local, nada relacionado a profissão dela (advogada)”, detalhou o delegado Leandro Barbosa, titular da Delegacia de Santa Leopoldina
FRIEZA
José Carlos Rocha contou aos policiais que chamou o iraniano para conversar do lado de fora de sua casa. Quando Dali e a esposa, Marinelva, saíram próximo ao portão, o acusado efetuou três disparos no marido. Em seguida, atirou duas vezes contra a esposa.
“Nitidamente trata-se de um ser humano frio, que em nenhum momento mostrou traços de arrependimento ou de compaixão. Ela sabia que as vítimas eram pessoas de idade. Ele mostra que já estava premeditando ceifar a vida do Dali e não demonstra arrependimento algum. Até porque ele diz que mataria e fugiria”, contou o delegado.
“Antes e até durante a execução ele está fumando. As imagens demonstram que ele usou todas as balas que tinha e se tivesse mais teria efetuado mais disparos. O Dali estava até com a cabeça um pouco abaixada, provavelmente nem percebeu o que estava acontecendo”