Máquina pública analógica e a eficiência do governo eletrônico
Por Gregório Venturim
O Governo federal, estadual e municipal, não possuem outra fonte de recursos que não seja a cobrança de tributos sobre renda e patrimônio do cidadão pessoa física e/ou jurídica. O gestor público vive praticamente para definir com quanto que o cidadão deve ficar para gastar com a sua própria família e quanto deixara na mão do Governo. Não se enganem se o Governo deseja gastar mais, ele só pode fazer se aumentar a arrecadação dos tributos ou confiscar renda ou patrimônio do cidadão, não adianta pensar que o dinheiro público ou alguém vai pagar, direta ou indiretamente, quem vai desembolsar vai ser o próprio cidadão.
Impossível se pensar que possamos projetar um futuro prospero com Governos tributando mais e mais o cidadão, bem além da sua capacidade, inclusive para manter regalias e programas generosos. Ao contrário, Gestores tem obrigação de garantir que cada centavo arrecadado com a tributação, seja gasto de forma mais justa possível, tornando eficientes os serviços públicos e por consequência protegendo a renda e patrimônio privado, assim como fazem as empresas privadas, as donas de casa e o cidadão em suas finanças.
O melhor papel do governo é quando ele passa desapercebido, assim como árbitro de futebol “arbitro bom é aquele que ninguém precisa falar dele”, o ideal e o melhor cenário é quando não conseguimos sentir a presença desses atores, o uso das novas tecnologias digitais como inteligência artificial, big data e blockchain, vem propiciando em algum governos pelo mundo a eficiência, promovendo qualidade no serviço público, reduzindo drasticamente os custos da máquina estatal e ampliando sua transparência.
A população brasileira, em termos de inclusão a internet, se encontra no 4º lugar no ranking mundial e quanto ao processo de digitalização ocupa a 44ª posição, o que no leva a crer que a grosso modo é um cenário muito bom para implementação de um governo eletrônico.
Essas novas tecnologias digitais fazem o governo interagir com os cidadãos de forma muito mais dinâmica, eficiente, transparente e segura, fortalecendo a democracia. Alguns países o uso de algoritmos podem identificar, por meio de coleta de dados digitais, padrões comportamentais dos contribuintes, por consequência, descobrem com mais rapidez e qualidade, por exemplo sonegação, enriquecimento ilícito, evasão de dinheiro, podendo transformar um governo atualmente burocrático e reativo, em dinâmico, eficaz e proativo.