Massa de manobra e alienação do indivíduo
Por Gregório Venturim
O homem é na sua essência, um individuo que precisa da convivência em sociedade e busca relações interpessoais (amigos, família, etc) isto faz parte do seu intimo a formação de grupos. Dentro dessa coletividade encontramos inúmeras pessoas com pensamentos e opiniões heterogêneas, o que é muito salutar, se houver convivência harmônica, onde haja possibilidade da discordância de opiniões, sem extremismo ou alienação da autonomia do senso critico.
Uma sociedade, conduzida através de uma opinião ou ideologia pré-formada por um grupo preocupado direta ou indiretamente com interesses exclusivamente egocêntricos, fomentado pelo populismo politico e pelas soluções fáceis, mascaram a realidade e nivela o debate por baixo, sem qualquer fundamento, onde se perpetua as propostas rasas, evasivas e genéricas.
A utilização de artifícios para manipular, por meio do aspecto emocional é outra técnica, muito clássica para causar um curto circuito na análise racional e finalmente no sentido crítico dos indivíduos, recorrendo para sensações, dores ou qualquer elemento com apelo emocional que permite abrir a porta de acesso ao inconsciente e com isso implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões tudo no sentido de induzir comportamentos coletivos.
As pessoas manipuladoras agem doutrinando e criando uma mentalidade servil que leva o indivíduo a reduzir sua autorreflexão e o seu senso crítico, vez que para tanto é preciso existir a liberdade de pensamento e autonomia de escolha, características encontradas apenas no ser de individualidade autônoma. Isso não quer dizer que a coletividade não possa exercer influência, mas é o indivíduo livre quem deve escolher se adequar ou não a uma coletividade, sem que existam pressões ou supostas missões impostas por terceiros.
Nessa manipulação da coletividade, ao invés de prevalecer a opinião da maioria, impera a mentalidade coletiva padronizada por uma alienação involuntária, o que é inconcebível, pois o individuo que abre mão do seu senso critico e do contraditório, perde sua autonomia e age por agir, se subjugando a vagar numa verdade pré-estabelecida para atender os interesses de oportunistas.