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Mensagem de Natal

Antônio Angelo Zurlo e Dizianira Ziviani Zurlo

Desejamos a continuidade da festa do Natal como o encontro da família, tendo sempre em primeiro lugar as crianças, pois o que será do natal sem a magia e o encanto das crianças, o que será dessa garotada se não tiver um ponto de união? Que não se perca  o sentimento de gratidão que predominava os corações nessa data, em outros tempos, que não se busque apenas presentes. Antes, no nosso tempo todos, íamos todos  à igreja para agradecer, espero que continue essa tradição, temos que ter fé em Deus e na melhora das coisas. Estamos passando por uma fase difícil, com muitas crianças até passando fome, portanto desejamos que este natal, tenha comida para todos, seja um natal feliz, talvez não seja aquele natal que cada um gostaria que fosse, mas que seja feliz. 

Morávamos em um vale entre duas cadeias de montanhas, não havia rodovia, os vizinhos eram próximos, na frente da cada casa havia um terreiro de café, antigamente os festejos de natal, que aconteciam época de chuva, começava com a festa de Santa Luzia, no dia 13, à noite alguém pegava uma ferradura de cavalo e fazia marcas no terreiro, pela manhã as crianças mais velhas que já sabiam da tradição, diziam: Falando em italiano “Olha! Santa Luzia esteve aqui, olha as marcas do cavalo!

Tudo diferente

Dizianira – Hoje está tudo diferente, mas pelo menos ainda se compra um presente para as crianças, mas confraternização amorosa falta, ainda mais agora com essa pandemia. Sinceramente, é difícil imaginar um futuro promissor sem amor.

Na casa de meus pais, éramos muitos filhos, não dava para comprar muitos presentes, eram presentinhos baratos, balas às vezes. Nossa casa era muito frequentada por primos e vizinhos, minha mãe dizia quem quer ganhar presente cuida de dormir cedo, mas nós percebíamos a movimentação das tias fazendo mentiras, pão que era uma coisa rara, somente em datas comemorativas, comíamos batata doce, aipim, abóbora, polenta com leite, era uma comida saudável. Antigamente o natal era muitos dias de festas, começava a alegria com os festejos de Santa Luzia, 24, 25 e 26 ainda era dia santo, pois era dia de santo Estevão, 

Tiros de Santa Luzia

Zurlo – Por volta dos 7 anos, após os festejos de Santa Luzia eu sempre ganhava um presente, disse comigo mesmo: deixa eu procurar, entrei no quarto dos meus pais, que estavam na roça, subi numa cadeira para alcançar um armário no alto, achei um pacotinho e dentro tinha um revólver de metal, que rodava o tambor e tinha uma uma carga de espoletas que estouravam a cada disparo, experimentei o revolverzinho, fiz os disparos, sem tirar a cartela queimada, deixei lá direitinho no mesmo lugar, aí chegou o dia de natal, à noite, o papai noel passava à noite, peguei meu presente, abri o pacote, tava o revolverzinho, meu pai inspecionou, e disse: Santa Luzia andou experimentando esse revólver, andou dando uns tiros com ele, rss, e eu de boca fechada, não falei nada.

 

Messaggio natalizio

di Antônio Angelo Zurlo e Dizianira Ziviani Zurlo

Ci auguriamo la continuità della festa  del Natale come momento di incontro della famiglia, ponendo sempre al primo posto i bambini, perché cosa ne sarebbe del Natale senza la loro magia e incanto, cosa ne sarebbe di questi ragazzini se non ci fosse il momento di unione natalizio? Che non si perda il sentimento di gratitudine che in altri tempi predominava i cuori in questa data, non ci si riduca a pensare solo ai regali. In passato, ai nostri tempi, andavamo tutti  in chiesa per ringraziare e mi auguro che questa tradizione continui, dobbiamo avere fede in Dio e che le cose miglioreranno. Stiamo attraversando un difficile momento, con molti bambini senza cibo e allora auguriamo che in questo Natale ve ne sia per tutti, che sia un Natale felice, magari non come lo vorremmo ma comunque felice.

Abitavamo in una valle ai piedi di due catene montagnose, non c’erano strade, i vicini erano presenti, davanti alla casa un campo di caffè; anticamente le feste di Natale, epoca di piogge, iniziavano con il giorno di Santa Lucia, il 13 dicembre, e di notte qualcuno prendeva un ferro di cavallo e faceva segni nei campi, al mattino i bambini più grandi che già conoscevano la tradizione dicevano, parlando in italiano: “Guarda, Santa Lucia è stata qui, guarda le impronte del cavallo!

 Tutto diverso

Dizianira – Oggi tutto è diverso, ma almeno si compra un regalo per i bambini seppur manchino gli incontri amorosi, ancor di più ora con questa pandemia. Sinceramente è difficile immaginare un promettente futuro senza amore.

Nella casa dei miei genitori eravamo molti figli, non era possibile comprare molti regali, erano regalini poco cari, a volte caramelle. La nostra casa era molto frequentata da cugini e vicini, mia mamma diceva che chi voleva ricevere un regalo doveva andare a dormire presto ma noi ci rendevamo conto della agitazione delle zie facendo bugie, pane che era cosa rara, solo per date importanti, mangiavamo patata dolce, manioca, zucca, polenta con il latte, cibo sano. Anticamente a Natale c’erano molti giorni di festa, si iniziava con i festeggiamenti di Santa Lucia, poi 24, 25 e 26 che era anche esso giorno santo, il giorno di Santo Stefano.

Spari di Santa Lucia

Zurlo – Verso i miei 7 anni, dopo i festeggiamenti di Santa Lucia, ricevevo sempre un regalo e mi dissi: fammelo cercare ed entrai nella camera dei miei genitori che erano nei campi, salii su una sedia per raggiungere la sommità dell’armadio e trovai un pacchettino con dentro una pistola di metallo che girava il tamburo e c’era una carica di cartucce che esplodevano ad ogni sparo, lo provai, sparai senza nemmeno toglierlo dalla scatola e lo rimisi al suo posto. Quando giunse il giorno di Natale, la sera in cui passava Babbo Natale, presi il mio regalo, lo aprii e c’era la pistola e mio padre, al vederla, disse: Santa Lucia ha provato questa pistola, ha fatto degli spari – ridendo – io me ne rimasi zitto.

 

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408