Nervos à flor da pele

SB

Já há grande preocupação em Brasília com o descontrole emocional de Lula, que vem se manifestando não apenas em público nos discursos cada vez mais destemperados e raivosos, como também em reuniões com os ministros onde frequentemente ele demonstra impaciência e irritação ao repreender auxiliares mais próximos.

servidores do círculo íntimo do presidente ungido pelas urnas eletrônicas, apontam ao menos cinco motivos que estão fazendo o chefe perder as estribeiras: 

1⁰ – a percepção de que ele não tem mais o poder quase imperial que desfrutava nos dois mandatos anteriores, sendo agora obrigado agora a dividir o poder com o Congresso Nacional; 

2⁰ – a constatação de que não há recursos financeiros para cumprir a agenda eleitoreira de gastos populistas irresponsavelmente prometidos durante a campanha; 

3⁰ – a pressa aflitiva para ver resultados das ações do governo e deparar-se com a letargia de uma equipe inchada para acomodar milhares de velhos e novos companheiros; 

4⁰ – a inoperância de um ministério inchado, composto majoritariamente por critérios de apadrinhamento político e não pelo preparo técnico para a função; 

5⁰ – e a necessidade de adotar a decisão impopular de onerar o povo com os tributos sobre os combustíveis e até planejar a criação de mais impostos para custear uma mastodôntica máquina estatal e turbinar desenfreadamente as despesas públicas.

Porém, o que mais vem tirando Lula do sério é o difícil desafio de ter que superar neste ano o cenário de incertezas, turbulências econômicas e ainda maior insegurança jurídica que ele próprio tem produzido. Os números do governo Bolsonaro anunciados nos últimos dias: a taxa anual de desemprego, que fechou dezembro em 7,9%, o menor patamar desde 2014, e o desempenho do PIB, que elevou-se a 2,9% em 2022, conquistas propiciadas por uma gestão presidencial que construiu um ambiente de negócios favorável à prosperidade econômica, alicerçado na valorização da livre iniciativa, no apoio e incentivo ao empreendedorismo e na defesa incondicional do direito de propriedade.

Ele já sabe que não vai conseguir. Deve ser por isso que os petistas, presos às amarras ideológicas das malogradas teses econômicas da esquerda, se referem ao legado do rival como “herança maldita”.