Nossos avós eram mais sustentáveis
I nostri nonni agivano più di noi nel rispetto di uno sviluppo sostenibile
Ao saber que um produtor em Santa Teresa criava frango caipira com cana triturada e adubava sua plantação com insumos da própria fazenda. A equipe da STN visitou o Restaurante “A Dona da Casa” de um velho conhecido, Edimar Hermógenes.
Venendo a conoscenza che un produttore di Santa Teresa allevava polli in libertà nell’aia dando loro da mangiare canna tritata e concimava le sue piantagioni con prodotti della sua azienda stessa, l’equipe di STN ha fatto visita al ristorante “A Dona da Casa” di una vecchia conoscenza, Edimar Hermogénes.
STN – Obrigado por nos receber, e nos mostrar as novidades da fazenda, parece que você cria de tudo um pouco e planta de tudo um pouco, é mais ou menos isso?
Edimar Hermógenes – Sim, dado essa demanda por alimento, hoje é viável o produtor voltar a produzir na sua propriedade milho, feijão, cana de açúcar, abacate, até por que um cidadão comum indo a mercado hoje, está difícil comprar 1Kg de carne bovina, não temos nada contra a alta do preço, porque o produtor também está sofrendo muito com o aumento dos insumos e commodities, e o pecuarista hoje está sendo procurado por outras pessoas que estão pagando melhor pela carne, se nós não nos preocuparmos com isso, e ficar criticando o produtor por ficar vendendo pra china ou para outro lugar, isso não vai resolver, o que nós temos que fazer é transformar nossas vidas e olhar para dentro, o que nossos avós e bisavós faziam, é hora de restabelecer a cultura na tecnologia.
STN – Grazie di riceverci e farci vedere le novità dell’azienda, sembra che lei allevi e pianti un po’ di tutto, giusto?
Edimar Hermógenes – Sì, vista la domanda di alimenti da parte del mercato, è interessante per il produttore tornare a produrre in proprio mais, fagioli, canna da zucchero e avocado. Per il consumatore al giorno d’oggi è difficile comprare un chilo di carne bovina. Non ce l’abbiamo con l’aumento dei prezzi, visto che anche il produttore sta soffrendo con l’aumento dei concimi e le materie prime e l’allevatore al giorno d’oggi sta venendo cercato da altri che stanno pagando un prezzo migliore per la carne. Se iniziamo a criticare il produttore perché vende alla Cina o ad un altro paese, la cosa non si risolve. Quello che dobbiamo fare è trasformare le nostre vite e guardarci dentro, guardare cosa hanno fatto i nostri nonni e bisnonni, è l’ora di unire cultura e tecnologia.
STN – Um caminho sustentável?
Edimar – Se as pessoas olharem um pouco mais além daquilo que o mercado diz, elas vão entender, que dentro da própria sociedade, ele pode ser auto sustentável ou quase isso.
Neste momento estou fazendo experimento novo com ovinos, mudei a cadeia alimentar dos gados e obtive sucesso, produzindo carne de qualidade, mas vou aguardar um pouco mais para divulgar os resultados. Também mudei a forma de alimentar dos cavalos, antes eu alimentava o cavalo com 4 kg de ração por dia, hoje gasto de 2 kg, somente porque eu mudei a método de alimentar ele, melhorei a qualidade do meu capim e hoje eu dou o capim primeiro, e depois a proteína, economizei, e o cavalo continuou com a mesma performance.
STN – Un percorso sostenibile?
Edimar – Se le persone guardassero un poco oltre quello che il mercato dice, capirebbero che nella stessa società esso può essere auto-sostenibile o quasi.
Sto facendo un esperimento nuovo con gli ovini, ho cambiato la catena alimentare delle pecore e la cosa funziona, producendo carne di qualità ma voglio aspettare ancora un po’ per diffondere i risultati. Ho anche cambiato la forma di alimentare i cavalli, prima li alimentavo con circa 4 chili di razione al giorno, ora solo con 2, e riesco a fare ciò solo a causa del cambiamento del modo di come li alimento, ho migliorato la qualità del mio fieno e lo do prima, poi do la proteina, economizzando, e il cavallo continua forte come prima.
STN – Você acha que esse modelo se adapta à Santa Teresa?
Edimar – O município possui hoje grande concentração de pequenos negócios, mais de 90% das propriedades do município, são pequenos produtores, é viável o camarada por um boi de corte em um hectare, ou 8 bois bem manejados ou ainda 80 ovinos.
O custo do ovino é menor e a produção de carne é muito maior e a qualidade superior à do bovino. Além da questão da segurança alimentar, tem também o benefício ao meio ambiente com a preservação dos recursos hídricos, pois a produção de 1kg de carne bovina é necessário mais de 1000 litros d’água, já um ovino que consome menos de 100 litros para 1kg de carne, esse experimento pode ser uma boa.
STN – Lei crede che questo modello si adatti a Santa Teresa?
Edimar – Il comune ha una grande concentrazione di piccole attività, oltre il 90% delle proprietà del comune, sono piccoli produttori, da buoni risultati mettere un buon bue in un ettaro, o 8 buoi se ben gestiti o persino 80 ovini.
Il costo di un ovino è minore e la produzione di carne è maggiore e di miglior qualità rispetto al bovino. Oltre alla questione della sicurezza alimentare, c’è anche quanto l’ambiente trae beneficio anche grazie al risparmio di risorse idriche, visto che la produzione di un chilo di carne bovina ha bisogno di circa 1000 litri d’acqua al contrario di uno di carne ovina che ne richiede solo 100, un esperimento interessante.
STN – o consórcio de cultura é uma prática sustentável.
Edimar – As pessoas têm uma leitura de que falar de sustentabilidade é como se a pessoa falasse somente de práticas de meio ambiente, sustentabilidade ela vem com a vida prática, de saber usar os recursos naturais em prol do social e ambiental, a economia é o terceiro elemento do tripé da sustentabilidade, ganhar dinheiro utilizando bem os recursos naturais.
Quando nós chegamos aqui em Santa Teresa, o meu planejamento era de ter uma pousada com restaurante e dentro disso, ir agregando valores, nós que aplicamos capital, nunca deixamos os ovos tudo no balaio só, e essa é uma coisa que eu sempre me preocupo em relação ao pequeno produtor do município que tem uma só cultura na sua propriedade. Eu visitei uma cidade chamada Cristalina do Goiás, onde o prefeito fez um plano de agricultura altimétrica onde se distribuiu várias culturas, quando uma esta na baixa a outra está na alta, no movimento dessa dinâmica há mais segurança alimentar.
STNews – Il consorzio di coltivazione può essere una pratica sostenibile.
Edimar – Si pensa che al parlare di sostenibilità ci si riferisca solo alle buone pratiche di rispetto dell’ambiente ma sostenibilità viene con la quotidianità, saper usare le risorse naturali a favore del sociale e dell’ambientale, l’economia è la terza gamba della sostenibilità, guadagnare usando bene le risorse naturali.
Quando siamo arrivati qui a Santa Teresa, la mia idea era avere una locanda con ristorante e, aggregando valore, noi che vi abbiamo messo il capitale, abbiamo diversificato, cosa che mi preoccupa di coloro che si dedicano a produrre un solo tipo di prodotto. Ho conosciuto una città che si chiama Cristalina (Goias) dove il sindaco ha elaborato un progetto di agricoltura altimetrica dove le varie coltivazioni sono state distribuite, avendone una in alto ed una in basso permette una dinamica che da una maggiore sicurezza alimentare.
STN – Seu negócio está no segmento do agroturismo, o que você oferece no geral para o turista?
Edimar – Hoje eu crio ovinos, galinha caipira, cavalo, tenho um pomar com mais de 2 mil árvores e variedades como pêra, nectarina, figo, maçã, cultura branca como feijão, milho, cana, o campo plantado promove uma paz visual, e é isso que pretendo, que ela traga paz e relaxamento para as pessoas, sinto isso nas pessoas que chegam na propriedade e vêem o sistema todo, a galinha, o cavalo, carneiro, as frutas no pé, para ele é uma sensação de conhecimento.
STN – Lei opera nel settore dell’agriturismo, cosa offre al suo cliente?Edimar – Allevo ovini, galline in libertà, cavalli, ho un frutteto con oltre 20.000 alberi con pere, pesche, fichi, coltivazioni bianche come fagioli, mais, canna da zucchero e i campi trasmettono una “pace visiva”, questo è il mio scopo, dare al turista relax, lo sento nelle persone che arrivano nella proprietà e vedono tutto il sistema, la gallina, il cavallo, l’agnello, la frutta sull’albero, per loro è una sensazione di conoscenza.
STN – Você está me dizendo que só o fato de estar em contato com o campo, já é um nível de cura?
Edimar – Exatamente, imagina uma pessoa que passa a semana vendo arranha-céus, vivendo enclausurados no trânsito, quando ela chega no mundo natural, ela tem uma quebra de crença, se descobre vendo coisas que a curam. Fui surpreendido aqui na fazenda por uma criança que perguntou se o leite vinha da caixinha, ela não sabia que o leite é produzido por uma vaca, hoje eu sou uma pessoa muito melhor por ter de certa forma, voltado às raízes e experimentando a cura do campo e a partir daí experimentar métodos novos de criação e de relação com as pessoas, a desintoxicação, tudo isso faz parte da quebra de crença, essa é uma parte muito importante, quando eu descobri que o meu problema não era de coluna, mas de cabeça, pois eu vivia dizendo que eu tinha problema de coluna, aí um terapeuta me disse que o meu problema não era a coluna, mas falar dela, nunca mais falei e me curei, então eu tenho essa experiência e posso compartilhar com as pessoas. Tenho áreas aqui que há mais de 10 anos que eu não uso defensivo agrícola, só tenho usado o subproduto, para plantar milho e feijão sem nenhum adubo químico, somente com o subproduto da minha propriedade, o esterco do cavalo, do ovino, bovino e o da galinha caipira. Estudos dão conta que as pessoas que lidam com animais, têm uma diminuição em 60%, quanto às doenças, as bactérias criadas nesse ambiente, promove imunidade, são informações que te deixam satisfeito porque você optou por isso, talvez por falta de conhecimento e depois vem esse conhecimento.
STNews – Insomma lei sostiene che solo il fatto di stare a contatto con la campagna già sia una forma di cura?Edimar – Proprio così, immaginate una persona che trascorre tutta la settimana vedendo grattacieli, vivendo imbottigliato nel traffico, quando arriva nel mondo naturale, gli cambiano tutte le prospettive. Una volta un bambino mi ha sorpreso quando mi ha chiesto se il latte proveniva dalla confezione, lui non sapeva che il latte era prodotto dalla mucca ed io, oggi, mi sento una persona migliore per essere tornato alle radici e provato la cura della campagna e da lì iniziato a provare nuovi metodi di allevamento e di relazione con le persone; è una forma di disintossicazione, rompere certi paradigmi, ho così scoperto che io non avevo problemi alla schiena, ma alla testa; vivevo sostenendo di avere problemi alla schiena ma non era così, un fisioterapista me lo diceva che il mio problema non era alla schiena e infatti tutto è passato ed è proprio questa esperienza che voglio condividere con le persone. Ci sono terreni che sono più di 10 anni nei quali non uso pesticidi, uso solo il sottoprodotto per piantare mais o fagioli, senza additivi chimici, solo sottoprodotti della mia azienda, sterco di cavallo, ovino, bovino o delle galline. Studi spiegano che le persone che hanno a che fare con gli animali hanno il 60% in meno di malattie, i batteri che nascono in questi ambienti favoriscono l’immunità; sono informazioni che soddisfano perché si è fatta una certa scelta, magari per mancanza di conoscenza però poi si scopre tutto ciò.