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O mérito da escola José Pinto Coelho: não como sintoma de catástrofe, mas de superação!

Aproxima-se mais um final de semestre letivo e a apreensão de pais, alunos, professores e demais profissionais da Escola Estadual José Pinto Coelho (JPC) continua. Apesar de o governo estadual conhecer há, pelo menos, 5 anos, as precárias condições estruturais do prédio que abriga a maioria das salas de aulas, o excesso burocrático estadual é infalível.

11202082_549738885186170_2218701360231794369_n-cópia O mérito da escola José Pinto Coelho: não como sintoma de catástrofe, mas de superação!


As rachaduras que se estendem da parede até o teto, aparentemente neutralizadas pela estrutura metálica provisória colocada em 2016, permanecem para manter viva na lembrança os pedaços de concretos que já se soltaram.


Mas o que falar da recente, vamos chamar “menos sorte” dos dois alunos da Escola Estadual Belém Câmara, na Cidade da Esperança, Natal/RN, quando parte do teto desabou atingindo-os? (G1 – 10/05/2019)


E o que falar daquelas 12 crianças nigerianas, que perderam suas vidas soterradas, após o desabamento do teto de um prédio em que funcionava a escola? (O Globo , 13/03/2019)
Retomando a situação local, no ano passado, sensibilizada pela situação caótica da Instituição de ensino estadual, a assembléia paroquial da Igreja Católica de Santa Teresa aprovou o empréstimo gratuito do prédio do Centro Pastoral (CPP) para funcionamento da escola durante as obras de reforma e ampliação, restando ao governo estadual as adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros.


A expectativa da sociedade teresense pelo deslinde da novela só aumentou no mês de março passado quando o governador Renato Casagrande, no próprio espaço da José Pinto Coelho, assinou as ordens de serviço para o início das obras de reforma e ampliação da Instituição de ensino.


Naquele solene momento o Pároco Frei Iduíno entregou ao representante da SEDU o contrato assinado pela Paróquia de Santa Teresa garantindo o uso do prédio do CPP para funcionamento da escola.

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“De lá para cá” portas e mais portas foram abertas para se deixar um amontoado de palavras e papéis, mas nada de assinatura do contrato com a Paróquia por parte do Estado. A última notícia repassada foi a de que “já tem o parecer da Procuradoria Geral do Estado e, agora, está sob análise da chefia”.


Diante deste embaraçoso processo, tenho por mim que o mecanismo lançado pelos alunos e profissionais daquela Instituição de ensino foi fantástico. Mesmo diante do desconforto era preciso chegar e permanecer no topo. E assim planejaram e executaram, com êxito.
Mas o que significa topo? É a porção mais elevada de algo (https://www.dicio.com.br). Ah! E esse algo o que é? Educação meu caro, aprendizagem. Como no consagrado futebol, podemos nos orgulhar dos brilhantes alunos, seus familiares e da fantástica equipe da escola José Pinto Coelho, bicampeã! Pelo segundo ano consecutivo está no topo do ranking das melhores escolas públicas estaduais do Espírito Santo.


A escola chegou ao espaço midiático por mérito, não como sintoma de catástrofe, mas como sintoma de superação. E olha que estamos falando de estrutura intelectual. Afinal, que venha como prêmio, além do reconhecimento público e das condecorações, a efetiva reforma das precárias instalações e a ampliação desta conceituada Instituição de ensino. Parabéns JPC!