O que nos inspira é o ver e o fazer…
A tônica da busca do lúdico emana-se no sentir e fazer. Construir a seriedade duma representação em quadros, eleva o espírito aos parâmetros do irrealizável para torná-lo realizado…o cérebro onde tudo é criado desencadeia a constância duma elaboração de começo sem fim, para visualizar o sonho em extenso afim de ser, aparecido, nascido, julgado, despontado…trabalhamos então com ferramentas tentando produzir em tela o que nos vai n’alma.
A trama nua, branca, inteiriçada, pronta, espera o domínio do pincel, como a pedir a sua coloração, o seu comando, o seu toque…
E o desenho em primeiro lugar, traduzindo, o impacto da mostra do inconsciente, entra no ritual do desafio que perfaz um caminho sem volta.
Nem sempre o resultado é o buscado, somos geridos por estímulos que vem da tela, o colóquio é infinito nunca nos satisfaz, “como a pedir, retoque-me aqui, ali, acola”, tornando-nos ávidos da construção, para fazermos cada vez mais….
Myrian Loureiro