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Seminário de Mobilidade Urbana de Santa Teresa identifica problemas

O Seminário sobre o Plano de Mobilidade Urbana de Santa Teresa que aconteceu no dia (08) na Câmara, discutiu os problemas do trânsito na cidade, a população levou as demandas sobre mobilidade, as sugestões serão analisadas por uma comissão escolhida para elaborar o plano de mobilidade da terra dos colibris.

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O Seminário sobre o Plano de Mobilidade Urbana de Santa Teresa realizado na Câmara Municipal na segunda(08) foi o ponto de partida para a realização do diagnóstico de nossa mobilidade que será base para a elaboração do plano exigido pela lei  Lei 12.587/10 como condição para a obtenção de recursos nessa área.

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O secretário de transportes Cristiano Neves diz que o objetivo do seminário não é debater, mas identificar os problemas e as demandas da sociedade teresense no que diz respeito à mobilidade urbana para realização de um diagnóstico que balizará a construção da minuta do plano. “É necessário a população estar ligada, depois não adianta reclamar dizendo que não sabia de nada, daqui uns dias teremos a audiência pública para aprovação do plano. A prefeitura nomeou uma comissão para elaborar o plano e essas informações estarão no site da prefeitura, quero deixar claro que o plano não torna o trânsito municipalizado, mas essa será uma etapa seguinte à construção do planejamento. De acordo com especialistas, o Brasil arrecadou em 2018 R$ um trilhão e seiscentos bilhões com o trânsito envolvendo taxas e multas, vamos trabalhar esses dados aqui no município”

Cristiano informou também que ouviu os engenheiros do DER e suas colocações sobre a urgência em resolver a questão do trânsito pesado no Centro. “Uma das soluções paliativas que nos foi propostas pelos técnicos do Detran foi a substituição do paralelepípedo pelo paviesse com o intuito de diminuir em 80% a trepidação e proteger os casarios” Explica.

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Da esquerda pra direita, Rubiane (Unesc), Marina, Cristiano, Ediene e Vinicios, todos da Secretaria Municipal de Transportes.

A palestrante Rubiene Callegario, do núcleo de arquitetura da Unesc de Colatina, falou sobre as diretrizes da Lei para elaboração do Plano e sobre a garantia do acesso a todas as pessoas, independente de sua condição física ou transporte, ressaltou a urgência para a proteção dos pedestres e ciclistas. “O aumento da frota de veículos nas últimas décadas têm negligenciado o pedestre, às vezes o veículo têm bom asfalto mas o pedestre não têm uma calçada com largura adequada, acarretando insegurança.

Destacou ainda o uso de bicicletas, citou o exemplo de colatina com as bicicletas compartilhadas, “As vezes a pessoa precisa ir ao supermercado, ela não precisa tirar o carro da garagem, ela pode pegar a bicicleta em um ponto de apoio e resolver suas demandas na cidade, as bicicletas têm que ser incentivadas, pois estão na direção de uma melhor qualidade de vida. As soluções têm que ser integradas e pensadas a curto, médio e longo prazo. E não têm uma fórmula, o plano é único e construído a partir de cada realidade social. Por isso é necessário um diagnóstico, Esse plano deve contemplar toda a população, nenhuma bairro deve ficar fora. Planejar bairros auto suficientes onde tenha padaria, farmácia, os serviços básicos para não obrigar o cidadão andar longe de onde reside. É necessário disciplinar os espaços, se um ciclista estiver trafegando e não tiver uma faixa para ele, provavelmente os motoristas vão buzinar ou gritar com ele.

Têm que haver um trabalho de sensibilização da população quanto à necessidade de adquirir novas práticas e o sobre o benefício que isso irá trazer para o social da cidade.

A tomada de decisão junto com a sociedade é de vital importância, não posso intervir numa comunidade sem conhecer sua realidade.

Ter fiscalização, pois se não tiver fiscalização a população vai encarar como uma coisa ruim.

Marcos Leão ex presidente da amacest disse: “Há 3 anos a Amacest realizou o primeiro seminário de mobilidade urbana, que bom que hoje é retomado a pauta, a municipalização do trânsito é fundamental, já foi tentado um consórcio? têm consórcio para tudo, e é muito importante pensar numa solução, caminhões continuam dia a dia a quebrar nossas calçadas, paliativo não dá mais, nem que a gente leve dez anos para concluir, se a gente tivesse começado há 5 anos, só faltaria 5. Discutir mobilidade é complicado, temos que ter um fórum permanente de discussão sobre mobilidade urbana mensal ou semanal, com foco, separando por temas, discutindo até esgotar o assunto e depois pega outro tema, mas os assuntos têm que ser compreendidos e deliberados com ciência.

Marilande Ruschi: “Nós da Amacest somos a favor que o Conselho Tutelar vá para perto do Ministério Público onde são tratados esses assuntos, que ali seja feita uma praça com  banheiros, tirar aquele engessamento do prédio da cadeia que é uma obra de arte e que se construa banheiros ao lado do Peçanha Póvoas

Sarita da Polícia Civil, A primeira coisa que têm que fazer é municipalizar o trânsito, e nesse plano, prevê a educação para o trânsito na escola, desde a creche até o técnico. as faixas existem apenas como enfeite, pois ninguém as respeita. E esse contorno? em que situação está?

Cristiano Neves respondendo disse que o estudo de viabilidade do contorno já está em fase final de elaboração e será apresentado em breve em audiência pública.

O vereador Gregório Venturim chamou atenção para a celeridade pela revisão do PDM, pois o mesmo não foi revisado apesar da lei prevê os fóruns anuais e conferências bienais para adequação da realidade da cidade, Desde 2012 isso não é feito, tá tudo errado, o poder público deixa tudo para a última hora e depois pede urgência na aprovação e se não aprovar é culpa dos vereadores, como aconteceu com o saneamento básico que nos empurraram pela goela e isso eu acho errado, e colocar os serviços públicos em um só lugar, por isso na lei, Já poderia estar sendo feita o alargamento das calçadas e outros pequenos problemas como manutenção do calçamento, temos que debater com mais tempo sobre a municipalização de trânsito”.sugeriu.

Antônio Marcelino diz que há 10 anos se espera o resultado da experiência do uso da praça ao lado da Cia BPM como estacionamento, “Até hoje ficou daquele jeito o que era só uma experiência”.

Rubiene Callegario complementou que a prioridade na mobilidade são pedestres e pedestres inclui, cadeirantes, obesos e deficientes que utilizem andador, disse ainda que uma medida boa para Santa Teresa seria a criação de parklass, que são pequenas praças que são construídas no tamanho de vagas de estacionamento, uma pracinha para sentar, descansar, conversar, carregar o celular, e vocês têm um grande desafio à frente que planejar o espaço de vocês.

o empresário  Aniceto Frizzera diz que poderia ter um ponto onde as pessoas pegariam bicicletas compartilhadas, isso diminuiria o número de carros. “Não temos calçadas, não há lugar para o cadeirante, Temos um grande problema no Centro, onde existia a possibilidade colocar os fradinhos, temos que endurecer a legislação e impedir o tráfego dos grandes caminhões e eles têm que procurar outra alternativa, temos que endurecer também”. Defendeu.

A médica Dra.Mônica disse que mobilidade é uma questão de saúde, bem estar geral “Tudo que foi falado aqui com respeito à qualidade de vida, está ligado à saúde, não é só ir e vir, mas viver, se vc tira o direito de uma pessoas de se mobilizar, vc tira o direito de vida da pessoa, é necessário começar por aí, pelo básico”. Explica.

Marilande completou que existe uma professora cadeirante presa em casa por não ter calçadas. “Dra. Leila, cadeirante há mais de 30 anos fica presa dentro de casa, uma pediatra, é depressivo saber que uma pessoa vive presa entre 4 paredes porque não têm calçada”. Concluiu.


Assista o seminário no link: https://www.facebook.com/gregorio2016/videos/392596061586146/?t=0

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408