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O suicídio é a terceira causa de morte no Brasil

Neste domingo (10) é celebrado mundialmente o Dia da Prevenção ao Suicídio, data de lembrar que  96% dos casos são pessoas com transtornos mentais, e a importância de amparar  esses casos.

De acordo com o Ministério da Saúde, são registrados, por ano, mais de 12 mil suicídios no Brasil. “Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais”, detalha, em nota.

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Dentre os transtornos mentais que apresentam mais casos de suicídios estão a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias. “Com esses números, o suicídio encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo”, diz o Ministério.

A psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica do Espírito Santo (APES), Lícia Colodete, esclarece que as doenças mentais sem acompanhamento oferecem maior risco de atentados contra a própria vida.

“A principal causa são as doenças mentais (transtornos de humor), especialmente a depressão, e transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas (abuso e dependência do álcool), que oferecem maior risco de suicídio”.

Conforme explica a psiquiatra, existem fatores que tornam jovens e idosos mais suscetíveis a cometer o suicídio. “Jovens tendem a ser mais impulsivos, têm menor controle inibitório. Em idosos, a solidão e o comprometimento funcional costumam predispor à depressão”.

A médica ressalta que pensar em morrer não significa, necessariamente, que se queira morrer. “Mas o pensamento com planejamento suicida precisa, no entanto, ser considerado como risco, demandando intervenção médica e psicoterapêutica. Há situações, entretanto, em que o comportamento suicida se dá de forma impulsiva, reativa, sem um planejamento predeterminado”.

Ajudar a evitar um suicídio não é uma tarefa fácil, pois, além de precisar estar atento aos sinais, é necessário saber se a pessoa também não os está mascarando. “Há pessoas que dão sinais de que querem se matar. Outras que disfarçam esses sinais justamente para que não sejam impedidas de cometer o ato suicida. Nem sempre é fácil, para quem não está treinado, perceber esses sinais”, exemplifica Lícia Colodete.

No entanto, é preciso estar alerta aos sinais para oferecer amparo a pessoa e ajudá-la a buscara ajuda profissional. “Acolher o sofrimento é poder oferecer caminhos de enfrentamento ao problema, como a busca por ajuda profissional. Portanto, é de extrema importância a avaliação para o reconhecimento do risco no contexto de vida de cada paciente”.

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Principais sinais

O Ministério da Saúde lista uma série de sintomas de depressão, os quais, associados, podem evoluir a uma idealização suicida. São eles:

Tristeza profunda

Distúrbios do sono

Pensamentos negativos

Desinteresse e apatia

Baixa autoestima

Desleixo com a aparência

Dores físicas

Rejeição

Irritabilidade

Choro frequente

Falta de vontade de fazer atividades simples

Mudanças comportamentais bruscas

Rejeição a determinados assuntos

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408