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Operação Corsário realiza buscas na casa da senadora Rose de Freitas

A PF  prendeu Edward Freitas, irmão da senadora Rose de Freitas Na operação Corsários, também foram apreendidos documentos e computadores em uma casa da senadora do MDB, que também é alvo das investigações.

A Operação Corsários, deflagrada nesta quarta-feira (12), pela Polícia Federal, têm como alvo a senadora, que é investigada por envolvimento em fraudes de pelo menos R$ 9 milhões em licitações na Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa) entre 2015 e 2018. A Codesa é uma estatal federal que administra o Porto de Vitória.

Ao todo, 44 policiais federais cumpriram dois mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão em Brasília e em Vitória, Cariacica e Serra. 

As ordens foram expedidas pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, em razão dos indícios de envolvimento de Rose de Freitas, que tem foro privilegiado. De acordo com a Polícia Federal, o magistrado determinou ainda o sequestro de bens e valores dos investigados.

Segundo a PF, houve pagamento de propinas a funcionários da Codesa na locação de veículos. O grupo teria lavado dinheiro por meio de escritório de advocacia e compra de imóveis de luxo.

Sobre o nome da operação, a PF explicou que “corsário” era alguém que, por missão ou carta de corso de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação. “De forma semelhante, as investigações mostraram que pessoas eram nomeadas por parlamentar com autoridade e influência, com a finalidade de desviar recursos públicos da área portuária, pilhando verbas do próprio governo ao qual pertenciam”, registrou a corporação em nota.

De acordo com a PF, a ofensiva mira supostos crimes de concussão, corrupção passiva e ativa, organização criminosa, fraude a licitações e lavagem de capitais.

As investigações da ‘Corsários’ tiveram início após denúncia sobre exigência de propinas por servidores da Codesa em contrato de locação de veículos. A Polícia Federal indica que também há indícios de fraudes em contratos firmados com outras empresas entre 2015 e 2018.

As apurações contaram com a colaboração da atual gestão da Codesa. Auditoria realizada pela empresa estima que somente em dois dos contratos sob suspeita, a organização criminosa pode ter desviado cerca de R$ 9 milhões.

“As apurações revelaram a existência de uma verdadeira organização criminosa infiltrada na empresa pública, por meio da indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, permitindo dessa forma a interferência nos certames, o superfaturamento e desvio dos valores pagos nos contratos subsequentes”, explicou a PF em nota.

Segundo os investigadores, o grupo sob suspeita teria utilizado um escritório de advocacia para receber os recursos desviados. A banca teria simulado a prestação de serviços advocatícios para lastrear a movimentação dos valores, diz a PF.

Ainda segundo a corporação, as investigações revelaram ainda que a lavagem do dinheiro também acontecia por meio da compra de imóveis de luxo e do pagamento de despesas pessoais dos envolvidos.

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com Rose de Freitas, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408