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Os segredos da rosa do deserto

Biólogo prático, co-autor de vários artigos publicados, Rogério Ribeiro Santos,  auxiliou o professor Sérgio Lucena durante o projeto Muriqui, e dezenas de pesquisas no bioma mata atlântica. Apesar do seu currículo, o que nos trouxe aqui à sua propriedade, para falar de ciência propriamente, mas de um Hobby com retorno lucrativo, o cultivo da rosa do deserto e seus exóticos cactos.

WhatsApp-Image-2021-09-01-at-17.47.08-4-472x1024 Os segredos da rosa do desertoSTN – Nos conte um pouco sobre sua relação com as florestas dessa região, você nasceu onde?

RR – Nasci aqui em Santa Teresa, na região do Tabocas, aí vim para cá com 7 anos, vivi aqui e trabalhei em Santa Maria por um tempo, com os macacos no projeto Muriqui, mas também trabalhei em vários projetos aqui e conheci vários pesquisadores e ajudei em vários projetos em Santa Lúcia, Lombardia, muitos levantamentos, teses de gente que veio fazer mestrado e doutorado e eu auxiliava. Tenho artigos  publicados em co-autoria com o Dr. Sérgio Lucena e com outros pesquisadores, a Dra. Keren Strayer que comanda os Muriquis lá em Minas Gerais faz 40 anos que o projeto está lá. Foram 25 anos no auxílio da pesquisa ao lado de Sérgio Lucena, na verdade nesse momento estamos mais afastados por conta da pandemia. 

STN – Como você entrou em contato com a pesquisa?

RR – Foi por causa das plantas que eu entrei no ramo da pesquisa, eu era jogador de futebol, terminei o 2º grau, eu sempre gostei de plantas e aí surgiu um projeto que era Identificação da Flora Ornamental da Estação Biológica de Santa Lúcia, em que eu fiz, trabalhei com a Cintia e foi meu primeiro  trabalho e daí que eu migrei para o Sérgio Lucena e fiquei mais 23 anos, e foi porque eu já colecionava orquídeas que eu fui selecionado para trabalhar nesse projeto.

STN – Quando você começou a comercializar suas plantas?

RR – Há 4 anos, quando comecei a vender mudinhas de Rosa do Deserto, o povo vinha atrás da Rosa do Deserto e eu já tinha uma coleção de suculentas, passei a produzir mais.

WhatsApp-Image-2021-09-01-at-17.43.28-1024x922 Os segredos da rosa do desertoSTN – Qual foi a alteração que a pandemia trouxe para sua vida, antes focada na pesquisa.

RR – Esse tempo de recolhimento das pessoas, foi um tempo que voltei atenção para a minha coleção de plantas, que antes era uma coisa mais noturna. Ao me concentrar nas plantas, percebi um aumento grande no comércio, e começou essa procura, o povo ficava em casa e começou a comprar e isso foi uma loucura, a gente não dava conta.

A pandemia também trouxe os altos preços, os potinhos que eu pagava 0,25, está agora 0,70 centavos. 

STN – E os cactos? têm alguns um tanto exóticos, quantas espécies?

RR – Os cactos eu comecei recentemente, porque no início tinha aquela coisa de que o cacto é espinhento, a pessoa vem aqui para comprar uma suculenta, aí vê o cacto e quer comprar. Eu devo ter aí umas 100 espécies de cactos, já as suculentas eu catalogava no início, contei até 400 e depois perdi a conta.

WhatsApp-Image-2021-09-01-at-17.47.08-2-1-1024x472 Os segredos da rosa do desertoSTN – Agora nos fale um pouco sobre a rosa do deserto e porque você quis trabalhar com essa planta.

RR – Eu ganhei duas Rosas do Deserto e eu observei que era fácil de fazer a polinização e produzir sementes e era fácil de germinar as sementes, tive na Rosa do Deserto o olhar mais comercial, porque a Rosa do Deserto na região quente ela é produtiva, mas no frio ela é mais difícil, ela se origina no deserto da Ásia e da África, ela é uma planta resistente dependendo do solo, em alguns ela morre fácil, ela não aguenta umidade, a terra tem que ter uma substância que drene em uma rapidez como se fosse a areia do deserto mesmo.

 

I segreti della rosa del deserto

Botanico pratico, autore di molti articoli pubblicati, Rogério Ribeiro Santos, è stato il braccio destro del professor Sérgio Lucena durante il progetto Muriqui ed ha collaborato con decine di ricerche sul bioma Foresta Atlantica. Mettendo di lato il suo curriculum, quello su cui vogliamo parlare oggi è di un suo hobby che gli da dei guadagni, ossia la coltivazione della rosa del deserto ed i suoi esotici cactus.

STN – Ci dica qualcosa sulla sua relazione con le foreste di questa regione, dove è nato?

RR – Sono nato a Santa Teresa, zona Tabocas e sono venuto qui a 7 anni vivendo e lavorando per un periodo a Santa Maria, con le scimmie nel progetto Muriqui, ma ho comunque lavorato anche in molti altri progetti qui e conosciuto molti ricercatori aiutando anche in vari progetti a Santa Lucia, Lombardia, molti rilievi, tesi di persone venute a fare master o dottorati. Ho articoli pubblicati con il Dott. Sergio e con altri ricercatori, la Dott.ssa Keren Strayer che coordina la Muriqui in Minas Gerais, un progetto che è lì da 40 anni. Sono stati 25 anni a supporto della ricerca a lato del Dott. Sergio Lucena, in verità attualmente siamo lontani solo a causa della pandemia.

STN – Come è entrato in contatto con la ricerca?

RR È a causa delle piante che sono entrato nel mondo della ricerca, giocavo a calcio, finii le superiori e le piante mi sono sempre piaciute e così nacque un progetto che era Identificazione della Flora Ornamentale della Stazione Biologica di Santa Lucia in cui, con Cintia, feci il mio primo lavoro e da lì emigrai da Sergio Lucena per rimanervi oltre 23 anni; ed il fatto che già collezionavo orchidee mi ha permesso di essere selezionato per lavorare in questo progetto.

STN – Quando ha iniziato a vendere le sue piante?

RR – Da 4 anni ho iniziato a vendere piantine di Rosa del Deserto, le persone cercavano la rosa del deserto ed io già avevo una ricca collezione di succulente e così ho iniziato a produrne di più.

STN -. Quali cambiamenti la pandemia ha apportato alla sua vita, prima focalizzata sulla ricerca.

RR – Questa epoca di confinamento delle persone mi ha permesso di dedicarmi di più alla mia collezione di piante, cosa che prima facevo solo di notte. Concentrandomi sulle piante, ho visto un notevole aumento sulle vendite ed è iniziato questo tipo di richiesta, le persone rimanevano in casa ed hanno iniziato a comprare spasmodicamente.

La pandemia ha fatto anche lievitare i prezzi, un vasetto che pagavo 25 centesimi ora ne costa 70.

STN – Ed i cactus? Ce ne sono alcuni un po’ esotici, quante specie?

RR – Con cactus ho iniziato da poco dato che inizialmente avevo l’idea di una pianta spinosa ma le persone venendo qui li vedevano e se ne interessavano. Credo di avere circa 100 specie di cactus invece, di succulente, ero arrivato a catalogarne 400, poi ho perso il conto.

STN – Ci dica qualcosa sulla rosa del deserto e perché ha voluto lavorare con questa pianta.

RR – Mi avevano regalato due Rose del Deserto ed avevo notato che era facile fare l’impollinazione e produrre semi, facile farli germinare e così per questa pianta ho avuto un’attenzione voltata al commercio, perché la Rosa del Deserto in una regione calda è produttiva ma nel freddo è più complicata, nasce nel deserto dell’Asia e dell’Africa, in funzione del suolo è una pianta resistente, in alcuni muore facilmente, non sopportando l’umidità, la terra deve avere una sostanza che dreni con una certa rapidità, simile alla sabbia del deserto.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408