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Pais de alunos querem vigilância nas escolas de Santa Teresa

Apesar dos esforços de diálogo, a reunião foi tensa. Pais de alunos dizem que a resposta do prefeito não foi satisfatória, lideranças dizem que houve avanço, vereador diz que o assunto não está esgotado e sugere reunião com autoridades, conselhos e especialistas. A pauta popular continua a ser reivindicada na Câmara Municipal hoje às 18h.

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A sub secretária de educação Marcia Rodrigues explica sobre os cuidados dos docentes com seus alunos.

A reunião que aconteceu ontem (10) entre professores, funcionários e pais de alunos da EMEF Ethevaldo Damazio para discutir sobre segurança na escola contou com a presença do prefeito Kleber Medici (PSDB), da secretária de educação Kátia Wietchesky e da sub-secretária Márcia Rodrigues e do vereador Renato Cosmi (UB).

Durante o encontro, que demorou cerca de 2 horas, houve ampla exposição de opiniões: da escola, do prefeito e dos pais dos estudantes, apontando soluções.

A população estava tensa, com medo e reivindicava segurança armada para a escola e esperava por uma solução, é o que conta a dona de casa Giovanna Gruppi. “Agora vamos apelar para o legislativo, apresentar nossa pauta de reivindicações, queremos soluções satisfatórias”. Afirma.

O assunto ganhou as redes sociais na manhã de hoje (terça 11).  Débora Kosanke diz que o povo merece mais respeito pelo imposto que paga. “Duas horas de reunião na escola Ethevaldo Damazio com o prefeito, e nenhuma providência a respeito da segurança dos nossos filhos foi tomada. A prefeitura tem verba para pagar coisas inúteis mas pra colocar segurança armada na escola pra proteger nossos filhos não podem. Estou revoltada, meus filhos não irão para a escola enquanto não regularizarem a segurança da escola. Prefiro ver eles reprovados mas vivos comigo”. Disse em seu comentário, ao lado de outros semelhantes.

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O Pr. Thiago Brasil disse em sua fala que há vulnerabilidade no portão da escola, e precisa ser corrigido.

O pastor Thiago Brasil diz que houve avanços na reunião. “Agora os portões irão permanecer fechados e teremos o cartão de identificação, que ainda não é a solução, pois o que queremos é segurança no portão da escola”. Aponta.

A mãe Lorrainy Prasser diz que o cartão de identificação é uma medida muito frágil. “O que precisamos é de policiamento, algo que nos dê segurança, cartão não vai evitar o bandido pular o muro, além de que ele pode falsificar o cartão”. Argumenta.

O vereador Renato Cosmi (União Brasil) diz que foi à reunião para acompanhar de perto as demandas dos pais. “A pauta é legítima, da maior importância e não pode ser confundida com politicagem. Acho que tem que haver uma reunião com os atores diretos, corpo docente e discente sim, mas também com os conselhos da escola, da educação, comissão de educação da Câmara, Ministério Público, Polícia Militar e o executivo, para apontar soluções. Imaginei que o prefeito iria levar uma proposta, mas não ficou muito claro por conta do ambiente que se construiu naquele momento, vejo que a população está assustada, percebi que os pais apontavam na mesma direção, portanto achei que ações concretas iriam ser sugeridas diante do ambiente de ânimos acirrados, contudo não houve êxito, mas o assunto ainda não se esgotou, vamos ver os próximos passos”. Disse o Edil.

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O prefeito de Santa Teresa Kleber Médici fala aos pais presentes na reunião.

O prefeito de Santa Teresa Kleber Medici “Depois de ouvir os pais, outros representantes das crianças e os profissionais da educação e coletadas as sugestões, enviou ao STN um resumo das ações que serão implementadas em relação a segurança nas escolas:

A- Na parte de segurança dos alunos e profissionais da educação o Município/ escola já realizou:

1- Cercamento÷tela metálica dos fundos e lateral da escola (será substituída espaço de cerca viva por cercamento-tela metálica – após as adequações estabelecidas pela EDP em razão da passagem de rede de transmissão de energia elétrica- servidão de passagem)

2- gradeamento do prédio, acessos laterais e escadas com áreas de escape, dentre outras adaptações, com base nas orientações do Corpo de Bombeiros 

3 – Palestras e orientações aos professores e alunos sobre temas ligados à matéria 

4 – Ampliação dos pontos de iluminação pública no espaço escolar

5 – Substituição do sistema de controle de abertura e fechamento do portão de entrada e interfone

6 – Solicitação à Polícia Militar de ronda periódica na escola e no entorno (efetivado)

Ações a serem implementadas,

7 – cartão de identificação, a ser confeccionado pela escola (o acesso às crianças seja do parente ou do autorizado pelos pais

somente com o cartão) e estudo detalhado da vida escolar do aluno transferido.

8 – Portão com cadeado, acesso limitado ao espaço interior da escola de familiares e terceiros, devidamente identificados.

9 – Substituição do sistema de videomonitoramento de 35 câmeras para mais de 80 câmaras, com base na análise técnica já realizada.

10 – Contratar Segurança 

11 Será criada uma comissão de educadores, psicólogos e assistentes sociais para ajudar na propagação da cultura da paz nas escolas e ajudar as famílias que precisarem deste apoio…

Outras sugestões como cerca elétrica e detector de metais, segundo a secretária de educação, serão tratados pela comissão de pais e profissionais da educação formada no final da reunião.

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408