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Pesquisadores da Exeter descobrem cidades antigas na Amazônia

Segundo estudos recentes, civilizações antigas construíram cidades-jardins em meio à maior floresta tropical e maior bacia hidrográfica do planeta, uma das áreas geológicas mais antigas da Terra.

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Os maiores assentamentos são cercados por três estruturas defensivas concêntricas que consistem em um fosso e muralha, e a arquitetura dos edifícios dos centros cívico-cerimoniais segue um padrão uniforme no sentido norte-noroeste, o que reflete uma visão cosmológica de mundo

Recentemente, centenas e imensos assentamentos humanos foram descobertos na região de Llanos de Mojos, na Bolívia por pesquisadores da Universidade Inglesa de Exeter. O local foi ocupado por povos originários da cultura Casarabe, entre 500 e 1400 d.C, que construíram uma forma singular de urbanismo agrário tropical, considerado de escala monumental (transformaram milhares de km² de planícies sazonalmente inundadas (quase o tamanho da Inglaterra) em paisagens agrícolas e aquícolas produtivas).

O complexo, que se estende por uma área de 4.500 km², inclui 957 km de canais e calçadas retas, edifícios cívicos-cerimoniais (incluindo pirâmides de 22 metros de altura, equivalente a um prédio de 7 andares!), terraços usados na agricultura e pomares e infraestrutura maciça de gestão de água, composta por canais e reservatórios, conectados por estradas e calçadas elevadas.

Os maiores assentamentos são cercados por três estruturas defensivas concêntricas que consistem em um fosso e muralha, e a arquitetura dos edifícios dos centros cívico-cerimoniais segue um padrão uniforme no sentido norte-noroeste, o que reflete uma visão cosmológica de mundo.

Essa incrível descoberta revela que a Amazônia foi habitada por culturas e povos originários milenares, adaptados à dinâmica da floresta e dos rios, inclusive semeando e cultivando diversas espécies de plantas e árvores que formam atualmente a Floresta Amazônica e também construindo monumentais cidades-jardins.

Na Amazônia brasileira também há vestígios de um passado completamente diverso. Boa parte da Amazônia ainda é um mistério para os arqueólogos.

Por muitos anos, reinou a crença de que a floresta não havia abrigado grandes civilizações antes da chegada dos europeus – como houve no Peru com os Incas; ou no México com os Maias.

Acreditava-se, também, que os antigos povos pré-colombianos da região ficavam restritos apenas às áreas próximas aos principais rios . Estavam errados.

Agora, arqueólogos da Universidade de Exeter encontraram evidências de que civilizações com até 1 milhão de habitantes, divididos em diferentes comunidades, viviam no sul da Amazônia, longe dos principais rios, antes da chegada dos portugueses.

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O complexo, que se estende por uma área de 4.500 km², inclui 957 km de canais e calçadas retas, edifícios cívicos-cerimoniais (incluindo pirâmides de 22 metros de altura, equivalente a um prédio de 7 andares!)

 

Evandro Seixas Thome

Brasileiro, Tronco Aruake, Etnía Baré, nasceu em Manaus - AM em 1963, cursou filosofia no Colégio Salesiano Dom Bosco, foi legionário da Cruz Vermelha de 1987 a 2001, atualmente é técnico em gestão de resíduos sólidos, ambientalista pelo Observatório da Governança das Águas (OGA); Jornalista/editor do periódico mensal Santa Teresa Notícia (STN) em Santa Teresa-ES. Contatos pelo 27 99282-4408